Marco Lólio Paulino Décimo Valério Asiático Saturnino
Marco Lólio Paulino Décimo Valério Asiático Saturnino (em latim: Marcus Lollius Paulinus Decimus Valerius Asiaticus Saturninus) foi um proeminente senador romano[1][2] nomeado cônsul sufecto para o nundínio de maio a agosto de 94 com Caio Âncio Aulo Júlio Quadrado e eleito cônsul ordinário em 125 com Lúcio Tício Epídio Aquilino. Origem e primeiros anosSaturnino era de ascendência alóbroge e romana, filho de Décimo Valério Asiático[2] com sua esposa Vitélia[3], filha do imperador Vitélio e de Galéria Fundana[3]. Seu pai serviu como legado na Gália Bélgica[2] e mais tarde foi governador da província[3] durante o reinado de Nero[4]. Através de uma hábil utilização do patrocínio imperial e de sua fortuna pessoal, Décimo Valério (pai) se tornou um homem muito poderoso na sua época[4]. A família de seu pai era originária de Viena, na Gália Narbonense[3]. Entre seus membros estava o seu avô[2][5], o senador e cônsul Décimo Valério Asiático[1], que era casado com Lólia Saturnina[6], a irmã mais velha de Lólia Paulina, imperatriz e terceira esposa de Calígula[7]. Eles eram parentes das gentes Valéria e Lólia. Apesar dos Lólios Paulinos serem parentes de sua avó paterna, Olli Salomies defende que sua presença em seu nome se deve a uma adoção testamentária. "O pai adotivo pode, com certeza, ter sido um parente de sua avó, uma vez que [...] filhos e pais adotivos eram, frequentemente, parentes próximos"[6]. Quando Vespasiano se tornou imperador depois do ano dos quatro imperadores (69), Asiático (pai) foi um dos cônsules designados para o ano de 70[3], mas morreu antes que pudesse assumir[8][2]. No final de 70, Vespasiano arranjou um novo casamento para Vitélia, um noivo cujo nome não foi preservado[8]. Este segundo casamento foi um sucesso e o próprio Vespasiano cuidou do dote e das roupas da noiva[8]. Apesar de ter nascido em Viena, Saturnino (filho) foi criado em Roma, mas quase nada se sabe da sua vida nesta época. CarreiraUma inscrição encontrada em Tivoli preservou a carreira política de Saturnino[9]. Ele começou, ainda no reinado de Domiciano, como um dos triúnviros monetários, o mais prestigioso dos comitês dos vigintiviri, cuja nomeação era geralmente reservada para patrícios ou favoritos do imperador. Depois, Saturnino foi admitido entre os sálios (salii collinus) e foi eleito pontífice já com vinte e poucos anos. Aos vinte e cinco, foi questor, um dos dois selecionados para atender diretamente o imperador e entre cujos deveres estava a leitura dos seus discursos no Senado[10]. A inscrição apresenta uma lacuna ao mencionar sua nomeação como pretor, o que geralmente acontecia quando a pessoa chegava aos trinta anos. Saturnino então serviu como cônsul sufecto em 94[11]. Depois do consulado, Saturnino foi procônsul da Ásia entre 108 e 109[12] e entre 124 e 134, serviu como prefeito urbano de Roma[1]. Durante seu mandato, em 125, foi cônsul uma segunda vez, o que demonstra sua proximidade da família imperial. FamíliaSaturnino se casou com Valéria Cátula Messalina, de família consular[13]. O casal teve pelo menos um filho, o senador Décimo Valério Tauro Cátulo Messalino Asiático[13]. Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas
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