Matroska
Matroska ou Matrioska (do russo: матрёшка; romanizado: matrioshka)[1][2][3] é um conjunto universal de arquivos computacionais de código aberto criado em 2002 que armazenam (contentores ou containers) audio e video digitais,[4] que possibilitam uma evolução constante de acordo com as necessidades dos desenvolvedores e distribuidores de conteúdos digitais. Este não é um formato de compressão de video, a principal finalidade do arquivo no formato MKV é o armazenamento de video digital de alta definição, este é baseado no formato EBML (Extensible Binary Meta Language) derivado da linguagem XML.[4] Matroska se concretiza como biblioteca de software, escrita em C++ (com suporte a C e Java),que pode ser usadas pelos criadores de players multimídia. Porém este container não está associado a uma codificação (do inglês codecs) específica, e permite que o desenvolvedor tenha flexibilidade na escolha do formato de compressão de vídeo, por exemplo, você pode reunir em somente um arquivo computacional, o container de forma concisa e eficiente o video, áudio, imagens e legendas, facilitando a vida do desenvolvedor e do usuário final. Sua adoção é ainda limitada mas é entusiástica, adotado por muitos softwares livres de video digital como x264 e VirtualDubMod. Apesar de ser uma iniciativa Software Livre, Matroska não limita-se a sistemas operacionais livres, como o GNU/Linux; seu "analisador léxico" (do inglês parser) de DirectShow é muito considerado pela equipe do projeto Matroska. EtimologiaO termo matroska ou matrioska provêm do russo матрёшка, diminutivo do nome próprio matriona,[5] como é chamada a série de bonecas típicas russas colocadas umas dentro das outras, ou seja, uma boneca grande contém outra menor, que contém outra, e assim sucessivamente. Deste modo, os formatos de arquivos do conjunto Matroska permitem conter dados resultantes de diferentes tipos de codificações (do inglês codecs) de mídias digitais. HistóricoO projeto foi anunciado em 6 de dezembro de 2002[6] como uma divisão do formato MCF, após discordâncias entre alguns de seus desenvolvedores, sendo que grande parte da comunidade que participava do desenvolvimento inicial migrou para o novo projeto. Durante a conferência Google I/O de 2010, o Google anunciou a adoção do Matroska como contêiner de seu novo formato para arquivos multimídia para a web, batizado de WebM.[7] ObjetivosPor ser um projeto de Padrão Aberto, com sua especificações disponíveis gratuitamente, pode ser usado para fins pessoais, e até mesmo para empresas que desejem incluir este padrão em seu portfólio de formatos suportados em seus produtos, que sejam de Hardware ou Software. Matroska está licenciado sob GNU e L-GPL, e também existem algumas licenças em BSD, para fins comerciais. As premissas do projeto Matroska, de acordo com seus criadores,[8] são as seguintes:
Formatos do conjuntoOs formatos de arquivo para o padrão Matroska são:
Estrutura BásicaA estrutura básica do formato Matroska (veja imagem ilustrativa ao lado, não está em uma escala quantitativa em relação ao real, serve somente para uma primeira ideia):[11] Header(ou cabeçalho) O Header contém as informações que definem qual versão do EBML eles foram criados, e qual tipo de EBML é o arquivo. Neste caso, um arquivo Matroska. MetaseekA seção Metaseek (ou índice dinâmico, em tradução livre) contém um índice onde todos os outros grupos estão localizados dentro do arquivo, como as faixas de video e áudio, capítulos, anexos (figuras)e etc. Não é tecnicamente mandatório, porém se não for incluído será necessário procurar em todo o arquivo até encontrar o que procura. Isto porque qualquer um dos outros itens podem ocorrer em ordem aleatória. Segment InformationAqui contém as informações básicas que dizem respeito a todo o arquivo, incluindo o título do arquivo, uma identidade única que permite o arquivo ser localizado individualmente, e também qual seriam os arquivos que o antecedem ou sua sequência, em caso de o arquivo fazer parte de uma série, por exemplo. Neste último caso também iria conter as identidades dos arquivos anteriores e posteriores. Track Section(Seção das Faixas) Nesta seção estão as informações básicas de cada uma das faixas, por exemplo, se estas são de áudio, vídeo ou legenda, qual a resolução do video, qual a taxa de amostragem do áudio. Também informa qual tipo de codec deve ser utilizado para exibir as faixas. Chapters SectionEsta seção lista todos os capítulos. Os capítulos são uma forma conveniente de localizar pontos pré definidos nas faixas de vídeo e áudio. Clusters SectionEsta seção contem os agrupamentos de dados na forma de quadros (para o vídeo )e segmentos (para o áudio)de cada faixa individualmente. Cueing data sectionEsta seção contém as informações de início e fim de cada faixa (Cue). São muito similares ao Metaseek, mas no Matroska a diferença fundamental é que o Cue é utilizado para localizar um ponto específico no tempo de execução do arquivo. Sem o Cueing data é possível buscar os pontos, mas o player precisa buscar dentro de cada arquivo a informação de Timecode correta. Attachment SectionEsta seção é bem interessante para anexar quaisquer arquivos pertinentes ao conteúdo. Fotos, capas de álbuns, letras, sítios de Internet, até mesmo o próprio codec necessário para tocar o formato do arquivo. Tagging sectionAqui pode-se adicionar informações básicas sobre o arquivo, como nome de artista, ou o autor das músicas, entre outras informações. A ideia inicial segue o padrão usado nas Tags de MP3. Conteúdos em formato MatroskaInicialmente a adoção do formato foi muito restrita, sendo usada principalmente em ações de pirataria de conteúdos de DVD, VHS, e conteúdos capturados de transmissões das emissoras, muitos no padrão HDTV. Como o formato permite a inclusão de legendas embutidas e conteúdos de áudio com maior facilidade, passou a ter maior aceitação. Normalmente este container possui arquivos de multimídia com codificação H.264, e uma ou mais faixas de áudio AC3 e legendas. Referências
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