Angelika Kauffmann
Maria Anna Angelika Kauffmann (Coira, 30 de Outubro de 1741 – Roma, 5 de Novembro de 1807), conhecida como Angelica Kauffman, foi uma pintora neoclássica suíça e membro fundadora da Academia Real Inglesa (1769). Teve uma carreira de sucesso em Londres e em Roma. Era uma talentosa artista, especialmente retratos, paisagens e pintura decorativa. Somente dois dos 36 membros fundadores da Academia Real Inglesa eram mulheres: Angelika Kauffmann e Mary Moser. Até o século XX, elas foram as únicas mulheres admitidas naquela instituição.[1] BiografiaNascida em Coira, em 1741, era filha de Johann Joseph Kauffmann, homem de posses modestas, mas um muralista dedicado e pintor, que viajava muito a trabalho. Ele treinou Angelika desde pequena para ser sua assistente, enquanto viajavam pela Suíça, Áustria e Itália. Criança prodígio, ela aprendeu muito rápido o ofício, além de aprender vários idiomas com sua mãe, Cleophea Lutz.[2] Tinha talento também na música, sendo forçada a escolher entre ópera e arte. O padre local disse que Angelika deveria escolher a arte, o que ela logo fez, pois disse que a ópera era um lugar que atraía muita "gente maluca".[3] Aos 12 anos, tornou-se pintora, sendo patrocinada por nobres e bispos.[4] Em 1754, sua mãe faleceu e o pai decidiu mudar-se para Milão.[3] Visitando o pai com frequência, ela logo se tornou membro da Academia de Belas Artes de Florença, em 1762.[4] Em 1763, visitou Roma, retornando mais uma fez no ano seguinte, seguindo para Bolonha e Veneza, deixando admiradores por onde passava. Em 1765, seu trabalho apareceu em uma mostra da Sociedade Livre de Artistas e Angelika se mudou para Londres pouco depois.[4][5] Em 1767, ela casou-se com um homem que se apresentara como conde Frederick de Horn. Desmascarado pouco tempo depois, ela separou-se dele em 1768. Todavia, só tornou a casar-se novamente em 1781, após a morte do impostor. Com seu segundo marido, o pintor veneziano Antonio Zucchi, viajou para Roma, onde se estabeleceram. EstiloO estilo da jovem Angelika Kauffmann foi influenciado pelo rococó francês. Todavia, por volta de 1763 ela visitou a Itália e conheceu as obras neoclássicas de Anton Raphael Mengs, cujo estilo passou a nortear sua produção artística. Sir Joshua Reynolds foi outra grande influência, particularmente no tocante a produção de retratos. Os quadros de Kauffmann são quase sempre composições inspiradas na mitologia greco-romana e representam deuses e deusas de forma graciosa, embora não particularmente brilhante. Seus melhores trabalhos são mesmo os retratos, dos quais o da duquesa de Brunswick é considerado sua obra-prima. MorteEm 1782, sua mãe faleceu e em 1795 seu marido. Seu quadro de 1794, "Self-Portrait Hesitating Between Painting and Music", foi dedicado à mãe.[6] Continuou a contribuir para a Academia de Londres, tendo sua última mostra de arte em 1797. Após este ano, Angelika produziu muito pouco e em 1807 faleceu em Roma, sendo homenageada com um grande funeral. Toda a Academia de São Lucas, inúmeros religiosos e admiradores seguiram seu caixão até seu sepulcro, na Basílica de Sant'Andrea delle Fratte e, assim como no enterro de Rafael, dois de seus quadros foram levados em procissão.[4] Obras
Galeria
Referências
Ver tambémLigações externas
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