María Fernanda Espinosa
María Fernanda Espinosa Garcés (Salamanca, 7 de setembro de 1964)[1] é uma política e diplomata equatoriana. Ela foi a Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas na 73ª sessão de 2018 a 2019.[2] Ela serviu como Ministra das Relações Exteriores no governo do presidente Lenín Moreno de maio de 2017 a junho de 2018. Ela também ocupou vários outros cargos ministeriais antes, inclusive como Ministra da Defesa Nacional de 28 de novembro de 2012 a 23 de setembro de 2014.[3] Ela serviu como Representante Permanente do Equador junto às Nações Unidas, em Genebra, de 2008 a 2009, e novamente de outubro de 2014 a maio de 2017. Além da carreira política, ela também é poetisa e ensaísta. Vida pessoalMaría Fernanda Espinosa nasceu em 7 de setembro de 1964, em Salamanca, na Espanha, durante uma estada de seus pais na cidade. Ela é fluente em francês e inglês e possui conhecimentos práticos de português. Ela tem interesses em poesia e ecologia. Ela estudou no Lycée La Condamine, na França, e se formou no início dos anos 1980.[4] EducaçãoMaría Fernanda possui mestrado em Ciências Sociais e Estudos Amazônicos. Ela também possui pós-graduação em Antropologia e Ciência Política, pela Facultad Latinoamericano de Ciencias Sociales, de Quito, e licenciatura em Linguística Aplicada, pela Pontifícia Universidade Católica do Equador. Entre 1994 e 1997, realizou estudos de doutorado em Geografia na Rutgers University, mas não concluiu sua Tese de doutorado. Além disso, como poetisa, ganhou o "Primeiro Nacional de Poesia do Equador" em 1990.[5] Carreira políticaSob o presidente Rafael Correa, María Fernanda Espinosa foi Ministra das Relações Exteriores, Comércio e Integração de janeiro de 2007 a dezembro de 2007. Ela foi então Conselheira Especial do Presidente da Assembleia Constituinte, Alberto Acosta, de dezembro de 2007 a fevereiro de 2008, antes de ser nomeada Representante Permanente do Equador nas Nações Unidas. Ela apresentou suas credenciais como Representante Permanente em 7 de março de 2008.[1] De outubro de 2009 a novembro de 2012, foi Ministra do Patrimônio Natural e Cultural, onde liderou a Iniciativa Yasuní-ITT.[6] Em novembro de 2012, assumiu o cargo de Ministra da Defesa Nacional, quando o Ministro em exercício Miguel Carvajal deixou o cargo para concorrer às eleições para a Assembleia Nacional de 2013. É a terceira mulher a chefiar o Ministério da Defesa Nacional, depois de Guadalupe Larriva e Lorena Escudero.[7] Em março de 2013, surgiu alguma controvérsia depois de o canal de televisão Ecuavisa ter relatado que havia agitação entre os militares em relação à promoção de certos coronéis a generais. O Presidente Rafael Correa ordenou que María Fernanda Espinosa tomasse medidas legais contra a Ecuavisa, dizendo que a informação que possuíam era falsa. Em 18 de Março de 2013, a Ecuavisa pediu desculpas e confirmou que os procedimentos básicos de verificação não tinham sido seguidos.[8] Ela renunciou ao cargo de Ministra em 23 de setembro de 2014.[9] María Fernanda Espinosa representou o Equador em processos de negociação internacional sobre desenvolvimento sustentável, direitos de propriedade intelectual, povos indígenas, biodiversidade e mudanças climáticas. Atuou como negociadora principal da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e das Conferências das Partes sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas em Copenhaguen (COP 15), Cancún (COP 16), Paris (COP 21) e Bona (COP 23), onde liderou a posição comum dos 34 membros da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).[10][11] Em outubro de 2014, María Fernanda foi nomeada Representante Permanente do Equador junto às Nações Unidas em Genebra. Ela sucedeu Luis Gallegos.[12] Na qualidade de Representante Permanente, ela defendeu o caso de Julian Assange numa discussão sobre detenção arbitrária em setembro de 2016.[13] Em 24 de maio de 2017, foi nomeada Ministro das Relações Exteriores do governo do presidente Lenín Moreno.[14] Em 5 de junho de 2018, foi eleita a quarta mulher presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas e a primeira mulher da América Latina e do Caribe a presidir este órgão, desde a sua fundação em 1945.[15][16][17] Um total de 128 estados membros, dos 193 que compõem as Nações Unidas, votaram a favor da candidatura de María Fernanda Espinosa, que concorreu ao cargo contra a representante permanente de Honduras nas Nações Unidas, Mary Elizabeth Flores.[18] Durante o seu mandato como 73ª Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, María Fernanda convocou um grupo de mulheres líderes para promover a sensibilização e o compromisso internacional para impulsionar a participação política das mulheres. Ela realizou vários eventos de alto nível sobre o empoderamento das mulheres e a participação política e reuniu mulheres Chefes de Estado e de Governo e outras figuras femininas importantes para fazer avançar a agenda da igualdade de gênero.[19][20] Durante a sua presidência, coordenou a adoção da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Camponeses em novembro de 2018, do Pacto Global sobre Refugiados e do Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular em dezembro de 2018.[21][22] María Fernanda lançou o Ano Internacional das Línguas Indígenas em fevereiro de 2019 e liderou o evento de alto nível sobre cultura e desenvolvimento sustentável em maio de 2019. Como presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, promoveu uma campanha mundial contra a utilização de plásticos descartáveis e conseguiu a eliminação completa dos plásticos descartáveis nas sedes das Nações Unidas em Nova Iorque e Genebra.[23][24][25][26] Em 2020, María Fernanda Espinosa foi nomeada pelos chefes de governo de Antígua e Barbuda e São Vicente e Granadinas para o cargo de secretária-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).[27][28] Ela concorreu contra o titular Luis Almagro, indicado pela Colômbia.[29] Almagro obteve a recondução com 23 votos contra 10 nas eleições realizadas em 20 de março daquele ano. Seu país natal, o Equador, não apoiou sua candidatura.[30] Antes de iniciar sua carreira política e diplomática, María Fernanda Espinosa foi Professora Associada e Pesquisadora na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais FLACSO, onde criou e coordenou o Programa de Estudos Socioambientais. Ela atuou como consultora em biodiversidade, mudanças climáticas e políticas para povos indígenas (1999-2005), e posteriormente como diretora regional para a América do Sul da União Internacional para a Conservação da Natureza UICN (2005-2007). Outras atividades
Prêmios e honras
Referências
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