Real Sociedad de Fútbol Nota: Não confundir com Club Deportivo Real Sociedad (clube hondurenho).
A Real Sociedad de Fútbol, comumente referida como Real Sociedad, é um clube de futebol profissional espanhol localizado em San Sebastián, País Basco.[2] Compete na La Liga, a primeira divisão do sistema de ligas da Espanha. O seu mando de campo é exercido no Estádio Anoeta ("Reale Arena" por questões de patrocínio), com capacidade para 39.500 pessoas.[3] Fundado em 1909 como Unión Ciclista de San Sebastián e com quase 30.000 sócios, atualmente joga na Primeira Divisão Espanhola. Antes do seu nome atual, os nomes do clube eram Unión Ciclista de San Sebastián, Real Sociedad de Foot-ball e Donostia Futebol Clube. É um dos nove clubes que já se sagraram campeões espanhóis, um dos seis com pelo menos dois títulos, o seu número de conquistas, ostentando ainda três títulos da Copa Del Rey, o último deles na Temporada 2019-20, e uma Supercopa da Espanha, sendo esses seis os seus títulos mais importantes. Vice-campeão espanhol em três ocasiões: 1979–80, 1987–88 e 2002–03. Clássico e orgulho bascosO seu maior rival é o Athletic Bilbao, com quem faz o Dérbi basco, tendo a Real Sociedad vencido aquele que foi apontado como o maior duelo da história entre esses dois clubes, a final da Copa del Rey de 2019–20.[4][5] Embora o rival seja famoso por uma política de restringir-se a nativos ou criados no País Basco, ou ainda a estrangeiros de origens bascas, quem inicialmente adotava tal medida era a Real, embora ela própria também fosse aberta a estrangeiros em seus primórdios - com os britânicos McGuinness e C.F. Simmons participando da primeira partida oficial do clube de San Sebastián.[6] Simmons posteriormente também jogaria no Athletic, em 1909.[7] Britânicos eram especialmente comuns no rival, partindo da Real a pressão para priorizar-se jogadores locais, política adotada a partir da década de 1910 pelo time de Bilbao.[8] Ao longo do século XX, a maioria dos estrangeiros nos alviazuis tendiam a ser descendentes de bascos e/ou criados nas províncias bascas, muitos deles vindo a ser admitidos na própria seleção espanhola por serem considerados cidadãos espanhóis via ancestralidade; já na década de 1920, isso se deu com Eduardo Arbide, nascido na Argentina e que atuou uma vez pela Espanha;[9] e com Marcelino Gálatas, vindo das Filipinas e igualmente utilizado em um jogo pela Espanha, em 1927, e que viria a jogar no próprio Athletic também.[10] Roberto López Ufarte (nascido no Marrocos) e Vicente Biurrun (no Brasil) foram colegas donostiarras no início da década de 1980,[11] recebendo ambos chamados da seleção espanhola. Biurrun, inclusive, foi outro a também jogar pelo Athletic, assim como Loren - espanhol nativo da província não-basca de Burgos, mas admitido nos dois clubes por ter crescido desde a infância no País Basco e assimilar-se à região.[12] O clássico já foi palco de uma das primeiras manifestações livres de nacionalismo basco após o franquismo: em 1976, partiu da Real a ideia de as duas equipes entrarem juntas empunhando uma bandeira do País Basco. Semanas depois, a bandeira, ainda muito relacionada ao grupo terrorista ETA, pôde ser legalizada,[13] após quarenta anos de proibição.[14] O clássico também ficou histórico nas estatísticas por render a maior goleada dos alviazuis sobre o Athletic, vencido por 5-0.[13] Pelo restante da maior parte do século XX, os poucos estrangeiros não-bascos da Real Sociedad foram pontuais e sem maiores relevâncias - casos do inglês Henry Lowe, treinador que foi improvisado como jogador em uma partida em 1937 devido a um surto de doença a desfalcar o elenco; do italiano Aridex Calligaris, de duas partidas em 1940; e do sueco Agne Simonsson na temporada 1961-62, este como contrapeso no negócio do goleiro José Araquistáin ao Real Madrid. Em 1989, o clube optou por abrir-se livremente a estrangeiros, a ponto do irlandês John Aldridge, contratado naquele ano, costumar ser visto precisamente como o primeiro deles. Logo, diversos outros passaram a comumente reforçar a Real, a exemplo do russo Valeriy Karpin, do bósnio Meho Kodro, do turco Nihat Kahveci, do sérvio Darko Kovačević e do francês Antoine Griezmann, embora o clube seguisse restrito a bascos para fins de jogadores espanhóis. Desde 2002, contudo, também essa restrição foi abandonada.[6][15] A abertura não deixou de causar polêmica no sentido de perda de identidade.[6] O dérbi, contudo, costuma ser pacífico entre as torcidas, com as rixas tendendo a se concentrar sobretudo entre os dirigentes, com queixas na Real quanto à sensação de agressivo aliciamento da parte do Athletic a jogadores ou potenciais jogadores alviazuis bascos,[15] tornando-se especialmente famosa a polêmica da negociação por Joseba Etxeberria de um a outro. Ion Andoni Goikoetxea, Borja Viguera, Mikel Balenziaga, Gorka Elustondo, Iñigo Martínez, Yuri Berchiche e Kenan Kodro (filho de Meho e nascido em San Sebastián enquanto o pai defendia os txuri-urdin, tendo optado por defender a mesma seleção bósnia dele) também passaram pelos dois rivais.[16] EstádioO Estádio Municipal de Anoeta é um estádio de futebol, localizado e de propriedade do município de San Sebastián, na comunidade do País Basco, Espanha. O Real Sociedad disputa os seus jogos com mando de campo nesse estádio, que é parte integrante do Complexo Esportivo de Anoeta. Títulos
Recordes de partidas
Maiores artilheiros
Elenco atualÚltima atualização: 01 de setembro de 2024.
Referências
Ligações externas |