The Rocky Mountains, Lander's Peak
The Rocky Mountains, Lander's Peak (em português:As Montanhas Rochosas, Pico Lander) é uma pintura de paisagem a óleo feita pelo pintor teuto-estadunidense Albert Bierstadt em 1863. Ela é baseada em desenhos de Bierstadt feitos em suas viagens na expedição Honey Road Survey Party de Frederick W. Lander em 1859. A pintura mostra o Pico Lander na Cordilheira Wyoming das Montanhas Rochosas com um acampamento de Nativos Estadunidenses ao fundo. Ela foi comparada e exibida juntamente com a pintura The Heart of the Andes (em português: O Coração dos Andes) de Frederic Edwin Church. Lander's Peak imediatamente tornou-se um sucesso crítico e popular, sendo vendida pela quantia de vinte e cinco mil dólares em 1865. HistóriaO pintor de paisagens da Hudson River School Albert Bierstadt (1830-1902) nasceu na Alemanha e mesmo tendo mudado-se com sua família para New Bedford, no estado de Massachusetts, quando tinha dois anos, passou muitos dos seus anos de formação na Europa.[1] Ele fez sua estréia numa exibição em 1858, contudo seu sucesso só veio depois de uma expedição feita por ele no ano seguinte. Na primavera de 1859, Bierstadt juntou-se à Honey Road Survey Party, comandada pelo então coronel Frederick W. Lander,[2] onde viajou até a Cordilheira do Rio Wind e fez estudos para diversas pinturas pelo caminho.[3] Bierstadt, que possuía o hábito de fazer grandes preparações para suas pinturas, chegando a fazer cinquenta esboços para apenas uma pintura na ocasião,[4] ficou impressionado com a paisagem que encontrou pelo caminho, chegando a descrever as Montanhas Rochosas como "o melhor material no mundo para um artista".[5] Em 1860, ele exibiu Base of the Rocky Mountains, Laramie Peak na Academia Nacional de Desenho Estadunidense,[1] contudo seu sucesso só veio em 1863, quando ele exibiu The Rocky Mountains, Lander's Peak no Tenth Street Studio Building, onde também era dono de um ateliê.[6] ComposiçãoA pintura mostra o Pico Lander, uma montanha com seu pico localizado a 3 187 metros de altura na Cordilheira Wyoming, no estado estadunidense do Wyoming. O pico foi nomeado em homenagem a Frederick W. Lander, após este morrer lutando na Guerra de Secessão, por uma iniciativa de Albert Bierstadt.[7] RecepçãoAs Montanhas Rochosas, Pico Lander foi um sucesso imediato; mil e duzentas pessoas foram convidadas convidadas para sua exibição, e quase mil compareceram.[6] Bierstadt era um perspicaz auto-promotor, assim como um talentoso artista, e esta foi a primeira de suas pinturas a ser largamente promovida com uma exibição de apenas uma pintura, acompanhada de folhetos, gravuras e uma turnê.[8] A pintura, com seus três metros de largura, foi planejada para ser exibida nas casas de milionários emergentes dos Estados Unidos e em salas e exibição.[9] Em 1865, foi vendida pelo então alto de preço de 25 mil dólares ao empresário britânico James McHenry.[10] Contudo, Bierstadt a comprou de volta, e deu ou vendeu a pintura para seu irmão Edward, antes que fosse adquirida pelo Museu Metropolitano de Arte em 1907.[7] A obra ainda foi comparada à pintura contemporânea The Heart of the Andes, do norte-americano Frederic Edwin Church, um dos maiores rivais do artista quando se trata de composição de paisagem.[1] Ambas as telas representam duas cadeias de montanhas que abrangem a América do Norte e a América do Sul. Em uma exposição do Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque, realizada em 1864 para a arrecadação de dinheiro e recursos para a guerra, as pinturas foram exibidas de lados opostos[11]. Hoje, elas continuam expostas no mesmo museu, também em paredes opostas.[6] A maioria das críticas da obra foram positivas; uma, em especial, se referiu à pintura como “sem dúvidas uma das melhores paisagens pintadas neste país”, acrescentando que “seus méritos artísticos, em alguns aspectos, são inigualáveis, tendo a vantagem de ser uma pintura representativa de uma parte do cenário mais sublime e lindo do continente americano”.[6] A obra ainda venceu um prêmio na Exposição Internacional de Paris, em 1867.[10] Na mesma época, também foram ouvidas algumas críticas negativas; em particular, alguns Pré-Rafaelitas disseram que a pintura deixou a desejar. Além deles, outro crítico fez a seguinte afirmação: “Se as marcas feitas de escova tivessem, por mãos artísticas, sido feitas para mostrar os defeitos e as rochas acidentada, mas nós só temos uma quantidade pequena de geologia e muita cerda”.[4] Referências
Bibliografia
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