Marialva (Mêda)
Marialva é uma vila portuguesa sede da Freguesia de Marialva do Município de Mêda, freguesia com 19,15 km² de área[1] e 177 habitantes (censo de 2021),[2] tendo, assim, uma densidade populacional é 9,2 hab./km². A povoação de Marialva foi elevada à categoria de vila em 1999.[3] DemografiaNota: No censo de 1864 figura no concelho de Vila Nova de Foz Côa. Passou para o atual concelho por decreto de 4 de dezembro de 1872. A população registada nos censos foi:[2]
HistóriaDesignada Cividade dos Áravos (em latim: Civitas Aravorum) à época romana,[6] terá sido reconstruída no tempo de Trajano e Adriano, tendo sido ponto de confluência e cruzamento de vias, entre as quais a via imperial da Guarda a Numão. Os Godos instalaram-se na região alterando o nome para São Justo, sucedendo-lhes a ocupação árabe e o seu novo nome, Malva, reconquistada por D. Fernando Magno de Leão, em 1063, e novamente rebaptizada para Marialva. D. Afonso Henriques mandou-a repovoar, concedendo-lhe o primeiro foral em 1179. Conhece-se novo repovoamento durante o reinado de D. Sancho I, no século XIII, altura em que o povoado terá extravasado além muros, formando-se assim o Arrabalde. Durante o reinado de D. Dinis foi criada a Feira (1286) e recebe Foral Novo (1512) já em tempos de D. Manuel. Ambos procederam a obras no castelo. Possivelmente devido à localização fronteiriça - e estimulada pela Feira, ao 15.º dia de cada mês, que concedia diversos privilégios aos moradores e feirantes - assistiu-se no século XII à fixação de judeus. Foi vila e sede de concelho entre 1157 e 1855. Era constituída pelas freguesias de Aldeia Rica, Barreira, Carvalhal, Coriscada, Gateira, Marialva (Santiago), Marialva (São Pedro), Pai Penela, Rabaçal e Vale de Ladrões. Tinha, em 1801, 2 919 habitantes. Após as reformas administrativas do início do liberalismo foram-lhe anexadas as freguesias de Chãs e Santa Comba. Tinha, em 1849, 4 042 habitantes e ocupava uma superfície de 166 km². Património
EconomiaA sua economia baseia-se principalmente na actividade agrícola, tendo como principais produtos a batata, os cereais, o vinho e o azeite.[7] TopografiaA aldeia foi fundada "em zona montanhosa e granítica de topografia algo difícil e irregular, descendo até à margem esquerda da ribeira de Marialva. Ergue-se num monte rodeado de outeiros e penhascos."[8] Bibliografia
Referências
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