Sousa Aguiar
Francisco Marcelino de Sousa Aguiar (Salvador, 2 de junho de 1855 — Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1935) foi um engenheiro e político brasileiro.[1][2] Foi prefeito do então Distrito Federal entre 1906 e 1909, nomeado pelo presidente Afonso Pena.[1] Filho do major do exército e ex-presidente da província do Maranhão Francisco Primo de Sousa Aguiar e de Johanna Maria Freund, austríaca, nasceu na capital da Bahia, e ficou órfão de pai aos treze anos de idade.[1] Em 1869 ingressou na Escola Militar, como cadete. Tornou-se alferes-aluno em 1874, concluiu o curso de engenharia em 1876.[1] Foi prefeito de 16 de novembro de 1906 a 23 de julho de 1909.[1] Reformou-se no posto de marechal em 1911.[1] Sousa Aguiar assumiu, em 1877, o cargo de instrutor-geral da Escola de Tiro de Campo Grande, no qual permaneceu até ser transferido para o Rio Grande do Sul em 1879, onde demarcou as fronteiras brasileiras com o Uruguai, no período de 1880 a 1888.[1] Assumiu o cargo de secretário do ministro da Guerra em 1892, até integrar, no mesmo ano, a comissão que representou o Brasil em Chicago. Antes de partir, a pedido do então vice-presidente Floriano Peixoto, em poucos dias projetou o Hospital Central do Exército. Em 1893, assumiu o cargo de diretor-geral dos Telégrafos. Em 1896, tornou-se comandante da Escola Militar do Rio Grande do Sul e, em 1897, comandante do Corpo de Bombeiros, na capital da República, quando projetou o quartel central, cuja construção foi iniciada no ano seguinte.[1][3] Foi promovido a general-de-brigada em 1904.[1] No ano seguinte, foi presidente da Comissão da Exposição do Brasil em Saint Louis; enquanto se encontrava nos EUA, incumbido pelo ministro do Interior, projetou o edifício da Biblioteca Nacional.[1][4] A pedido do ministro da Fazenda, estudou a fabricação de cédulas para implantação dos serviços da Casa da Moeda e, por solicitação do ministro da Guerra, estudou o sistema estadunidense de fabrico da pólvora sem fumaça.[1] Na Exposição, obteve o Grande Prêmio de Arquitetura com o projeto do Palácio Monroe.[5][6][7] No retorno ao Brasil, foi encarregado da construção do edifício da Biblioteca Nacional[1][4] e do Palácio Monroe.[1][5][8][6][9] Sousa Aguiar morreu em sua residência, na Rua Paissandu, nº 222, na cidade do Rio de Janeiro, às 13 horas do dia 10 de novembro de 1935.[1] Deixou viúva Maria Gabriela de Sousa Aguiar e os filhos:[1] Gabriel de Sousa Aguiar, engenheiro-chefe da Diretoria de Engenharia da prefeitura do Rio de Janeiro; Miguel Angelo de Sousa Aguiar, engenheiro da Companhia Mecânica e Importadora de São Paulo; Luís de Sousa Aguiar, médico; capitão Rafael de Sousa Aguiar; Geny, casada com Domecq de Barros; América, casada com Eugenio Lefki; e a religiosa Maria Angelina do Colégio Sion de Petrópolis. No enterro, a família dispensou as honras militares a que o marechal tinha direito, mas aceitou a oferta do prefeito Pedro Ernesto de a prefeitura arcar com as despesas do enterro, no Cemitério São João Batista, a qual decretou luto oficial de três dias. Alguns projetos
Referências
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