Durante a sessão a portas fechadas, no último dia do congresso, Kruschev criticou asperamente a chamada "política stalinista", denunciando o culto de personalidade e uma série de crimes cometidos por ele e seus colaboradores.[1] Stalin não procurava persuadir com explicações mas impunha suas ideias e exigia uma submissão absoluta, qualquer um que discordasse era demitido de qualquer função diretiva, e em seguida liquidado moralmente e fisicamente.[2]
...Stalin descartou o método leninista de convencer e educar, ele abandonou o método de luta ideológica para que a violência, repressões em massa e terror...
...É claro que Stalin mostrou em toda uma série de casos sua intolerância, sua brutalidade e seu abuso de poder. Em vez de provar sua correção política e mobilizar as massas, muitas vezes ele escolheu o caminho da repressão e aniquilação física, não só contra os inimigos reais, mas também contra as pessoas que não tinham cometido qualquer crime contra o partido e o governo soviético. Aqui vemos nenhuma sabedoria, mas apenas uma demonstração da força brutal que outrora tão alarmou Lenin...[1]
O discurso chocou os delegados presentes, que depois de anos de propaganda estavam convencidos da grandeza de Stalin.[2] Após um longo debate, o discurso veio a se tornar público no mês seguinte[4] mas o relatório completo, no qual se baseou, só foi publicado em 1989.[5]
Logo após o congresso quase todos os Gulag foram fechados. Somente em Moscou retornaram 200.000 presos políticos. Anastas Mikoyan, vice-primeiro ministro criou comissões para reabilitar os presos acusados ou mortos injustamente.[2]
↑ abc«1956: Khrushchev lashes out at Stalin» (em inglês). BBC. Consultado em 18 de agosto 2013Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "bbc" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
↑ Roy Medvedev and Zhores Medvedev, The Unknown Stalin: His Life, Death, and Legacy. Ellen Dahrendorf, trans. Woodstock, NY: Overlook Press, 2004, p. 104.
↑O texto foi publicado no jornal Известия ЦК КПСС (Izvestiya CK KPSS; Reports of the Central Committee of the Party), em 3 de março de 1989.