Luís Ângelo Loréa
Luís Ângelo Loréa, nascido Luigi Angelo Lorea (Invorio, 21 de agosto de 1874 — Montevidéu, 31 de julho de 1948), foi um empresário ítalo-brasileiro. Nascido na vila de Talonno, parte de Invorio, filho de Vincenzo Lorea e Angelina Pastora[1], perdeu a mãe muito cedo.[2] O pai, um operário que nas horas livres era vinhateiro e barbeiro em sua residência, casou-se novamente e teve mais seis filhos. [2] Emigrou para o Brasil com menos de 13 anos: em 27 de abril de 1887, desembarcou em Rio Grande com menos de 13 anos de idade, onde foi recebido pelo tio paterno, Carlos Angelo Loréa, que viera da Itália alguns anos antes.[2] Começou trabalhando como empregado de uma padaria, pouco antes do 20 anos passou a proprietário de um pequeno armazém.[2][3] Em 23 de junho de 1894, casou-se, na Igreja Matriz de São Pedro com Cantalice Amália da Silva, que passou a ajudá-lo no seu próprio negócio, uma pequena mercearia.[2] Em 1909, associou-se ao italiano Raffaele Marsiglia criando uma firma de exportação de produtos agrícolas.[2] Com os negócios prosperando foi diversificando seus negócios: indústria de cabos e cordas, indústria de aniagem, indústria de fertilizantes, de óleos vegetais, de pescados, de charque, de massas alimentícias, torrefação e moagem de café, estaleiro naval, lavoura de arroz, café, metalurgia e fundição; num total de onze empresas, constituídas com outros sócios e que chegaram a empregar cinco mil funcionários. [2][3] Além disso, foi acionista, proprietário de companhias de navegação, agente da Companhia Francesa de Vapores e Paquetes e um dos sócios-fundadores e membro da primeira diretoria da Varig, em 1927. [2] Participou ativamente de obras da igreja católica, tanto em Rio Grande, quanto na Itália: colaborou no trâmite junto ao Ministério da Educação para o tombamento da Igreja de São Pedro e Capela de São Francisco em 1938; assumiu a construção da Capela-Escola Jesus-Maria e José, inaugurada em 1937; restaurou e ampliou a Igreja de São Germano Bispo em sua terra natal. [2] Devido a sua dedicação ao catolicismo, o papa Pio XI o homenageou em 1928 Cavaleiro da Sagrada Ordem Pontifícia de São Gregório Magno e no mesmo ano foi nomeado cavaleiro real da Ordem da Coroa da Itália pelo rei Vítor Emanuel III. [2] [4][3] Fundou ainda a Associação dos Proprietários de Imóveis do Rio Grande e foi diretor da Associação Comercial dos Varejistas e da Câmara de Comércio, benemérito e músico da Banda Rossini.[3] Naturalizou-se brasileiro em 1944.[1] Sofrendo de problemas cardíacos, viajou para Montevidéu em busca de tratamento especializado, onde realizou duas cirurgias, vindo a falecer aos 74 anos.[2] [3] DescendênciaTeve como filhos: Ruth, casada com João Marinônio Carneiro Jr.; Stella, casada com João Ferreira Touguinha; Sarah, casada com Firmino de Pinho, e um filho, Luiz.[3]
Referências
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