Populorum Progressio
Populorum progressio ('Do Progresso dos povos')[1] é uma famosa encíclica escrita pelo Papa Paulo VI e publicada em 26 de março de 1967. A encíclica é dedicada à cooperação entre os povos e ao problema dos países em desenvolvimento. O texto denuncia o agravamento do desequilíbrio entre países ricos e pobres, critica o neocolonialismo e afirma o direito de todos os povos ao bem-estar. Propõe a criação um grande Fundo mundial, sustentado por uma parte da verba das despesas militares, para vir em auxílio dos mais deserdados. O texto critica tanto o "liberalismo sem freio" que conduziu ao "imperialismo internacional do dinheiro", como a "coletivização integral e a planificação arbitrária, que priva os homens da liberdade e dos direitos fundamentais da pessoa humana." Populorum progressio é uma das encíclicas mais importantes da historia da Igreja Católica, ainda que tenha suscitado críticas nos meios mais conservadores[2], particularmente quando admite o direito dos povos à insurreição revolucionária - mas apenas nos casos de "tirania evidente e prolongada que ofendesse gravemente os direitos fundamentais da pessoa humana e prejudicasse o bem comum do país.
O Papa Bento XVI, em sua encíclica Caritas in Veritate, reiterou a importância da mensagem contida na Populorum Progressio. Segundo ele, da mesma forma que a encíclica Rerum Novarum foi importante para a época, a encíclica de Paulo VI é importante para os desafios de contemporaneidade. Nas palavras de Bento XVI: "...exprimo a minha convicção de que a Populorum progressio merece ser considerada como « a Rerum novarum da época contemporânea », que ilumina o caminho da humanidade em vias de unificação".[3]. Referências
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