Moreira César![]()
Moreira César é um distrito do município brasileiro de Pindamonhangaba, que integra a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, no interior do estado de São Paulo.[1][2] HistóriaOrigemA data oficial de sua criação é em 1889, ano no qual a localidade de Moreira César foi nomeada como bairro. Antes chamada de Nhambuí (nome que em tupi significa mamona, já que a vegetação nativa do lugar era dessa planta) e Barranco Alto (nome de um de seus córregos, afluente do rio Paraíba do Sul). Seus primeiros exploradores passaram por estas terras no século XVI, vindos da província de São Paulo em busca de uma nova rota pelo leste para a província do Rio de Janeiro, trilhando assim a antiga estrada Rio-São Paulo. Têm-se registro que por volta da década de 10 do século XIX existia uma venda onde hoje se situa o bairro das Taipas. Esta venda também funcionava como um tipo de pousada, para os viajantes que percorriam todos os 446 km entre as duas províncias. Por volta do ano de 1880 instalou-se um posto telegráfico em Nhanbuí, meio de comunicação mais moderno naquela época. A partir de então, fazendeiros daquelas terras lutavam para a criação de uma estação férrea, que foi inaugurada em 7 de janeiro de 1889, data que foi adotada como a de fundação do bairro de Moreira César. O posto telegráfico foi desativado na década de 60 e demolido na década de 1990. A ferroviaEm 1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo da linha da SPR no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha. Em 12 de maio de 1877, chegou à Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica, encontrou-se com a E. F. Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal, que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo Cachoeira no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga (1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias se deu em 8 de julho de 1877, com festas.[3] As cidades da linha se desenvolveram, e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"... O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba. Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar E. F. Central do Brasil, que, em 1896, incorporou a já falida E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificar as 2 linhas.[3] O primeiro trecho ficou pronto em 1901 (Cacheoira-Taubaté) e o trecho todo em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela RFFSA. O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos anos 1980, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte, foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998, o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado, com o fim do Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde 1914 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi e no trecho D. Pedro II-Japeri, no RJ[3]. A estação, inaugurada em 1898, homenageava o Coronel do Exército Antônio Moreira César, morto em Canudos, BA, quando comandava tropas do Governo, em 1897. A estação foi feita com madeira nobre Pinho-de-Riga vinda especialmente da França para a construção destinada. Servia de muito para levar o café produzido na região do atual Distrito para lugares longes e até mesmo ser transportado em direção a Europa lugar onde se apreciava o nosso produto. Antes, porém, segundo Rômulo Campos D'Arace, existia ali desde os anos 1880 um posto telegráfico cuja existência levou à pressão para a construção de uma estação. Alexandre Ferreira César e Bernardino de Sena Leite, fazendeiros locais, doaram as terras para esse fim. Esta, segundo o autor, teria sido inaugurada em 7 de janeiro de 1898, data diferente da constante na Central do Brasil e com o nome de Moreira César, morto um ano antes e cidadão de Pindamonhangaba, cidade à qual pertencia a vila e que até ali se chamava Nhambuí. A estação existiu até o início dos anos 1990, quando foi demolida.[4] Formação administrativa
Geografia![]() LocalizaçãoO distrito de Moreira César está localizado na região leste da cidade. DemografiaPopulação urbana
População totalPelo Censo 2010 (IBGE) a população total do distrito era de 38 138 habitantes.[10] É considerado um dos maiores distritos do interior do estado de São Paulo, sendo maior inclusive que os municípios vizinhos de Potim e Roseira. Área territorialA área territorial do distrito é de 187,213 km², que corresponde a um quarto da área territorial de Pindamonhangaba.[11][12] Bairros![]()
![]() RodoviasO distrito de Moreira César pode ser acessado pelas seguintes rodovias:[13] FerroviasRamal de São Paulo (Estrada de Ferro Central do Brasil), sendo a ferrovia operada atualmente pela MRS Logística.[14] Serviços públicos![]() Administração
Registro civilAtualmente é feito no próprio distrito, pois o Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais ainda continua ativo.[15][16] Os primeiros registros dos eventos vitais realizados neste cartório são:[17]
SaneamentoO serviço de abastecimento de água é feito pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP).[18][19] EnergiaA responsável pelo abastecimento de energia elétrica é a EDP São Paulo, antiga Bandeirante Energia.[20][21]. TelecomunicaçõesO distrito era atendido pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que inaugurou a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi vendida para a Telefônica, que em 2012 adotou a marca Vivo para suas operações.[22] ReligiãoO Cristianismo se faz presente no distrito da seguinte forma:[23] Igreja Católica
Igrejas EvangélicasVer também
Referências
Ligações externas |