Abdel Fatah YounesAbdul Fatah Younis Al-Obeidi (em árabe: عبد الفتاح يونس, ou Abdel, ou Fattah Younis, ou Fattah Younes, ou Fatah Younes) (1944 - 28 de julho de 2011, Líbia), em 1969, foi um dos militares que ajudou a depor o Rei Idris[1], era o Ministro do Interior do Regime de Gadafi até 22 de fevereiro de 2011[2], no início da Guerra Civil Líbia, quando renunciou e passou para o lado dos rebeldes. Muitos rebeldes eram contrários à sua liderança no campo militar como Khalifa Hafter, que disputou o comando das forças rebeldes em Bengazi com Younis[3][4][5][6][7][8]. No dia 29 de julho de 2012 foi anunciado seu assassinato.[1][9] O Assassinato de Abdel Fatah YounisAntes de sua morte o Gen. Younis foi detido na linha de frente próxima a Brega, em Zueitina, por integrantes da Milícia Mártires de 17 de Fevereiro[10] para responder às acusações de que ele havia visitado Trípoli para se encontrar com ministros de Gadafi, de que membros da sua família tinham se mantido aliados ao Regime Líbio e de tráfico de armas para os oficialistas[11]. Após sua detenção, combatentes da mesma tribo que Younis[12] deixaram a linha de frente e se dirigiram à Bengazi, o que fez surgir postos de controle naquela cidade, homens armados invadiram o Hotel Tibesti[13] onde o líder do CNT, Mustafa Abdul Jalil, anunciou a morte de Younis, e dispararam diversos tiros de fuzil nas paredes[9]. Seu corpo foi encontrado junto com o de dois de seus colaboradores: o Coronel Muhammad Khamis e Nasir al-Madhkur[1]. Havia relatos conflitantes, uns diziam que ele foi executado com um tiro na cabeça e outros diziam que ele morreu sob tortura durante o interrogatório. Parentes encontraram o corpo queimado e crivado de balas. Em um primeiro momento o Conselho Nacional de Transição (CNT) tentou atribuir a autoria do crime a agentes de Muamar Gadafi[9], mas depois passou a atribuir a autoria do assassinato a extremistas islâmicos da Brigada Obaida Ibn Jarrah[14][15]. O Regime Líbio acusou pessoalmente Fawzi Bu Kitf, chefe da União das Forças Revolucionárias, por sua vez Bu Kitf responsabilizou Mustafa al-Rubh, o comandante de campo que tinha sido despachado para prender Younis[16]. Uma investigação posterior apontou Ali Abdelaziz Al-Saad Essawi como principal responsável, que negou o envolvimento em um telefonema para a estação local de televisão Awalen[17]. Os legalistas diziam que incidente demonstraria que os rebeldes não seriam capazes de governar a Líbia, pois não foram capazes de proteger seu próprio comandante militar. O porta-voz legalista Moussa Ibrahim aproveitou a oportunidade para criticar o reconhecimento dos rebeldes como único representante do povo líbio, feito pelo governo britânico na véspera do incidente, e para responsabilizar a Al-Qaeda pelo assassinato de Younis. No momento de seu enterro, seu filho, Ashraf gritou: "Queremos a volta de Muamar, queremos a bandeira verde de volta!"[10][18][19]. Referências
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