Mizael Conrado
Mizael Conrado de Oliveira ou simplesmente Mizael Conrado (Santo André, 3 de novembro de 1977) é um atleta paralímpico medalhista aposentado e dirigente desportivo brasileiro que atualmente ocupa o cargo de presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).[1][2][3] BiografiaNascido no município de Santo André (SP), Mizael Conrado nasceu cego por causa de uma catarata congênita. Após sofrer quatro cirurgias, enquanto ainda era bebê, ele começou a enxergar, porém, aos nove anos de idade, Mizael teve um descolamento de retina, que iniciou a perda de sua visão, processo que se concluiu 13 anos, quando ficou completamente cego[1][3]. Matriculado no Instituto Padre Chico, uma escola especial para deficientes visuais, Mizael teve o seu primeiro contato com o futebol de cinco, modalidade esportiva na qual ele se destacaria como atleta paralímpico[1][3]. Carreira como atletaDestacando-se na modalidade do futebol de cinco, ele foi convocado para a Seleção Brasileira de Futebol de 5, seleção nacional pela qual ele acabou se tornando campeão latino-americano (1994), tricampeão da Copa América (1997, 2001 e 2003), campeão mundial sub-25 (2002), bicampeão mundial (1988 e 2000) e obtendo duas medalhas de ouro em virtude de ser bicampeão paralímpico na modalidade (2004 e 2008)[1][2][3][4]. Em 1998, Mizael Conrado conquistou o título de melhor jogador do mundo na modalidade Futebol de cinco[1][3][4]. Carreira como dirigente esportivo
A partir de 2009, ele foi eleito vice-presidente da CPB por dois mandatos. Em seguida, no ano de 2017, ele foi eleito Presidente do CPB, quando substituiu Andrew Parsons, que presidia a entidade desde 2009[1][2][3][5][4]. Em 2021, Mizael foi reeleito para a presidência da CPB[6][4]. Estudos e atividades não esportivasAntes de se aposentar do esporte paralímpico, ele ainda se formou em Direito[2] pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) em 2006. Na área jurídica, ele vem atuando como advogado no ramo do direito esportivo e chegou a ser nomeado presidente da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB/SP)[1][3]. Em 2019, ele se tornou mestre em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas, após ingressar no mestrado profissional em administração pública oferecido pela FGV[4], onde defendeu a dissertação denominada "Governança do Comitê Paralímpico Brasileiro após 18 anos da promulgação da lei Agnelo Piva", sob orientação do prof. dr. Humberto Falcão Martins[7].
Referências
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