Sul de Minas Gerais
O Sul de Minas Gerais é a porção ao sul de Minas Gerais, correspondendo às Regiões Geográficas Intermediárias de Varginha e de Pouso Alegre.[1] Esta região apresenta grandes altitudes e um clima ameno, fortemente influenciado pela Serra da Mantiqueira. A economia é altamente agrícola, com destaque para as plantações de café, apesar de estar se tornando um importante polo nacional de desenvolvimento tecnológico e industrial. Algumas cidades da região recentemente estão sofrendo intensa industrialização, como Varginha, Pouso Alegre, Extrema, Poços de Caldas, Itajubá, Paraisópolis e Ouro Fino. A cidade de Santa Rita do Sapucaí se destaca por possuir industrias de alta tecnologia, sendo um polo nacional nas áreas de eletrônica, telecomunicações, computação e biomédica. O Sul de Minas também é referência na produção de café. O relevo e o clima favorável tem feito da região referência mundial em qualidade da bebida com destaques para os municípios de Pedralva e Carmo de Minas na região da Serra da Mantiqueira, e Campos Gerais, onde fica a maior concentração do plantio. A região também possui importantes destinos turísticos mineiros, como Poços de Caldas, Monte Verde e São Lourenço. HistóriaO povoamento da região se iniciou entre o final do século XVII e início do XVIII, com a chegada de paulistas, muitos dos quais, após perderem o controle das jazidas de ouro após a Guerra dos Emboabas, migraram para o sul de Minas, região que, durante o ciclo do ouro, foi uma das principais produtoras de alimentos para as vilas mineradoras. Em 1764, o governador de Minas Gerais Luís Diogo Lobo da Silva anexou a região à margem esquerda dos rios Grande e Sapucaí, então pertencente à Capitania de São Paulo, à Capitania de Minas Gerais. Em 1789, foi criada Campanha, a primeira vila da região, no ano em que ocorreu a Inconfidência Mineira. No final do século XVIII e início do século XIX, com o fim da mineração, o Sul de Minas sofreu impactos econômicos e demográficos: os descendentes dos colonizadores paulistas que ali habitavam deixaram a região, pois o fim do ciclo do ouro impactou a economia dependente do fornecimento de alimentos para as jazidas, e eles retornaram à Capitania de São Paulo, se fixando nas regiões de Campinas, Piracicaba, Itu e do Vale do Paraíba, aonde prosperava o cultivo da cana-de-açúcar. Ao mesmo tempo, muitos migrantes vindos das decantes vilas mineradoras, como Vila Rica, Mariana, Sabará e São João del-Rei, se fixaram no Sul de Minas, se dedicando à agropecuária. O desenvolvimento sul-mineiro começou a se acelerar, principalmente após a Independência do Brasil, devido à policultura, tendo como gêneros café, cana-de-açúcar, arroz, milho, feijão e algodão. Houve criação de muitas vilas, como Baependi (1814), Jacuí (1814), Lavras (1831), Pouso Alegre (1831), Aiuruoca (1834), Três Pontas (1841), Campo Belo (1848), São Sebastião do Paraíso (1870) e Poços de Caldas (1888). Durante a República Velha, o Sul de Minas contribuiu com a política estadual e até nacional, sendo berço dos Presidentes da República Venceslau Brás e Delfim Moreira, do vice-presidente Bueno Paiva e dos governadores mineiros Francisco Antônio de Sales, Júlio Bueno Brandão, Silviano Brandão, Venceslau Brás e Delfim Moreira. Também durante esse período, essa região de Minas Gerais recebeu imigrantes italianos.[2] PopulaçãoSegundo o censo brasileiro de 2010, a Mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas abrigava uma população de 2.438.611 habitantes, o que correspondia a 12,44% da população de Minas Gerais.[3] Sabendo que a área da mesorregião referida é de 49.575,93 km²[4], então a sua densidade demográfica em 2010 era de 49,19 hab./km², valor acima da densidade demográfica mineira. Segundo a estimativa populacional de 2017, a região contava naquele ano com 17 municípios cuja população era superior a 30 mil habitantes.[5] Referências
|