Taboritas
Os taboritas, também chamados radicais,[nota 1] eram um grupo político-religioso revolucionário radical associado aos Hussitas, situados na cidade boêmia de Tábor durante as Guerras Hussitas. Em 1420, eles fundaram a cidade de Tábor, no sul da Boêmia, com cerca de 4000 moradores.[1][2] Inicialmente os taboritas eram membros de uma comunidade cristã, considerada herética pela Igreja Católica. Situados na cidade boêmia de Tábor durante as Guerras Hussitas do século XV.[3] O movimento de reforma religiosa na Boêmia levou a várias "seitas". Começando com as seitas mais radicais foram: adamitas, taboritas, orebitas, utraquistas e pragueiros. O impulso da revolução nasceu a partir da queima de Jan Hus, para simplificá-los, muitos escritores colocaram estas seitas sob o nome de hussitas. Eram chamados pejorativamente de Picardos, pela Igreja Católica e seus inimigos. Também é considerado o setor mais radical dos hussitas, como eram conhecidos os seguidores de Jan Hus, queimado na fogueira em Constança, em 1415. TeseNo Taboritismo, o objetivo era formar uma comunidade que restaurasse o cristianismo primitivo. Desse modo, rejeitavam: rituais, sacerdotes, relíquias, imagens, a veneração dos santos, o juramento, o ministério da alma, e outros dogmas e sacramentos, como confissão. Por outro lado, entendiam que o batismo era um sacramento válido. Uma das características da comunidade fundada por eles, foi a busca da igualdade social e econômica, desse modo, se referiam aos outros como: irmãos e irmãs. Dentre as fontes de recursos, cabe destacar as minas de ouro da região. Desse modo, tentaram construir uma sociedade comunal, anunciaram o Milênio de Cristo e declararam que não haveria mais servos e senhores, todas as propriedades seriam mantidas em comum e não haveria mais tributação. Queriam que as pessoas retornassem a um estado de inocência pura. Segundo, Murray Bookchin foi um dos primeiros exemplos de comunidades anarco-comunistas.[4] Fim do movimentoOs taboritas foram mortos pela Igreja Católica e pela nobreza feudal (vide: Guerras Hussitas), depois de diversas batalhas foram liquidados após a derrota na Batalha de Lipany em 30 de maio de 1434, quando de 13 a 18 000 homens foram mortos. Referências
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