A Supercopa Italiana (em italiano: Supercoppa Italiana) é uma competição futebolística na qual se enfrentam em um jogo único os campeões da Campeonato Italiano de Futebol e da Copa da Itália. É uma competição anual de futebol que ocorre normalmente uma semana antes do início da temporada na Itália. É disputada pelos vencedores da Serie A e pela Copa da Itália na temporada anterior, como uma abertura da nova temporada. Se a mesma equipe vencer os títulos da Serie A e da Copa da Itália na temporada anterior, a Supercopa é disputada pelo vencedor da Série A e pela vice-campeã da Copa da Itália, tornando-se uma revanche da final da Copa da Itália do ano anterior.
A primeira edição foi disputada em 1988 (adiada para junho de 1989, por causa das Jogos Olímpicos de Verão de 1988). Desde 1991, o local de competição da Supercopa tem sido geralmente na casa da equipe campeão italiano. No entanto, surgiu a oportunidade de disputar a decisão em um estádio neutro, em um país estrangeiro. O evento de fato cruzou as fronteiras italianas em algumas edições, foram realizadas edições nos Estados Unidos,[1]Líbia, China,[2]Catar[3] e Arábia Saudita[4] ou, sendo menos comum, na casa do detentor da Taça de Itália.
Ao todo, nove clubes foram campeões da Supercopa da Itália. O maior campeão é a Juventus com nove títulos, seguida da Internazionale com oito títulos e, também o Milan com 8 conquistas.
História
A ideia da Supercopa da Itália nasceu em 1988: a ocasião foi uma ceia com os fãs da vencedora da Copa da Itália Sampdoria, durante a qual o jornalista Enzo D'Orsi propôs a Paolo Mantovani, na época presidente do clube Sampdoria, organizar um desafio para um novo troféu, a ser disputado entre a equipe campeã italiana e o vencedor da copa nacional, nos moldes da Supercopa da Inglaterra. Poucas semanas depois, foi apresentado ao então presidente da Lega Nazionale Professionisti, Luciano Nizzola, que endossou o projeto.[5]
A edição inaugural, prevista para 1988, foi adiada para junho de 1989 devido à coincidência com os Jogos de Seul em 1988, de modo que a segunda edição foi transferida para o outono do mesmo ano; desde então, a competição ocorre quase todos os anos no período de verão (com exceção das edições de 1995, 2014, 2016 e 2018 que foram no período de inverno) e, portanto, tradicionalmente se tornou a abertura da temporada de futebol italiano. Normalmente é jogado na casa da equipe campeã italiana, exceto por exceções (em 9 edições, foi realizada em campo neutro no exterior, e em dois na casa do clube qualificado para a Supercopa da Itália). O estádio Giuseppe Meazza, em Milão, recebeu a maior parte das edições do torneio, sendo 11 edições.
Inicialmente, tendo em conta a natureza do evento no Verão, o regulamento previa, em caso de empate no final do período regulamentar, o recurso direto as penalidades: esta regra permaneceu válida até à edição de 2000, mesmo que fosse efetivamente aplicada apenas uma vez, em 1994, quando o Milan levou a melhor sobre a Sampdoria. Nas edições de 2001 e 2002, pela primeira vez, o regulamento introduziu a possibilidade de prorrogação, porém, sujeito à variável com o gol de ouro, mas não foi necessário utilizá-lo. Somente na edição de 2003, o gol de prata foi introduzido: nessa ocasião, pela primeira vez na história da competição, a prorrogação entre a Juventus e o Milan não foram suficientes, mas o desafio foi resolvido igualmente nos pênaltis, onde os "bianconeri" prevaleceram. A partir da seguinte edição, o regulamento prevê suplementação ordinária, após a abolição do gol de ouro e prata, resultando pela primeira na edição de 2005 com a vitória do Inter sobre a Juventus.
No caso de uma equipe conquistar um troféu duplo ou sazonal, o regulamento determina que os vencedores da Serie A e o finalista derrotado da Copa da Itália estarão competindo pela Supercopa, gerando, de fato, um revival do último ato da taça nacional. Desde a fundação do Supercopa até hoje, isso aconteceu 8 vezes, a primeira em 1995, quando a Juventus venceu o Parma. Em sete ocasiões, a Supercopa foi conquistada pela equipe vencedora da Copa da Itália: a primeira vez em 1996, quando a Fiorentina superou a campeã italiana Milan; mais tarde, o fato foi repetido pela Lazio (1998 e 2009), Parma (1999), Internazionale (2005), Roma (2007) e Nápoles (2014). Em 2016, com o sucesso do Milan, o troféu foi pela primeira vez do finalista perdedor da Copa da Itália.
↑ abcdefghConforme o regulamento da competição, quando uma mesma equipe era campeã do Campeonato Italiano e da Copa da Itália, a equipe vice-campeã da Copa da Itália disputaria a final da Supercopa da Itália, ou seja, não havia campeão "automático", caso uma equipe conquistasse as duas principais competições.