Palácio do Buriti
O Palácio do Buriti é a sede do poder executivo do Governo do Distrito Federal. O Palácio situa-se em Brasília, no Distrito Federal, e foi aberto em agosto de 1969. Seu projeto é do arquiteto Nauro Jorge Esteves, que também projetou vários prédios da Zona Cívico-Administrativa e era o braço direito de Oscar Niemeyer. É composto do prédio principal e de um prédio anexo, mais alto, que fica atrás dele. Esta situado na Praça do Buriti, na via N1 do Eixo Monumental. HistóricoO único dos grandes palácios da cidade que não foi projetado por Niemeyer, o Palácio do Buriti, e também a Praça da Municipalidade, como era chamada por Lúcio Costa no seu projeto para o Plano Piloto, foram projetados pelo arquiteto Nauro Jorge Esteves.[1] Ambos herdaram o nome do buriti que foi plantado no centro da praça, árvore esta que se tornou símbolo do Distrito Federal.[2] Ao nomear o palácio, Buriti se tornou um termo para se referir ao executivo distrital, da mesma forma que Planalto é usado para se referir ao executivo federal brasileiro. O prédio e a praça foram inaugurados no dia 25 de agosto de 1969. O arcebispo de Brasília, Dom José Newton de Almeida Baptista, abençoou o palácio em um cerimonial de abertura.[3][4] Buritinga e sede da PresidênciaEm dezembro de 2006, o governador eleito José Roberto Arruda começou a cumprir uma promessa de campanha: deixar o Palácio do Buriti e levar o governo para uma nova sede. Naquele mês, ele escolheu o local, um quartel desativado da Polícia Militar em Taguatinga, o que levou a nova sede a ser apelidada de "Buritinga" - o nome oficial era Centro Administrativo de Taguatinga (Centrad). A mudança dividiu opiniões: o governador justificou que concentrar os órgãos públicos numa sede única geraria economia, mas o processo foi demorado, as obras atrasaram e haviam dificuldades mesmo para ir até o local, já que a maioria das secretarias ainda tinha suas atividades no Plano Piloto.[5] Em 7 de abril de 2008, o governo federal, em razão de reformas efetuadas no Palácio do Planalto, formalizou sua transferência provisória para o Palácio do Buriti, a fim de que, nele, pudessem funcionar o Gabinete do Presidente da República e outros órgãos ligados diretamente a este. Na ocasião, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que pretendia retornar ao Palácio do Planalto ainda antes do final do seu segundo mandato. A mudança para o Buritinga acabou se perdendo em meio a crise gerada pelo Escândalo do Mensalão no Distrito Federal, onde o governador Arruda acabou sendo preso.[6][5] Os governadores seguintes retornaram a despachar no Buriti e o Buritinga voltou a ser usado pela Polícia Militar.[7] ArquiteturaO prédio principal tem três andares, sendo um térreo e mais dois pavimentos. Sua colunas, paredes e pisos são de mármore branco e bege, e tem características em comum com outros palácios da capital, com a fachada em vidro e o concreto armado.[8][9] Tem dois salões, o Branco e o Nobre, onde acontecem solenidades diversas. O Salão Branco, maior, recebe as cerimônias maiores e exposições de arte. Há ainda um auditório, voltado também a solenidades, mas que chegou a funcionar como um cinema para os servidores.[10] Na parte interna de suas instalações, há uma área destinada à visitação pública, em que estão exibidos um busto de Che Guevara e o mural "Sonhos, Realidade e Esperança", de Ruben Zevallos, que retrata a história de Brasília desde a profecia de Dom Bosco até sua construção.[2] O prédio anexo tem dezesseis andares, sendo o térreo e mais quinze pavimentos, além de um subsolo. É um volume retangular com elementos verticais.[9] Ficam no prédio órgãos como a Secretaria de Transporte e Mobilidade e a Casa Militar. O edifício ainda abriga os transmissores e antena da rádio Cultura FM Brasília.[11] Inaugurado junto com o prédio principal, passou por reformas menores ao longos dos anos, como a adição de escadas de emergência, mas nunca por uma recuperação completa. Em 2019, um laudo do próprio governo atestou que os problemas poderiam por em risco a vida dos servidores no local e estimou em 13 milhões de reais o custo da reforma.[12] MonumentosLoba de RomaEm frente ao prédio, existe a Loba Romana, uma réplica da Lupa Capitolina, famosa escultura que representa uma parte do mito de fundação de Roma: os gêmeos fundadores da cidade, Rômulo e Remo, mamando na loba que os criou. A réplica foi oferecida por Roma à capital brasileira por ocasião de sua inauguração em 21 de abril de 1960 - as duas cidades fazem aniversário no mesmo dia e são cidades-parceiras. Forma espacial do PlanoÉ uma escultura de metal, com formato verticalizado, de Ênio Liamini. Foi doada para o governo distrital pelo então presidente da Argentina, Jorge Rafael Videla. Referências
Ver tambémLigações externasInformation related to Palácio do Buriti |