Série 2550 da CP
A Série 2550 é um tipo de locomotiva, que foi utilizada pela operadora ferroviária Caminhos de Ferro Portugueses e pela sua sucessora, Comboios de Portugal. HistóriaProdução e entrada ao serviçoEstas locomotivas foram fabricadas em Portugal,[1] por um consórcio entre o Groupement d`Étude et Electrification des Chemins de Fer en Monophasé 50 Hz e as Sociedades Reunidas de Fabricações Metálicas.[2] As caixas foram construídas em aço inoxidável canelado, nas instalações da Amadora da SOREFAME, com licença da Budd Company, para reduzir os pesos mortos, e para que o design das locomotivas ficasse semelhante às carruagens metalizadas da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, produzidas por aquela empresa americana.[3][2] Estas foram as primeiras locomotivas no mundo a utilizar este método de construção nas caixas.[3] Os bogies foram produzidos em Portugal, mas foram planeados na Alemanha, pela casa Henschel Werke.[2] As locomotivas foram introduzidas entre 1963 e 1964,[3][2] para assegurar os serviços nas linhas que foram electrificadas, no âmbito da segunda fase do programa de electrificação.[2] Foram colocadas nos principais serviços de passageiros entre Lisboa e o Porto, como o Foguete.[3] Junto com as locomotivas da Série 2500, constituíam o parque de locomotivas a tracção eléctrica da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, em finais de 1965.[1] Abate ao serviçoEm 1974, as locomotivas da Série 2600 começaram a entrar ao serviço, levando ao progressivo afastamento da Série 2550 dos comboios de passageiros, passando a ser principalmente destacadas para rebocar composições de mercadorias, junto com as locomotivas da Série 2500.[3] Um outro motivo para abandonarem os serviços de passageiros foi a perda de estabilidade nos sistemas de suspensão, quando circulavam a velocidades próximas dos 100 Km/h.[3] Os últimos comboios de passageiros feitos por estas locomotivas foram realizados na década de 1990.[3] Em 1994, as cabines da locomotiva número 2565 foram pintadas de encarnado, para testar o novo esquema de cores que a operadora Caminhos de Ferro Portugueses pretendia introduzir nas suas locomotivas.[4] Apesar do esquema requerer que o corpo da locomotiva fosse pintado de cinzento, em contraste com as cabinas encarnadas, decidiu-se neste caso que o corpo ficaria sem pintura, com a cobertura em aço original.[4] Este esquema foi posteriormente aplicado a todas as outras locomotivas da mesma série.[4] As últimas unidades foram abatidas ao serviço após a introdução das locomotivas da Série 4700, em 2009.[3] DescriçãoEsta série era constituída por vinte locomotivas elétricas, numeradas de 2551 a 2570.[5] Eram do tipo Bo Bo – 2500, para serviço de linha, em vias de bitola ibérica.[6][7] A configuração dos rodados era em Bo’Bo’[6][1], e a tensão utilizada era de 25kV 50Hz.[6][1] Cada veículo contava com quatro motores de tracção, do tipo TAO–645 A1 da Alstom; cada motor contava com 187 CV de potência, sendo 560 CV disponíveis para utilização.[3][6] A potência nominal era de 2053 kW ou 2790 CV[6] O esforço de tracção, no arranque, era de 185 kN.[6] A velocidade máxima era de 120 km/h, sendo a velocidade correspondente ao regime contínuo de 62 km/h.[2][6] O peso em ordem de marcha era de 70,5 t.[6][2] Ficha técnica
Ver tambémReferências
Bibliografia
Ligações externas
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