Aos seis anos, regressou a Lisboa, cresceu no bairro dos Olivais onde mais tarde fundaria a banda Xutos & Pontapés.[2][3]
Chegou a ser consumidor de drogas. Assumia abertamente esse facto e orgulhava-se de estar completamente recuperado. Teve hepatite C, desde 2001, doença que quase lhe custou a vida e o obrigou a um transplante de fígado em 2011.[4]
A 19 de janeiro de 2013, casou com Cristina Avides Moreira.[5]
Carreira
Aos 22 anos, fundou os Xutos & Pontapés após colocar um anúncio no jornal: "Baterista e baixista precisam-se para grupo punk". O músico era conhecido pela sua enorme alegria em cima do palco e fora dele.[6][7]
Apesar de ser o guitarrista ritmo da banda, é considerado um ícone para o rock português, e foi compositor de alguns clássicos dos Xutos como Submissão (onde participa como vocalista) e Não Sou o Único.[8][4]
Em meados dos anos 90, durante uma pausa do grupo, participou em conjunto com o colega de banda, Kalú, na banda de Jorge Palma, Palma’s Gang.
Colaborou com a Antena 3, onde apresentou com Henrique Amaro o programa MúsicaAvariada.[9]
Em 2004, teve uma participação especial no filme Sorte Nula, de Fernando Fragata, onde interpretava um recluso evadido. Foi a sua banda, Xutos & Pontapés, que fez a banda sonora desse mesmo filme.[10][11]
Com Alexandre Soares, Gui, Pedro Gonçalves, Jorge Coelho e Fred Ferreira gravou uma versão de "Call Up" dos The Clash.[12]
Foi também DJ e teve uma rubrica na rádio Radar, intitulada Rock n' Roll.[13][14][15]
Em 2011, formou o supergrupoLadrões do Tempo, com Tó Trips (Dead Combo), Pedro Gonçalves (Dead Combo), Samuel Palitos (ex-Censurados) e Paulo Franco (Os Dias De Raiva e Dapunksportif). Esta banda iria surgir com o tema "Mora Na Filosofia" no álbum Convidado:Zé Pedro, editado em 2011.[16][17]
Morte
Faleceu no dia 30 de novembro de 2017, aos 61 anos de idade, em sua casa, vítima de doença prolongada de carácter hepático.[18]
Honrarias
Condecorações
A 9 de junho de 2004, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito pelo então Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio. A 27 de setembro de 2024, foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Comendador da Ordem da Liberdade.[19][20]
Reconhecimento e homenagens
Aquando da sua morte, a Assembleia da República Portuguesa, aprovou por unanimidade um voto de pesar, com uma ovação de pé.[21]
A Câmara Municipal de Almada colocou o seu nome da toponímia da cidade.[22]
O documentário Zé Pedro Rock’n’Roll, realizado por Diogo Varela Silva, ganhou o Prémio de Melhor Documentário na edição de 2019 do Doclisboa e o de Melhor Documentário Internacional no LA Punk Film Festival (Los Angeles, EUA).[25][26][27]
A 30 de novembro de 2024, por ocasião do sétimo aniversário da sua morte, foi inaugurado o Jardim Zé Pedro, com uma estátua de Zé Pedro, da autoria do escultor Pedro Barbosa, nos Olivais, em Lisboa, bairro onde o artista cresceu.[28]
Bibliografia
Em 2007, a sua irmã Helena Reis publicou o livro Não Sou o Único, que relata a vida do guitarrista.[29][30][31]
O jornalista André Rito e o ilustrador Pedro Lourenço lançaram em 2019 o livro Zé Pedro - Uma Biografia, que faz parte do Plano Nacional de Leitura.[32][33][34]
Referências
↑«Lista de associados da Audiogest»(PDF). Actividades Culturais / Ministério da Cultura. 25 de julho de 2007. Consultado em 2 de Janeiro de 2014. Arquivado do original(PDF) em 24 de dezembro de 2013