PapiloscopistaO Papiloscopista,[1] Perito Papiloscopista ou Datiloscopista é um profissional especializado na identificação humana, principalmente por meio das impressões digitais e outros elementos papilares. Essa função é essencial para a área de segurança pública, pois auxilia na elucidação de crimes, identificação de desaparecidos e na realização de cadastros biométricos em bancos de dados civis e criminais. A papiloscopia é a ciência criminalística que estuda o processo de identificação humana através das papilas dérmicas. Podendo ser dividida em Datiloscopia (análise de impressões digitais), Quiroscopia (identificação através das papilas da palma das mãos) e Podoscopia (identificação através das papilas dos pés). A popularidade do uso das papilas dérmicas como método primário de identificação se deve principalmente aos seguintes fatores:
Por estes motivos, em âmbito mundial, as impressões papilares (especialmente as impressões digitais) são utilizadas como principal meio de identificação civil e criminal na maioria dos países, seguidos dos métodos de DNA e mapeamento de arcada dentária. Diante disso, os profissionais que operam os gigantescos bancos de dados de identificação da população possuem responsabilidades e atribuições no âmbito da segurança pública e na identificação civil, necessitando de expertises específicas de comparação e coleta das impressões papilares[2]. Principais AtividadesNo Brasil, as atribuições dos profissionais de segurança pública podem variar de acordo com o estado onde os órgãos estão situados. Isso ocorre devido a autonomia de cada estado em gerenciar sua própria secretaria de segurança pública de acordo com as necessidades e procedimentos padrão da região. Por isso, alguns estados sequer possuem o cargo de papiloscopista no quadro profissionais, realocando suas atribuições entre peritos criminais e investigadores. No geral, o papiloscopista exerce as atividades técnicas e científicas voltadas à identificação, são elas:
História dos Papiloscopistas no BrasilO uso da papiloscopia no Brasil remonta ao início do século XX. Em 1903, o Brasil adotou oficialmente o sistema de identificação por impressões digitais, um método que havia sido desenvolvido e aperfeiçoado pelo argentino Juan Vucetich e pelo inglês Sir Edward Henry. O país foi um dos pioneiros na América Latina a reconhecer a importância desse sistema, principalmente por sua eficácia na identificação precisa de indivíduos. Antes da adoção desse método, a identificação de pessoas era feita principalmente através de descrições físicas e registros fotográficos, métodos que, embora úteis, eram limitados e sujeitos a erros. A introdução das impressões digitais trouxe uma revolução na forma de identificar indivíduos, tornando o processo mais seguro e confiável. A profissionalização da papiloscopia no Brasil começou a ganhar forma com a criação de institutos de identificação em várias capitais do país. Esses institutos foram responsáveis pela implementação do sistema de identificação por digitais e pela formação dos primeiros profissionais especializados, os papiloscopistas. Os primeiros marcos na profissionalização desses peritos datam do início do século XX, quando os principais institutos de identificação do país foram criados e popularizaram o registro civil através das impressões digitais[4]. A identificação no Brasil foi baseada nesse método por ser mais barato e mais prático, mantendo grandes arquivos de registros civis vinculados às secretarias de segurança pública. No final do século XX, ocorreu a principal evolução tecnológica na área da identificação humana: a criação de sistemas automatizados de identificação de impressões digitais, sendo o FBI pioneiro no domínio desta expertise, com a Polícia Federal do Brasil e outros institutos de identificação adquirindo os primeiros AFIS do país no início dos anos 2000.[5] FormaçãoPara atuar como perito papiloscopista em órgãos oficiais, é necessário ser aprovado em um concurso público específico, que geralmente exige formação de nível superior. Após a aprovação, o profissional passa por um treinamento especializado, onde aprende técnicas de coleta, análise e comparação de impressões papilares, além de receber instrução sobre legislação e procedimentos periciais em laboratório e locais de crime. Na maioria dos estados e na Polícia Federal, o papiloscopista é um policial, recebendo também treinamentos de tiro, abordagem, investigação e defesa pessoal[6]. Existem também profissionais desvinculados dos órgãos oficiais que atuam como peritos técnicos para a justiça, estes são nomeados pelo juiz para auxiliar a parte com a prova técnica. Nesse sentido, para exercer a atividade de perito judicial especializado em papiloscopia, é necessário apenas treinamento e a notável expertise na área forense para ser candidato à nomeação pelo poder judiciário. Exemplos de papiloscopistas
Curiosidades
Ver tambémReferências
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