Museu Etnográfico Casa dos Açores
O Museu Etnográfico Casa dos Açores ou Museu de São Miguel é um museu brasileiro dedicado principalmente à preservação da memória luso-brasileira na região da grande Florianópolis. O museu está localizado em São Miguel da Terra Firme, Biguaçu (SC). O MuseuA construção que abriga o museu data da primeira metade do século XIX.[1] Sendo um exemplar do apogeu da cultura açoriano-madeirense em São Miguel da Terra Firme. Em 1978, a residência foi adquirida pelo Governo de Santa Catarina, e após restauração com o auxílio do IPHAN, o Museu foi inaugurado em 04 de março de 1979.[1][2] O Museu Etnográfico integra o conjunto arquitetônico (Casa dos Açores, Igreja de São Miguel Arcanjo,[3] a chácara e os arcos do antigo aqueduto) e fica localizado no lado esquerdo da BR-101 no sentido Sul-Norte. HistóriaEm 1748, tem início o fluxo migratório de Açores e Madeira, resultado na fundação de vários povoados no litoral catarinense; dentre as povoações fundadas à época, estava a de São Miguel da Terra Firme, às margens da Baía Norte, fronteira com a Ilha de Santa Catarina, que em 1750 recebeu o primeiro grupo de 140 famílias de imigrantes.[4] O sobrado foi construído na primeira metade do século XIX pelo fazendeiro, senhor de escravos, cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa e primeiro vice-presidente da província de Santa Catarina, João Ramalho da Silva Pereira. Entre 1750 e 1756, os governadores da Província Manuel Escudeiro Ferreira de Sousa e seu sucessor José de Melo Manuel, tentaram em diversas ocasiões, sem sucesso, transferir a capital da província do Desterro para São Miguel.[4] Em 1777, a Ilha de Santa Catarina foi invadida por espanhóis. Na ocasião, São Miguel se tornou capital provisória da Capitania de Santa Catarina, sendo refúgio de parte da população ilhôa, autoridades e militares.[4][5] O Tratado de Santo Ildefonso, em 1778, restaurou a normalidade na região.[2] Em 1845, durante a visita do D. Pedro II à Província, o Imperador doou os sinos para Igreja local.[2] Em 1865, o imóvel foi adquirido e reformado por Manoel Joaquim Madeira.[6] AcervoO acervo do museu conta com obras de arte sacra, com peças que utilizadas para caça de baleia, réplicas de engenhos de farinha e cana-de-açúcar (produzida pelo artesão Bruno Manoel Lopes na década de 1980[6]), peças de crivo e renda de bilros, peças de artesanato e trajes folclóricos açorianos.[7] A biblioteca do Museu conta com 400 livros doados pelo Governo dos Açores, além de diversos documentos históricos.[7] Referências
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