Tasso da Silveira Nota: Este artigo é sobre o escritor brasileiro. Para o crime ocorrido na escola homônima, veja Massacre de Realengo.
Tasso Azevedo da Silveira OSE (Curitiba, 11 de março 1895[1] — Rio de Janeiro, 02 de dezembro de 1968) foi um escritor e poeta brasileiro.[2] Foi um dos representantes da ala espiritualista do modernismo brasileiro, ao lado de Alceu Amoroso Lima e Cecília Meireles. Ganhou um importante reconhecimento nos círculos literários, sendo considerado por Gerardo Melo Mourão como “talvez o maior poeta cristão das nossas letras”.[3] Alceu Amoroso Lima afirmou que a obra de Tasso é a que, no Brasil, possui “a poesia em seu mais puro estado”.[4] Reagindo contra a cidade cosmopolita, ressalta nele um lirismo construído com o sentimento do imponderável.[5] Segundo Adonias Filho, a poesia de Tasso da Silveira gira em torno do Brasil e do amor à pátria, tendo uma missão concreta e clara, isto é, a de salvá-lo das suas desgraças. Dessa forma, Tasso buscava operar uma redenção para que o Brasil assumisse a vocação de ser o “novo eleito”, para “reintroduzir no mundo a inocência perdida”. Assim, Tasso da Silveira recebeu o título de “o poeta do povo brasileiro”.[6] Em 1957, foi homenageado pela Academia Brasileira de Letras com o Prêmio Machado de Assis, pelo total de sua obra.[7] BiografiaEra filho do poeta simbolista Silveira Neto. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tasso, ao lado de Oscar Martins Gomes, Lacerda Pinto e José Guahiba, fundaram a revista "Fanal", um periódico que era órgão literário do Novo Cenáculo e que circulou entre 1911 e 1913. Este veículo pertenceu ao movimento de vanguarda literária ocorrido no início do século XX, no Paraná, e que ficou conhecido como "os novos" ou "os novíssimos"[8] e também foi um dos representantes da ala espiritualista do modernismo, ao lado de Cecília Meireles e Tristão de Ataíde. Pertenceu ao grupo da Revista Festa, da qual foi um dos fundadores. Foi discípulo e amigo do filósofo Raimundo de Farias Brito, tendo participado do seu velório e sepultamento com a família. No círculo de pessoas próximas de Farias Brito, tinha ao seu lado Jackson de Figueiredo, Andrade Muricy, Nestor Vítor e outros.[9] Estreou como poeta com Fio d'Água, em 1918, tendo adotado o verso livre a partir do terceiro livro, Alegorias do Homem Novo, em 1926. Colaborou em diversas revistas literárias do Rio de Janeiro e de São Paulo. Encontra-se colaboração da sua autoria na revista luso-brasileira Atlântico.[10] Lecionou literatura portuguesa na Universidade Católica e na Faculdade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro. Em novembro de 1936, aderiu à Ação Integralista Brasileira.[11] Dentro do movimento, tornou-se Secretário Provincial de Estudos do núcleo de Guanabara, atual Rio de Janeiro.[12] No ano seguinte, publicou o livro Estado Corporativo, explicando a doutrina integralista e criticando os diversos liberalismos. Chegou a afirmar que, como integralista, estava disposto ao martírio a qualquer instante.[13] Durante o Estado Novo, dirigiu a revista integralista Cadernos da Hora Presente.[14] Em 1945, foi um dos signatários de uma Carta Aberta dos ex-líderes integralistas em defesa do movimento, candidatando-se, nas eleições de 1947 e 1950, a vereador do Rio de Janeiro pelo Partido de Representação Popular, sucessor da AIB.[15][16] A partir de 1953, participou do Grande Conselho do Movimento Águia Branca, também de caráter integralista.[17] A 11 de Dezembro de 1941 foi feito Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal.[18] Obras publicadas
Obras inéditas de ensaios
Referências
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