Amphisbaena neglecta
Amphisbaena neglecta, mais conhecida como Cobra-de-duas-cabeças, é uma cobra ovípara que pode chegar até 150mm de comprimento total.[2] Distribuição geográficaHá registro no Centro-Oeste do Brasil, principalmente em duas localidades, no estado de Mato Grosso e no estado de Goiás. É endêmica do Cerrado.[3] PopulaçãoReferente à abundância de espécies não há informações disponíveis. Devido à dificuldade de ocorrência da espécie A. neglecta, não há como organizar dados consistentes relacionados ao tamanho, estrutura, tendências e distribuição da população. (Fonte: ICMBio). Habitat e ecologiaOs anfisbenídeos pertencem aos répteis fossoriais, e essa condição consiste na principal particularidade deste grupo, sendo o que é responsável por conformar a sua morfologia, habitat e ecologia. Tendo em vista esses fatores, é considerado um dos grupos Squamata que não se possui muito conhecimento. A respeito da sua morfologia é possível descrever que consiste em um corpo cilíndrico, robusto, uniforme e desprovido de patas. Tendo sua cauda com força considerável e pequeno tamanho, seguindo o mesmo formato da cabeça.[4] O comprimento rostro-cloacal da Amphisbaena neglecta coletada foi de 150 mm.[5] São altamente sensíveis à perda de áreas, caracterizados pela relativamente baixa habilidade de dispersão, e alta fidelidade ao habitat ou micro-habitat.[3] Ameaças e usosAltamente ameaçada de extinção.[3] As ações antrópicas como construção de usinas hidrelétricas e outras formas de perda de hábitat como atividades de extração madeireira, uso intensivo da mecanização na agricultura e expansão imobiliária, são fatores que aumentam os riscos de extinção da A. neglecta. (Fonte: ICMBio) Ações de conservaçãoEvitar a fragmentação de habitats, principalmente os espinhaços, encontrados nas chapadas dos Guimarães e chapada dos Veadeiros, ampliar áreas de conservação de cerrado que não são de interesse da agricultura nas fronteiras entre Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato grosso, além de rovomer a interconxão entre os fragmentos através de corpos hídricos. A desflorestação deve ser reduzida imediatamente em todo o cerrado.[3] Diferentemente da espécie A. sanctaeritae, a espécie A. neglecta não é contemplada por um plano específico de conservação, mas por estar presente em Área de Proteção Ambiental - APA da Chapada dos Guimarães, a conservação ocorre de modo indireto, ou seja, os projetos e ações implementados na APA podem estender uma proteção à espécies A. neglecta. Um aspecto negativo é que um plano de combate a incêndios realizado através da técnica de aceiro negro pode ser prejudicial à herpetofauna. (Fonte: ICMBio) Referências
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