Saul
Saul (em hebraico: שָׁאוּל, romaniz.: Šāʾūl; em grego: Σαούλ; lit. "pedido a Deus"), foi o primeiro rei do Reino Unificado de Israel, conforme a tradição judaica-cristã. Filho de Quis, da tribo de Benjamim, Saul teria nascido por volta de 1065 a.C. e reinado por quarenta anos, embora haja controvérsias quanto à duração exata do seu reinado. Origem e ascensão ao trono real de IsraelAntes de Saul, não se pode definir uma nação israelita. Tratava-se de diversas tribos unidas por laços étnicos e culturais, que se aliavam ou batalhavam entre si de acordo com a conveniência, e eram governadas por juízes, geralmente pessoas de renome que lideravam suas respectivas tribos em combates, e serviam como legisladores em tempo de paz. O elemento religioso judaico, com a crença no Deus único veio trazer uma aliança entre estas tribos em torno do Tabernáculo e da Arca da aliança. De acordo com o texto bíblico[1], com o envelhecimento do último juiz Samuel, as tribos israelitas uniram-se para pedir um rei que pudesse guiá-los como havia nas outras nações. Apesar da oposição por parte de Samuel à proposta (já que Deus deveria ser o "único rei" de Israel), este acaba pedindo um sinal divino que lhe indica o benjamita Saul como escolhido para governar o seu povo, apesar da oposição de alguns. ReinadoSaul, antes um líder guerreiro do que realmente um governante, não alterou quase nenhum dos padrões tribais que imperavam sobre Israel desde a época dos juízes. Saul contava com auxiliares próximos como seu filho Jônatas. No inicio de seu governo, os amonitas, comandado por Naas, iniciaram o cerco a cidade de Jabes. Saul convocou todo o reino de Israel e venceu os amonitas. Saul, então, entrou em guerra contra os filisteus. Como os hebreus não tinham o domino da metalurgia, foram obrigados a lutar com equipamentos agrícolas. Saul e seu filho conseguiram importantes vitórias militares sobre os filisteus o que garantiu ao povo de Israel um período pacífico. Saul combateu Moabe, Edom, Soba e os amalequitas. Mas a constante ameaça dos filisteus, os desentendimentos entre as tribos e a imaturidade de Saul fadaram seu reinado ao fracasso. Saul em sua arrogância teria usurpado funções sacerdotais e violado as leis de Moisés quanto aos aspectos de guerra. O juiz Samuel, vendo a decadência de Saul e inspirado por Deus, acabaria por retirar seu apoio de Saul, e ungir um jovem rapaz da tribo de Judá, Davi, para ocupar o lugar de Saul. Mesmo que este tenha conquistado um cargo na corte de Saul, e desposado Mical, a filha de Saul, Davi tornou-se objeto de inveja por parte de seu sogro. Davi havia liderado destacamentos contra os filisteus, e seu sucesso em combate e adulação por parte do povo, despertaram os ciúmes do governante. Assim, ele é obrigado a fugir. MorteSaul se joga sobre sua própria lança ao ver seus filhos Jônatas (a quem ele havia escolhido como seu sucessor no trono de Israel), Abinadabe e Malquisua serem mortos pelos filisteus na Trágedia do Monte Gilboa. Gravemente ferido, quem o matou, de acordo com II Samuel: 1, foi um amalequita, a pedido do próprio Saul. Depois, esse mesmo amalequita leva embora sua coroa e seu bracelete ao futuro rei de Israel. Davi, revoltado com a notícia, ordena a seus homens que matem o amalequita. Árvore genealógica
Referências
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