Junta de Coordenação RevolucionáriaA Junta de Coordenação Revolucionária (JCR) era uma organização internacionalista sul-americana[1] cujo objetivo era colaborar entre diferentes organizações guerrilheiras da ideologia comunista da Argentina, Chile, Uruguai e Bolívia. Era formado pelo PRT-ERP (Argentina), Movimento de Libertação Nacional - Tupamaros (Uruguai), Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR) e Exército de Libertação Nacional (Bolívia).[2] Em 1966, Che Guevara havia insistido na "necessidade de estabelecer juntas de coordenação entre todas as organizações armadas revolucionárias da América Latina para se opor ao imperialismo".[3] Nessa linha, no ano seguinte, por iniciativa de Salvador Allende,[4] foi constituída a Organização Latino-Americana de Solidariedade, cujo objetivo seria expandir a revolução socialista na América Latina por meio da luta armada e da guerra de guerrilhas. Porém, a morte de Che Guevara impossibilitou o cumprimento do objetivo traçado. Em 1968, reuniões esporádicas e colaborativas eram realizadas entre os movimentos guerrilheiros assentados no Cone Sul da América Latina. Em 1971, uma delegação do PRT chefiada por Roberto Santucho viajou a Cuba, onde estreitaria seus contatos com os Tupamaros.[3] Em Cuba, retoma-se a concepção de fazer uma organização supranacional com o objetivo de coordenar ações revolucionárias a exemplo de Che Guevara e da doutrina do foquismo, que queria converter a Cordilheira dos Andes na Sierra Maestra para o desenvolvimento de um possível revolução a nível latino-americano.[5] Em 1972 nasceu em Santiago do Chile a reunião de fundação da Junta de Coordenação Revolucionária. Depois do golpe de estado perpetrado por Pinochet, a sede do JCR iria para Buenos Aires.[3] Em 1974, o JCR oficializou sua existência.[6] Para 1975, o JCR realizou a sua primeira conferência pública em Portugal anunciando a abertura das sedes em Lisboa e Paris, estabelecendo também laços com a ETA, Brigadas Vermelhas, IRA (Irlanda) e Baader Meinhof.[3] O JCR teria laços estreitos com Cuba, que fornecia treinamento e armas.[7] O lançamento da Operação Condor acabou com o JCR.[8] Ver também
Referências
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