Velódromo Municipal do Rio
Velódromo Municipal do Rio é um velódromo localizado no Parque Olímpico na Barra Olímpica, no Rio de Janeiro. O espaço foi construído ao custo de R$10 milhões para abrigar as disputas de ciclismo de pista e patinação de velocidade durante os Jogos Pan-americanos de 2007, sendo considerada a mais moderna do Brasil e com o único equivalente na América do Sul na Colômbia.[1][2] Um novo velódromo foi construído no mesmo local para os Jogos Olímpicos de Verão de 2016 devido a inadequações do original. HistóriaVelódromo original (2007)Foi o primeiro do Brasil com pista de madeira, construída na Holanda pela mesma empresa responsável pelo velódromo construído em Atenas para os Jogos Olímpicos de Verão de 2004. A pista é de pinho siberiano e tem comprimento médio de 250 metros. Inicialmente, o velódromo seria provisório, mas a Prefeitura mudou os planos já em 2007.[3] Apesar de ser planejado como um dos locais de competição para a Olimpíada de 2016, em 2013, descobriu-se que o velódromo não se adequava às exigências da União Ciclística Internacional e terá de ser substituído. Entre as irregularidades estão: a capacidade de 1500 espectadores está abaixo do mínimo de 5000; duas pilastras centrais impedem a visão total da pista pelos árbitros; a curvatura e inclinação da pista; e o número de boxes e vestiários.[4] A pista seria desmontada e levada para Goiânia, no entanto a prefeitura da cidade depois de estudos decidiu pela inviabilidade da obra, e da manutenção da mesma que no Rio de Janeiro, passava dos R$2 Milhões por ano, e então a obra fora ofertada a cidade de Pinhais, Paraná, com uma ajuda de custos provinda do Ministério dos Esportes de R$25 milhões e mais contrapartida municipal aprovada pela maioria dos Vereadores Municipais, que compreende um terreno avaliado em R$20 milhões, e ainda mais um empréstimo que terá como garantia o excedente de arrecadação do Município de R$ 9.061.000,00.[5] Em abril de 2016, a estrutura estava em um terreno da prefeitura, indecisa a respeito de montar a obra por R$23 milhões (mais caro que a construção inicial em 2007) e visando baixar os custos.[6] Apenas em 2019 Pinhais começou a construir um complexo esportivo centrado no Velódromo.[7] Novo velódromo (2016)Um novo velódromo foi erguido no Rio de Janeiro por 147 milhões de reais.[3] Em janeiro de 2016, o Velódromo era a obra com atraso mais crítico, com direito a a notificações judiciais da Prefeitura do Rio contra a empreiteira Tecnosolo. A demora foi causada por um atraso na instalação de estruturas de apoio para a construção da pista. Com a conclusão da instalação de montagem em 29 de fevereiro, iniciou-se o processo de seis semanas para a construção da pista. A versão definitiva do Velódromo tinha previsão de conclusão até o fim de maio de 2016, para realizar eventos testes no mês seguinte.[8][9] Com 20% ainda restantes em março, a empreiteira Tecnosolo abandonou a obra declarando não ter mais condições, e sublocou a conclusão do Velódromo para a Engetécnica.[10] Já sem tempo para concluir o Velódromo de modo a sediar eventos teste, em abril os operários pararam a obra para protestar em prol de salários e direitos trabalhistas atrasados.[11] Eventualmente a Empresa Olímpica Municipal optou por romper contrato com a Tecnosolo, que passava por uma recuperação judicial, e multou a companhia pelos constantes atrasos, que fizeram o Velódromo estar apenas 88% pronto ao fim de maio. Um contrato emergencial de R$55 milhões foi assinado com a Engetécnica, enquanto a Tecnosolo se defendeu alegando que o plano inicial da obra tinha erros nos projetos básico e executivo.[12][13] Em junho, as obras duravam 24 horas para garantir que o Velódromo ficasse pronto a tempo dos Jogos.[14] A arena foi entregue ainda incompleta em 26 de junho, e pode ser testada pelos ciclistas.[15] A União Ciclística Internacional (UCI) criticou abertamente o caos envolvendo as obras.[16] Após as Olimpíadas, o Velódromo estava sob gestão do governo federal, e só abrigou novo evento em maio de 2017, e um mês depois sofreu um incêndio na cobertura atribuído a balões que caíram no teto.[17][18] Reaberto em novembro,[19] acabaria fechado após novo incêndio. Em 2018, os danos seriam reparados com novas reformas ao custo de R$1,7 milhão.[20] Apesar da maior parte dos repasses para o ciclismo serem usados na manutenção do Velódromo, o espaço não era muito utilizado para competições de ciclismo pelo alto custo de uso, com a maioria dos eventos esportivos do local utilizando a parte central coberta de tatames ao invés da pista.[21] Em 2022, o Velódromo recebeu seu primeiro torneio profissional nacional com o Campeonato Brasileiro de Ciclismo,[22] e teve sua gestão entregue para a prefeitura do Rio, que planejava criar em seu mezanino um museu olímpico, focado nos Jogos de 2016.[23] Ver tambémReferências
Ligações externas
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