Loasaceae
Loasaceae é uma família de angiospermas (traqueófitas com flores), que se encontra dentro da ordem Cornales e possui 21 gêneros que contam com 322 espécies viventes. Sendo que desses 21 gêneros, 5 são encontrados no Brasil, com 16 espécies viventes.[1] São ervas anuais ou perenes, eretas, prostadas ou volúveis e raramente são arbustos ou pequenas árvores. E encontram-se distribuídas principalmente em regiões tropicais e temperadas da América, sendo que no Brasil são encontradas em 19 estados, estando mais presentes na região sudeste (9 espécies).[2] Diversidade TaxonômicaAtualmente, sabe-se que este grupo se divide em duas subfamílias bem características, Loasoideae e Mentzelioideae, a primeira pode ser encontrada no Brasil e seus membros possuem como características flores com pétalas profundamente cuculadas, ou seja em forma de “capacete”, e estaminódios, já a segunda é restrita da América Central e apresenta flores com pétalas levemente aplanadas e membranáceas.[3] Dentro dessas subfamílias encontram-se um total de 21 gêneros com 322 espécies viventes[1], sendo estes:
MorfologiaElas se caracterizam por serem plantas anuais ou perenes, eretas, prostradas ou volúveis, sendo raramente arbustos ou pequenas árvores. Atingem de 5 cm até 10 m e possuem diversos tipos de tricomas, até mesmo em uma mesma planta, que são na maioria das vezes urticantes e responsáveis por causarem acidentes muito dolorosos.[3][4] Possuem seu caule com o interior esbranquiçado e que raramente é sólido, sendo que este pode ser circular, retangular ou estriado e geralmente apresenta lenticelas e/ou tubérculos. Seu indumento (cobertura de toda planta), como dito anteriormente, apresenta diversos tipos de tricomas urticantes, e alguns grupos costumam apresentar estruturas subterrâneas que acumulam água, como xilopódios ou rizomas. Suas raízes são fibrosas e apresentam uma grande variação quanto à estruturação, sendo que a raiz primária pode ser dominante ou desaparecer. Além disso podem ou não existir raízes adventícias nas plantas maduras e as raízes primárias e/ou secundárias quando presentes podem ser tuberosas, ou seja, servir como reserva de substâncias como amido.[4] Outra estrutura que varia muito nesta família de angiospermas são as folhas, que podem ser opostas e/ou alternadas, pecioladas ou sésseis, e estipuladas ou pseudo-estipuladas. Sua lâmina pode ser linear, ovalada ou circular, variando desde membranácea até coriácea e medindo de 2 a 50 cm de comprimento.[4] Suas flores são de maneira geral perfeitas (não faltam estruturas), protandrias (órgão reprodutor masculino matura antes do feminino) e actinomorfas (que possuem simetria radial). Suas pétalas variam muito, podendo ser eretas, espalhadas ou refletidas, lineares, espatuladas, ovaladas ou circulares, e planas ou profundas, quase na forma de um barco. Além disso, suas margens podem ser inteiras, irregularmente serrilhadas ou lacinadas.[4] Relações filogenéticas da famíliaA família Loasaceae está enquadrada dentro das embriófitas, grupo composto por plantas terrestres, sendo traqueófitas por possuírem tecidos xilemáticos e floemáticos para condução, espermatófitas por possuírem sementes e produzirem madeira, e dentro das angiospermas por apresentarem flores.[1] É um grupo muito confuso e pouco estudado, cuja última grande revisão data de 1900 por Urban & Gilg. Por conta disso, ainda existe um grande acúmulo de espécimes em herbários e pouca bibliografia acerca desta família de angiospermas.[5] Porém, recentemente estão surgindo cada vez mais estudos, principalmente na região norte da América do Sul, que vem descobrindo novos gêneros e espécies. Consequentemente, as relações filogenéticas entre os gêneros desta família ainda é bagunçada e pouco conhecida, sendo que até o dado momento a relação mais bem estruturada é a que segue abaixo, feita por Weigend e referente somente a subfamília Loasoideae:[6]
Distribuição no BrasilNo Brasil podem ser encontrados 5 gêneros de Loasaceae, com um total de 16 espécies viventes.[1] Sendo que, 6 espécies encontram-se no estado do Rio Grande do Sul, 6 na Bahia, 5 em Minas Gerais, 4 em Santa Catarina, 4 em São Paulo, 3 no Ceará, 3 no Rio de Janeiro, 2 na Paraíba, 2 no Paraná, 2 em Pernambuco, 2 no Rio Grande do Norte, 2 em Sergipe, 1 no Amazonas, 1 em Goiás, 1 no Mato Grosso do Sul, 1 no Espírito Santo, 1 em Alagoas e 1 no Pará.[2] Tal distribuição pode ser vista da seguinte forma:
Lista de espécies brasileirasO Brasil apresenta as seguintes espécies da família Loasaceae[1]:
Ver também
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