Neudo Campos
Neudo Ribeiro Campos GOMM (Boa Vista, 1 de setembro de 1946) é um engenheiro e político brasileiro. Candidatou-se ao governo de Roraima em 1990 pelo PRN, ficando em quarto lugar. Foi eleito governador em 1994 pelo PTB, sendo o primeiro governador do estado nascido em seu território, e reeleito em 1998 pelo PPB. Em 2002, candidatou-se ao senado pelo PFL, ficando em quarto lugar. Em 2006 elegeu-se deputado federal pelo PP e renunciou ao mandato em 26/08/2010 em uma manobra para remeter à primeira instância o julgamento final de um processo criminal pelo caso conhecido como "Gafanhotos"[2][3]. Neudo Campos também foi citado como envolvido no "Escândalo das bolachas", que teria como finalidade capitalizar sua campanha à reeleição ao Governo do Estado em 1998, e no "Escândalo da merenda" de desvio de recursos da folha de pagamento da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Roraima - Codesaima no período de 1995 e 1998.[4] Escândalo dos GafanhotosDesarticulado a partir da Operação Praga do Egito desenvolvida pela Polícia Federal, no dia 26 de novembro de 2003 em Roraima, o esquema de corrupção conhecido como Escândalo dos Gafanhotos consistiu na contratação de funcionários fantasmas que "comiam a folha de pagamento" do governo estadual. Cerca de 30 autoridades estaduais dos Poderes Legislativo (incluindo do Tribunal de Contas do Estado) e do Executivo se beneficiaram do esquema que recebia por meio de procurações o pagamento de 6.000 servidores fantasmas, repassando aos titulares dos cargos (laranjas) apenas uma parte menor dos valores sacados. Estima-se o desvio de mais de R$ 230 milhões dos cofres públicos em Roraima.[5] Na Assembléia Legislativa do estado foram envolvidos no escândalo funcionários de 18 do 24 gabinetes de Deputados Estaduais. Segundo reportagem de O Globo (O País, p. 8, 27/11/2003):
Em 2008 foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (Acórdão 1464/2008 – Plenário[ligação inativa]), juntamente com o ex-diretor geral do extinto Departamento de Estradas de Rodagem de Roraima (DER/RR), Carlos Eduardo Levischi, a pagar R$19.014.148,95. Auditoria do TCU constatou que os recursos destinados às obras de construção da BR-401/RR, no trecho entre Bonfim (RR) e Normandia (RR), fronteira com a Guiana, foram desviados para uma conta que pagava funcionários "fantasmas", conhecidos como "gafanhotos". Em depoimento à Polícia Federal, Levischi contou que os funcionários fantasmas eram indicados por autoridades do governo, sob orientação do ex-governador.[4] Deputado FederalNeudo Campos renunciou ao mandato de Deputado Federal em 26/08/2010, em meio a campanha eleitoral de 2010, em uma manobra para atrasar o andamento de processo em julgamento no Supremo Tribunal Federal. Neudo é considerado o parlamentar brasileiro campeão de processos criminais por responder a 21 ações (11 ações penais e dez inquéritos)[6] tendo sido condenado à perda dos direitos políticos durante 8 anos, perda de cargos públicos, impossibilidade de contratação com o poder público, e ao pagamento de multa de R$3,3 mi por desvio de dinheiro dos cofres públicos no período de 1995 a 2002 quando foi Governador do Estado de Roraima pelo PTB[7]. A decisão permite recurso. GovernadorEm 1997, como governador de Roraima, Neudo foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1] Nas eleições de 2010, Neudo Ribeiro Campos foi candidato a Governador pelo PP. Com 104.804 votos (47,62% dos votos válidos),[8] conseguiu o primeiro lugar no primeiro turno das eleições, que foi levada para uma nova disputa, em segundo turno, contra José de Anchieta Júnior (PSDB), que, com 50,41%, venceu o pleito. Neudo Campos obteve 105.707 votos (49,59% dos votos válidos), ficando com o segundo lugar.[9] Em 11 de fevereiro de 2011, no entanto, o TRE cassou o diploma de José de Anchieta Júnior, condenado por usar a Rádio Roraima, veículo do governo local, para exibir propaganda negativa contra seu oponente na disputa, Neudo Campos. O segundo colocado, seria diplomado pela Assembleia Legislativa do estado no dia 14 de fevereiro.[10] Contudo, uma liminar do TSE permitiu que Anchieta permanecesse no cargo até que sejam analisados eventuais recursos contrários à decisão da corte.[11] Referências
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