Urbano de Gouveia
Urbano Coelho de Gouveia, mais conhecido como Urbano de Gouveia (Cantagalo, 8 de julho de 1852 — 17 de fevereiro de 1925) foi um engenheiro, militar e político brasileiro filiado ao Partido Democrata. Foi presidente do Estado de Goiás de 1898 a 1901 e de 1909 a 1912, além de senador de 1903 a 1909 e deputado federal, na Constituinte de 1891.[1][2] Primeiros anosNascido em Cantagalo, na Província do Rio de Janeiro, no dia 8 de julho de 1852, Urbano Coelho de Gouveia era de uma família ligada à política brasileira e goiana. Seu cunhado Leopoldo de Bulhões, irmão de sua mulher Leonor de Bulhões Jardim, foi deputado federal da Constituinte de 1891, várias vezes senador por Goiás entre 1894 e 1918, e ministro da Fazenda de 1902 a 1906 e de 1909 a 1910. Seu concunhado Francisco Leopoldo Rodrigues Jardim, casado com sua cunhada Maria Nazaré de Bulhões Jardim, foi seu antecessor na presidência estadual de Goiás, de 1895 a 1898, deputado federal em 1899 e senador de 1899 a 1905 e de 1909 a 1910.[1] Ingressou aos 20 anos no Exército Imperial Brasileiro, tendo se formado em engenharia militar na Escola Militar do Rio de Janeiro. Em 1877, aos 25 anos de idade foi promovido à segundo-tenente. Dois anos depois, em 1879 foi o ajudante de ordens do presidente da Província de Goiás, Aristides Spínola. Carreira políticaDeputado federal por GoiásAderiu ao movimento científico e republicano, se unindo ao Centro Republicano de Goiás, agremiação política fundada em 1889 por seu cunhado Leopoldo de Bulhões e pelo jurista Joaquim Xavier Guimarães Natal.[2] Com a Proclamação da República do Brasil e a Constituinte de 1891, Urbano se elege deputado federal pelo seu estado natal. Foi reeleito para um mandato até o final de 1899, no entanto, devido ao apoio dos Bulhões, foi eleito presidente do Estado em 20 de maio de 1898, renunciando ao mandato na Câmara dos Deputados do Brasil.[1][3] Presidente do Estado de GoiásTomou posse em 1.º de novembro, sucedendo a Bernardo Antônio de Faria Albernaz, vice-presidente de seu concunhado, Eugênio Rodrigues Jardim. Deu sustentação ao situacionismo da política da época e apoiou nas eleições 1901, a eleição de seu secretário de Justiça e do Interior, além de deputado federal, José Xavier de Almeida, que acabou vencendo o pleito. Em 10 de junho de 1901, renuncia ao seu mandato, deixando seu vice, Bernardo Albernaz, no exercício da presidência, se dirigindo ao Rio de Janeiro. Quarto mandato como deputado federal e senador federalFoi eleito de modo suplementar, deputado federal por Goiás, para ocupar a vaga de Xavier de Almeida, em 20 de outubro daquele ano. Exerceu o mandato até 1903, quando se elegeu em 18 de fevereiro, senador federal por Goiás. Seu mandato teria duração de 9 anos, porém renuncia para assumir o governo estadual, após a Revolução de 1909, da qual tomou parte ativamente.[4] Revolução de 1909 e retorno à presidência de GoiásCom as políticas de José Xavier se chocando com os interesses da família Bulhões, além da derrota eleitoral da ala bulhonista nas eleições estaduais em Goiás em 1905, e as políticas de arrocho fiscal de Almeida e seu sucessor, Miguel da Rocha Lima; o grupo situacionista liderado por Antônio Ramos Caiado, iniciou uma revolta, denominada de Revolução de 1909. Por sua vez, o então senador e general-de-brigada Urbano Gouveia decide tomar parte favorável aos interesses de seu cunhado, José Leopoldo Bulhões Jardim e seu concunhado, Eugênio Rodrigues Jardim, que liderou um cerco militar à cidade de Goiás. Criou-se o Partido Democrata A Política das Salvações em 1912, levou às desavenças entre o grupo bulhonista e o presidente Hermes da Fonseca, incluindo Urbano que presidia o estado. Gouveia se sentiu desprestigiado e renunciou em março de 1912, encerrando precocemente seu mandato estipulado para 1913.[7] MorteIsolado da política e tendo saído do PD, reformou-se como marechal do Exército Brasileiro, em 1 de abril de 1913.[2] Faleceu em 17 de fevereiro de 1925. Notas
Referências
Ligações externas
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