Talvane Albuquerque
Pedro Talvane Luís Gama de Albuquerque Neto, conhecido apenas como Talvane Albuquerque (Maceió, 12 de novembro de 1956),[3] é um médico e ex-político brasileiro.[4] Foi deputado federal entre 1995 e 1999, quando teve o mandato cassado após ter sido apontado como o mandante do assassinato da também deputada federal Ceci Cunha, pelo qual foi condenado a 103 anos de prisão. BiografiaCarreira estudantil e na medicinaFilho de Eufrozino Nunes de Albuquerque e de Diva Gama Albuquerque, iniciou a Faculdade de Direito de Maceió, abandonando-a em 1975. Em 1976, ingressa na Faculdade de Medicina da UFAL, diplomando-se em 1981. Nomeado para a Secretaria de Saúde de Arapiraca em 1982, viaja para Lisboa, onde fixaria residência médica na Maternidade Alfredo da Costa durante 2 anos. Regressou ao Brasil em 1984, estabeleceu-se em Arapiraca e trabalhou na divisão municipal do Instituto Nacional de Seguridade Social. Trabalhou ainda na Clínica Santa Maria (1985 a 1987) e no Hospital Santa Maria (1987 a 1989), além de ter coordenado o 4º Centro Regional de Saúde da Fundação de Saúde do Serviço Social de Alagoas. Carreira políticaFiliado ao PTR, Talvane Albuquerque fez sua estreia eleitoral em 1990, ao disputar as eleição estadual daquele ano. Foi um dos 5 deputados estaduais eleitos pela legenda no estado. Em 1993, ingressou no recém-criado PP, tornando-se vice-presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas. No ano seguinte, concorreu a uma vaga de deputado federal, obtendo a maior votação (61.706 sufrágios). Em agosto de 1995, ingressou no PPB, disputando a prefeitura de Arapiraca em 1997, sem êxito. Ele também não conseguiu a reeleição para deputado federal em 1998, pelo PFL; Envolvimento na morte de Ceci CunhaSubstituindo a deputada Ceci Cunha, que foi assassinada em 16 de dezembro de 1998 com outros 3 parentes, Talvane, que na época era filiado ao PTN, foi beneficiado com um habeas corpus que garantiu sua posse, entretanto as investigações policiais descobriram que o mandante do crime foi ele. O inquérito revelou a gravação de uma conversa do parlamentar com o pistoleiro Maurício Guedes Novais, que o tratara com intimidade por meio de códigos. Em 7 de abril, a Câmara dos Deputados cassou o mandato de Talvane por quebra de decoro parlamentar. Foram 427 votos favoráveis à cassação, 29 contrários, 21 abstenções e apenas 1 voto em branco. O segundo suplente, Helenildo Ribeiro, assumiu a vaga. Após mais de um ano preso, o ex-deputado foi libertado em fevereiro de 2000,[5] e em maio, obteve um habeas corpus do STJ que o permitiu responder ao processo em liberdade. Em 2007, o Ministério Público Federal de Alagoas pediu a condenação de Talvane, que voltaria à vida pública em julho de 2008, quando assumiu a Secretaria de Saúde no município de Craíbas. Depois de 4 meses, deixou o cargo para administrar os hospitais Santa Maria e Teodora Albuquerque, de propriedade de sua família e localizados em Arapiraca. CondenaçãoEm janeiro de 2012, o ex-deputado e outros 4 acusados de matarem Ceci Cunha (Alécio César, Jadielson Barbosa, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros da Silva) foram condenados a 476 anos de prisão pelo envolvimento na "Chacina da Gruta", como o crime foi conhecido. Talvane foi quem recebeu a maior sentença de prisão - 103 anos[1] - , enquanto Jadielson e José Alexandre receberam pena de 105 anos cada um, e Alécio (falecido em 2013) e Mendonça foram condenados, respectivamente, a 87 e 75 anos de cadeia, por terem "menor envolvimento" no assassinato. Maurício Guedes Novais, outro envolvido na chacina, veio a falecer em 2014, devido a um AVC. 1 mês depois, um habeas corpus foi recusado.[2] Em outubro de 2015, um novo pedido de habeas corpus foi negado pelo STF.[6] Vida pessoalFoi casado com Nireide do Nascimento Gama Albuquerque, com quem teve 4 filhos. Referências
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