Sílvia Orthof
Sylvia Orthof Gostkorzewicz (Rio de Janeiro, 3 de setembro de 1932 – Petrópolis, 24 de julho de 1997) foi uma atriz e escritora brasileira de livros infantis. BiografiaFilha do pintor Gerhard Orthof e da pintora e ceramista Gertrud Alice Goldberg, um casal de judeus austríacos, é também sobrinha do compositor Arnold Schönberg.[1] Sua formação inclui cursos de mímica, desenho, pintura, arte dramática e teatro. Na área de dramaturgia infantil, trabalhou como autora de texto, diretora de espetáculos, pesquisadora e professora de teatro. Viveu dois anos em Paris, aprendendo com Marcel Marceau a arte da mímica.[2] De lá, voltou ao Brasil para trabalhar como atriz. Atuou no Teatro Brasileiro de Comédia e na TV Record, ambos em São Paulo. Mudou-se então para Nova Viçosa-BA,[3] desenvolveu atividades com teatro de bonecos com as crianças do local utilizando materiais de uso comum na região transferiu-se posteriormente para Brasília, onde lecionou Teatro na Universidade de Brasília e coordenou as atividades de teatro do SESI. Em 1966, segundo o livro Cães de Guarda, de Beatriz Kushnir, foi convidada a ministrar um curso de teatro para aperfeiçoamento do corpo de censores em Brasília. Em julho de 1969, lecionou a disciplina "Expressão Corporal" no Curso de Teatro do Festival de Inverno de Ouro Preto-MG, vinculado à Universidade Federal de Belo Horizonte. Como produto do Curso, o grupo de alunos encenou o espetáculo teatral "Ciranda de Vila Rica", dirigido e montado por Sylvia Orthof, com trechos do Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles. Começa em 1979, a convite de Ruth Rocha, a colaborar com a Revista Recreio. Publicou seu primeiro livro infantil em 1981, escrevendo, a partir de então, cerca de 120 títulos para crianças e jovens, entre contos, peças teatrais e poesias. Entre as muitas peças de teatro, destacam-se Eu chovo, tu choves, ele chove e " Quem roubou meu futuro". Entre as histórias infantis, Maria-vai-com-as-outras, de 1982, que conta a história de uma ovelha chamada Maria que fazia tudo que as demais faziam, até que um dia resolveu seguir seu próprio caminho, foi um enorme sucesso de crítica de público, bem como Quem roubou o meu futuro?, sobre uma menina de 13 anos chamada Valéria que deseja encenar uma peça, no que é impedida pela avó, que prefere que ela faça um curso de datilografia. Em 1989, criou, na cidade de Petrópolis-RJ, a Cia. Teatro Livro Aberto, onde dirigiu oito de seus textos. A Cia. Teatro Livro Aberto mantém suas atividades até os dias de hoje encenando os textos de Sylvia Orthof pelo Brasil sob a direção de Fernando Vianna. Atualmente seu repertório é composto por 7 espetáculos: 'O Cavalo Transparente', 'A Viagem de Um Barquinho', 'Se as Coisas Fossem Mães', 'Ponto de Tecer Poesia', 'Ervilina e o Princês', 'Zé Vagão da Roda Fina e Sua Mãe Leopoldina' e 'Lustrosa, Cantora Misteriosa'. Em 2002, o músico, ator e compositor Marco Aurêh (que também foi um dos fundadores do TELIA) lança o CD "Cantando Sylvia Orthof". O disco reúne uma seleção das melhores músicas compostas por Aurêh sobre as letras de Sylvia. "Lá vai o barco, lá vai / Papel de jornal, papel / Dobrado em velho jornal / Em novo mar / Tão gaivota / Na asa branca do dia / Na estrela da lua nova / Lá vai o barco, lá vai / Navio, tão grande barco / Veleiro branco da água / Lá vai o barco crescido / Sem âncora / Sem marinheiro / Sem nada, além de um papel" (A Viagem de um Barquinho) Sua Morte Ganhou inúmeros prêmios por suas obras, entre eles 13 títulos premiados com o selo Altamente Recomendável para Crianças pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Viveu seus últimos anos de vida em Petrópolis. Descobriu em 1996 que estava com câncer e faleceu um ano e meio depois, no dia 24 de julho de 1997. Prêmios
ObrasObs.: As obras sem indicação de data são anteriores a 1981.
Referências
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