Luiz Felipe de Alencastro
Luiz Felipe de Alencastro (Itajaí, 1946) é um historiador e cientista político brasileiro, autor ou coautor de várias obras historiográficas.[1] FormaçãoDurante a ditadura militar, quando ainda estudante na Universidade de Brasília, enfrentou diversos inquéritos policiais militares e, recebendo uma bolsa de estudos para a França, para lá se mudou, aos vinte anos.[1][2] Formou-se em História e Ciências Políticas no Institut d'études politiques d'Aix-en-Provence e doutorou-se em História na Universidade de Paris X - Nanterre. Ensinou nas universidades de Rouen e Paris-Vincennes (1975-1986).[3] A partir de 1966 passou a usar o pseudônimo "Júlia Juruna" nos artigos de análise da política brasileira publicados no Jornal francês ‘Le Monde Diplomatique’.[2] Retornando ao Brasil, foi professor livre-docente e professor adjunto do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas e pesquisador sênior do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (1986-2000).[1][2] A partir de 2000, foi professor titular da cátedra de História do Brasil da Universidade de Paris-Sorbonne, membro da UMR 8596 do CNRS e diretor do Centre d'Etudes du Brésil et de l'Atlantique Sud da mesma universidade. Desde de 2014 é professor emérito da Universidade de Paris Sorbonne e professor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, onde dirige o Centre de Estudos do Atlântico Sul. Mantém uma coluna no site de notícias do provedor UOL. Foi Andrew W. Mellon Senior Researcher na John Carter Brown Library, Brown University (2002 e 2004), professor visitante na Universidade de Salamanca (2008 e 2011) e na Universidade de Massachusetts Dartmouth (2012).[4] Desde 2011 é membro da seção de história e arqueologia da Academia Europaea, sediada em Londres, e que atua como Academia Europeia de ciências humanas, letras e ciências.[5] ObrasLuiz Felipe de Alencastro, em uma de suas obras mais conhecidas, O Trato dos Viventes, procurou demonstrar que não havia uma metrópole, de um lado, que só explorava a colônia, e uma colônia, de outro, que só produzia para enriquecer a metrópole. Segundo ele, a escravidão e o tráfico negreiro criaram um vínculo entre comerciantes portugueses e luso-brasileiros e ambos acumularam fortunas com a exploração colonial. Dentre os principais trabalhos do historiador, destacam-se:
Referências
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