The Guardian Nota: Para outros significados, veja The Guardian (desambiguação).
The Guardian é um jornal diário nacional britânico independente,[1] conhecido, até 1959, como Manchester Guardian. Junto com seus jornais irmãos, The Guardian Weekly e The Observer, o Guardian faz parte do Guardian Media Group, propriedade do The Scott Trust Limited. A fundação foi criada em 1936 "para garantir a independência financeira e editorial do The Guardian em perpetuidade e salvaguardar a liberdade jornalística e os valores liberais do jornal livres de interferência comercial ou política". O Scott Trust tornou-se uma sociedade anônima em 2008, com uma constituição para manter as mesmas proteções ao Guardian. Os lucros são reinvestidos em jornalismo e não para o benefício de um proprietário ou de acionistas.[2] O The Guardian é editado por Katharine Viner, que sucedeu Alan Rusbridger em 2015.[3][4] O jornal tem uma edição on-line do Reino Unido, bem como dois sites internacionais, Guardian Australia e Guardian USA. Em agosto de 2013, a edição impressa do The Guardian tinha uma circulação média diária de 189 mil exemplares, atrás The Daily Telegraph e The Times, e à frente do The Independent.[5] A edição online do jornal era a quinta mais lida no mundo em outubro de 2014, com mais de 42,6 milhões leitores.[6] No Reino Unido, a sua impressão combinada com as edições on-line chegam a quase 9 milhões de leitores.[7] Entre os furos mais notáveis do jornal, estão o escândalo de escutas telefônicas envolvendo a News International, uma subsidiária da News Corporation, em 2011.[8] A empresa publicava o jornal News of the World, que era um dos maiores jornais de circulação no mundo e foi fechado por conta das investigações.[9] O jornal também divulgou notícia da coleção secreta de registros telefônicos da Verizon realizada pela administração de Barack Obama em junho de 2013[10] e, posteriormente, revelou a existência do programa de vigilância PRISM depois que foi vazado para o jornal pelo denunciante Edward Snowden da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos.[11] O The Guardian também foi nomeado o "Jornal do Ano" no British Press Awards de 2014 pela revelação sobre a vigilância do governo estadunidense.[12] O jornal ainda é ocasionalmente referido pelo seu apelido The Grauniad, dado originalmente pela frequência dos seus erros de digitação.[13] Revelação sobre o programa de espionagem da NSAVer artigo principal: Revelações da vigilância global (2013–presente)
O Guardian publicou as primeiras histórias baseadas nos documentos obtidos por Edward Snowden.[14] O jornal foi vitima de intimidação pelo GCHQ, um dos serviços de inteligência britânico, devido à decisão de publicar os documentos. Em 3 de dezembro de 2013, o editor do The Guardian, Alan Rusbridger, foi questionado por uma comissão parlamentar na Inglaterra e defendeu vigorosamente sua decisão de publicar uma série de artigos com base nos arquivos secretos vazados por Edward Snowden, apesar da intimidação que o jornal vem sofrendo pelo GCHQ.[15] E declarou que o direito de continuar publicando os fatos, atinge diretamente o coração da liberdade de imprensa e democracia na Grã-Bretanha. Afirmou também que apenas cerca de 1 por cento dos documentos dos 58 000 documentos fornecidos ao Guardian por Snowden foram até então publicados, em dezembro de 2013.[16] PremiaçõesEm abril de 2014 Glenn Greenwald e Laura Poitras[17] receberam o Prêmio George Polk de Reportagem de Segurança Nacional, pelo trabalho jornalístico com base em documentos fornecidos por Edward Snowden em junho de 2013, revelando o sistema global de vigilância criado pela NSA e seus aliados, os chamados Cinco Olhos.[18] Em 14 de abril de 2014, foi anunciado que os jornais The Guardian, onde Greenwald e Laura Poitras iniciaram a publicação da matérias sobre a NSA, e The Washington Post foram os ganhadores do Prêmio Pulitzer 2014 de jornalismo,[19] o mais importante prêmio de jornalismo nos Estados Unidos, pelas publicações das revelações da vigilância global baseadas nos mesmos documentos revelados por Edward Snowden.[20][21][22][23] Na ocasião da entrega dos prêmios, Laura Poitras e Glenn Greenwald, cidadãos americanos, estavam entrando pela primeira vez[24] nos Estados Unidos depois que as revelações da espionagem americana através da NSA começaram a ser publicadas, devido à intimidação que vêm recebendo do governo americano pelo seu envolvimento na publicação dos documentos. O governo americano se referiu aos jornalistas que revelaram a espionagem da NSA jornalistas como "cúmplices" de Snowden, em linguagem sugerindo que poderiam ser presos caso retornassem aos Estados Unidos por terem desvendado o esquema de espionagem da Agência Nacional de Segurança americana a partir dos documentos vazados por[25] Glenn Greenwald reside no Rio de Janeiro, Brasil e Laura Poitras reside em Berlin, Alemanha , em um auto exílio que segundo ela confirmou, resultou da impossibilidade de desempenhar seu trabalho nos Estados Unidos sem ser intimidada pelos órgãos do governo americano.[26] Ao receber o prêmio, Laura Poitras disse: "Esse Prêmio é de Snowden", por ter colocado sua vida em risco para revelar ao mundo os propósitos dos Estados Unidos e seus aliados de língua inglesa, os Cinco Olhos, de dominar as comunicações a nível mundial. Fazem parte dos Cinco Olhos, a Austrália, o Canadá,[27] a Nova Zelândia, o Reino Unido e os Estados Unidos da América,[28] a Nova Zelândia, o Reino Unido e os Estados Unidos da América. PressãoO jornal The Guardian sofreu uma série de ameaças através do GCHQ, o serviço de inteligência britânico equivalente à NSA nos Estados Unidos,[29] tendo sido obrigado a destruir seus computadores em frente aos agentes do serviço de inteligência britânico (GCHQ), em 20 de julho de 2013.[30][31] Os repórteres envolvidos foram aparentemente colocados sobre intensa vigilância conforme conta o repórter Luke Harding, em seu livro "The Snowden Files" publicado na Inglaterra em fevereiro de 2013, que revela que enquanto ele trabalhava escrevendo o livro sobre os fatos ligados ao caso da NSA, a tela de seu computador era misteriosamente apagada e os textos escritos continuamente desapareciam.[32] Ver tambémReferências
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