Kim Song-ae
Kim Song-ae (em coreano: 김성애; hanja: 金聖愛; rr: Gim Seong-ae; MR: Kim Sŏng-ae; Pyongan Sul, 29 de novembro de 1924[1] — Kanggye, setembro de 2014[2]) foi uma política norte-coreana que serviu como primeira-dama da Coreia do Norte de 1963 a 1974. Song-ae foi a segunda esposa do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung. BiografiaInicialmente era conhecida como: Kim Seong-pal (hanja: 金星八).[3] Em 1948, conheceu Kim Il-sung, enquanto trabalhava como secretaria clerical no Ministério da Defesa Nacional. Depois passou a trabalhar na residência oficial de Kim Il-sung, como assistente de Kim Jong-suk, a primeira esposa de Kim Il-sung. Em 1949, após a morte de Kim Jong-suk, começou a administrar a casa e a vida doméstica de Kim Il-sung. Durante a Guerra da Coreia, ela cuidou de Kim Jong-il e de Kim Kyong-hui[4]. Em 1952, se casou com Kim Il-sung, mas, devido à Guerra da Coreia, nenhuma cerimônia formal foi realizada. Mas, em 1951, já tinha dado a luz a Kim Kyong-jin (filha), depois nasceriam Kim Pyong-il, em 1954; e Kim Yong-il, em 1955[5]. Em 1958, seu casamento foi divulgado, por meio da publicação de fotos de família.[6] Entre meados dos anos 1960 até meados dos anos 1970, supostamente exerceu uma influência política significativa na Coreia do Norte.[7] Sua importância política ocorreu, aproximadamente, no mesmo período em que o de Jiang Qing (quarta esposa de Mao Tsé-Tung) se destacou na China, durante a revolução cultural. Segundo Jang Jin-sung, Kim Song-ae seria a "imagem espelhada norte-coreana de Jiang Qing".[7] Em 1965, se tornou vice-presidente do Comitê Central da União Socialista de Mulheres da Coreia (USMC) e, em 1971, ela passou a ser presidente.[8] Em dezembro de 1972, ela se tornou representante da Assembleia Popular Suprema.[7] De acordo com Jang Jin-sung, Kim Song-ae pretendia que seu filho, Kim Pyong-il, fosse o sucessor de Kim Il-sung, afastando Kim Jong-il, filho do primeiro casamento de Il-sung. Para isso, recebeu o apoio de Kim Yong-ju, irmão mais novo de Kim Il-sung. No decorrer da década de 1970, sua influência foi considerada excessiva pelo Partido dos Trabalhadores da Coreia, que começou a restringi-la.[7] Paralelamente, seu enteado, Kim Jong-il, se tornou o herdeiro designado de Kim Il-sung, e sua facção trabalhou para tirá-la da influência política.[7][8] Em 1976, perdeu sua posição como presidente da USMC, o que removeu seu canal de comunicação com o público e efetivamente restringiu sua base de poder.[7] Em 1981, teria sido colada em prisão domiciliar, juntamente com cunhado Kim Yong-ju, em represália à sua pretensão de colocar seu filho na posição de herdeiro em vez de Kim Jong-il.[7] Em 1993, foi reintegrada por Kim Jong-il como presidente da USMC, mas sua posição era puramente simbólica e nominal, e ela foi destituída pela segunda vez em 1998.[9] A partir de 1998, poucas informações sobre ela chegaram ao mundo exterior.[10] Houve rumores de que ela havia morrido em um acidente de carro em Pequim em junho de 2001.[10] Outros relatos afirmam que ela ainda estava viva em julho de 2011, embora com problemas de saúde, e que Kim Pyong-il, seu filho, voltou a Pyongyang de seu posto na Polônia para visitá-la. Em 2012, um relatório de um desertor norte-coreano afirmou que, no início de 1990 ela havia sido declarada louca, mesmo antes da morte de Kim Il-sung, e desde então era mantida sob a supervisão de uma enfermeira psiquiátrica em sua prisão domiciliar.[8] Posteriormente, foi relatado que ela morreu em 2014,[11] uma data que foi confirmada pelo Ministério da Unificação em dezembro de 2018.[12] Obras
Notas
Referências
Bibliografia
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