Antes da constituição da Quinta República Francesa (1958), não havia a posição oficial denominada primeiro-ministro no governofrancês, mas sim o título semioficial de Presidente do Conselho de Ministros (Président du Conseil de Ministres), e conhecido extraoficialmente como Primeiro-Ministro (premier ministre). Mesmo este não era uma realidade política, já que é o Presidente da França que realmente preside o conselho de ministros.
Cabe ao Primeiro-Ministro dirigir a ação governamental - decidida pelo presidente da República, em suas grandes linhas. O primeiro-ministro é teoricamente o chefe de governo mas, de fato, o presidente da República é quem desempenha este papel, enquanto o Primeiro-Ministro aplica a política proposta pelo Chefe de Estado.
Normalmente o Primeiro-Ministro é escolhido porque lidera a corrente política mais poderosa, dentro da maioria parlamentar da Assembleia Nacional Francesa. Mas o presidente da República pode nomear uma personalidade que não seja nem deputado, nem senador. Foi o caso de Georges Pompidou ou de Raymond Barre ou, mais recentemente, de Dominique de Villepin.
Luís XIV governou sem um ministro principal nos anos mais tardios de seu reinado (1683 - 1715) e o regente Filipe II, Duque d'Orleães que era da família real governou nos primeiros anos da minoridade de Luís XV (1715 - 1718).