Muriel Spark
Dame Muriel Spark (1 de fevereiro de 1918 em Edimburgo, 13 de abril de 2006 em Florença) foi uma romancista escocesa premiada. Em 2008, o jornal The Times inclui-a na lista dos 50 maiores escritores britânicos desde 1945. BiografiaMuriel Sarah Camberg, filha de pai judeu e mãe anglicana - viveu com a família em Bruntsfield, área de Edimburgo, até 1937 -, educou-se pela James Gillespie's High School, escola só para mulheres, e ensinou Inglês por um breve tempo para, a seguir, trabalhar como secretária em uma loja de departamento. Em 3 de setembro de 1937, casou-se com Sidney Oswald Spark, mudando-se para a Rodésia (atual Zimbábue), onde nasceu seu filho Robin, em julho de 1938. Em 1940, Muriel separou-se de Sidney - por este ser maníaco depressivo e propenso a explosões violentas - abandonando Robin, que acabou criado por seus avós maternos, na Escócia. Contudo, manteve financeiramente o filho ao longo dos anos, mesmo já estando ele adulto. Em 1944, vivendo no Reino Unido, trabalhou para os serviços secretos britânicos durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, Spark tornou-se escritora profissional e assinava, tanto os poemas, como as críticas literárias, com o nome de casada. Em 1947, trabalhou como editora da Review Poesy. Em 1954, converteu-se do judaísmo ao catolicismo, religião que considerou crucial para seu desenvolvimento como romancista. Em seu primeiro romance, The Comforters, publicado em 1957, já apareciam referências ao catolicismo e a sua própria conversão.[1] De suas obras, Primavera de Miss Jean Brodie (1961) foi a mais bem sucedida. Neste romance, Spark exibiu originalidade tanto no tema como na narrativa, utilizando-se de um narrador onisciente. Para essa obra - adaptada para o teatro e para o cinema, onde foi exibida com os títulos Primavera de uma Solteirona, no Brasil e Quando a Primavera Acaba, em Portugal -, a autora inspirou-se em sua adolescência e em quando estudou no James Gillespie High School, utilizado como modelo para descrever a Escola Marcia Blaine. Depois de viver em Nova York por alguns anos - onde surgiram rumores frequentes de relacionamentos lésbicos, constantemente negados por Spark e seus amigos - mudou-se para Roma em 1968, quando conheceu o artista e escultor Penelope Jardine, com quem conviveu maritalmente na vila de Civitella della Chiana, região de Toscana. Em vida, Spark recusou-se a concordar com a publicação de uma biografia escrita por Martin Stannard. Em julho de 2009, porém, com a aprovação de Penelope Jardine, ela foi publicada. Ao morrer, em 2006, por meio de medidas legais, deixou toda sua herança material e literária para Jardine, assegurando que o filho Robin - com quem teve uma relação bastante tensa - nada herdasse. Entre seus prêmios destacamos: o James Tait Black Memorial Prize, em 1965, pelo romance The Mandelbaum Gate, e o David Cohen Prize, em 1997. Spark recebeu, também, o título de Dame da Ordem do Império Britânico em 1993, em reconhecimento aos seus serviços à literatura e, em duas oportunidades, foi finalista do Booker Prize (1969 e 1981).[2] Principais obras traduzidas
Bibliografia
Outros Trabalhos
Referências
Ligações externas
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