Linfoma de Hodgkin
Linfoma de Hodgkin é um tipo de linfoma que se acredita ser o resultado de leucócitos do tipo linfócito.[8] Linfomas são tumores de células sanguíneas com origem nas células linfáticas.[9] Os sintomas mais comuns do linfoma de Hodgkins são febre, suores noturnos e perda de peso.[2] Em muitos casos, verifica-se aumento de tamanho indolor dos gânglios linfáticos do pescoço, da axila ou da virilha.[2] As pessoas afetadas podem-se sentir cansadas ou com prurido.[2] Cerca de metade dos casos de linfoma de Hodgkin são causados pelo vírus Epstein–Barr (VEB).[4] Entre outros fatores de risco estão antecedentes familiares da doença e ser portador de VIH/SIDA.[2][4] Existem dois tipos principais de linfoma de Hodgkin: linfoma de Hodgkin clássico (LHC) e linfoma de Hodgkin de predomínio linfocítico nodular.[3] O diagnóstico é realizado através de exames aos gânglios linfáticos para a presença de células de Hodgkin, como células de Reed-Sternberg multinucleadas.[2] O linfoma de Hodgkin pode ser tratado com quimioterapia, radioterapia ou transplante de células estaminais hematopoiéticas.[5] A escolha do tratamento depende em muitos casos do estádio do cancro e de existirem ou não características favoráveis.[5] Quando é detectado em fases iniciais, em muitos casos a cura é possível.[10] Nos Estados Unidos, a taxa de sobrevivência a cinco anos é de 86%.[3] Em pessoas com menos de 20 anos de idade, a taxa de sobrevivência é de 97%.[11] No entanto, a radioterapia e alguns fármacos usados na quimioterapia aumentam o risco de outros cancros, doenças cardiovasculares ou doenças pulmonares nas décadas seguintes.[10] Em 2015, cerca de 574 000 pessoas em todo o mundo tinham linfoma de Hodgkin's. No mesmo ano, a doença causou 23 900 mortes.[6][7] Nos Estados Unidos, a doença afeta 0,2% da população em algum momento da vida.[3] A idade de diagnóstico mais comum é entre os 20 e os 40 anos.[3] A doença tem este nome em homenagem ao médico inglês Thomas Hodgkin, o primeiro a descrever a condição em 1832.[10][12] ClassificaçãoClassificação dos linfomas de Hodgkin com base na classificação histopatológica de Rye de 1966 (conferência em Rye, Nova York), adaptada à mais recente classificação para linfomas a REAL (Revised European American List) Os linfomas de Hodgkin (doenças de Hodgkin) são classificados em dois tipos principais:
Linfoma de Hodgkin clássicoO linfoma de Hodgkin clássico apresenta os seguintes subtipos:
Linfoma de Hodgkin subtipo rico em linfócitosA principal característica é a presença de grande quantidade de linfócitos, tendo mais ou menos um componente histiocitário; Presença de raros granulócitos; Presença de pequeno número de plasmócitos; Presença de células de Reed-Sternberg (CRS) pouco diferenciáveis e raras.Escassas fibrose e necrose. Esse tipo apresenta um bom prognóstico, e também é conhecido como linfoma de Hodgkin com predominância linfocitária. Linfoma de Hodgkin subtipo celularidade mistaEm relação a celularidade é mista sem marcada presença de um determinado tipo; Grande número de típicas células de Reed-Sternberg; Pequena ou moderada fibrose; Pode-se encontrar necrose; Em relação aos outros subtipos acha-se plasmócitos neste subtipo com mais frequência. Linfoma de Hodgkin subtipo depleção linfocitáriaAcetuada leucopenia; Às vezes presenças de numerosas células de Reed-Sternberg multinucleadas de aspecto essencialmente anormal. Linfomas de Hodgkin subtipo esclerose nodularA principal características é a presença de nódulos de tecidos linfoides separados por faixas ordenadas de tecido conectivo colagenoso; Presença de raras células típicas de Reed-Sternberg; Presença de células anormais semelhantes as de Reed-Sternberg; Fibrose aumentada; Pode surgir zona de necrose. Sinais e sintomasOs possíveis sinais e sintomas são:
Não possui um padrão definido, geralmente cursa com dias de febre alta, alternados com dias sem febre. É a chamada febre de Pel-Ebstein.
Diagnóstico laboratorialO diagnóstico laboratorial baseia-se no exame histológico do material obtido por biópsia de gânglio linfático, fragmento do baço, fragmento do fígado ou de qualquer outro órgão ou tecido. Na doença de Hodgkin o sangue periférico não apresenta achado específico. Uma de suas principais características é a presença da clássica célula de Reed-Sternberg, que possui em geral citoplasma abundante, apresentando-se com dois núcleos e dois nucléolos grandes (um em cada núcleo) visualizadas em microscópio com a aparência de olhos de coruja. EpidemiologiaEntre 2008 e 2012 o número de novos casos de Linfoma de Hodgkin foi de 2,7 por 100.000 pessoas por ano, a incidência estava diminuindo a cada ano. O número de óbitos foi de 0,4 por 100.000 pessoas por ano. A mortalidade diminuiu muitos nas últimas décadas, em 2007 cerca de 88% dos pacientes sobreviviam mais de 5 anos com esse linfoma. É mais comum entre os 15 aos 44 anos e um pouco mais frequente no sexo masculino e entre brancos.[13] Os Linfoma não-Hodgkin são 9 vezes mais comuns que os linfomas de Hodgkin, são mais frequentes em maiores de 50 anos e tem pior prognóstico com 70% de sobrevivência em 5 anos.[14] TratamentoQuimioterapia
Protocolo MOPPO protocolo MOPP é constituído pelas drogas: Mecloretamina, Vincristina, Procarbazina e Prednisona. A mecloretamina e a Vincristina (oncovin) são administradas por via intravenosa. A Procarbazina e a Prednisona são administradas por via oral. Protocolo ABVDO protocolo ABVD é constituído pelas drogas: Adriamicina (Doxorubicina), Bleomicina, Vimblastina e Dacarbazina. As quatro drogas constituintes do protocolo ABVD, são administradas por via intravenosa. Protocolo C-MOPPABVO protocolo C-MOPPABV é constituído pelas drogas: Ciclofosfamida, Mecloretamina, Vincristina, Procarbazina, Prednisona, Adriblastina, Belomicina e Vimblastina. A Ciclofosfamida é administrada por via intravenosa. Protocolo Stanford VO protocolo Stanford V é constituído pelas drogas: Doxorrubicina, Vimblastina, Mostarda nitrogenada, Vincristina, Bleomicina, Etoposide e Prednisona. A Prednisona é administrada por via oral. Protocolo BEACOPPO protocolo BEACOPP é constituído pelas drogas: Bleomicina, Etoposido, Doxorrubicina, Ciclofosfamida, Vincristina, Procarbazina e Prednisona. Referências
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