Antônio Aranha Alves
Antônio Aranha Alves (Sorocaba, 4 de agosto de 1946), mais conhecido como Aranha, é um ex-futebolista brasileiro que atuava como lateral-direito. CarreiraFoi revelado na Estrada Sorocabana. Ainda em sua cidade natal, passou em 1967 ao São Bento. Chegou a ser emprestado ao São Paulo, sem sucesso: sua estadia no Tricolor não durou sequer os três meses acertados, irritado em não sair da reserva mesmo quando o titular se machucava, vendo-o ser substituído por zagueiros improvisados.[1] Notabilizou-se nacionalmente no clube seguinte ao qual foi emprestado, o Remo, para onde foi levado pelo técnico João Avelino. Como jogador azulino, ganhou Bola de Prata da revista Placar, que o elegeu o melhor lateral-direito do Campeonato Brasileiro de 1972.[2][3] Aranha foi o primeiro jogador que, atuando por um clube da Região Norte do Brasil, recebeu a premiação. Posteriormente, ela também seria entregue a outro remista, o goleiro Edson Cimento, em 1977.[4] À altura da década de 2010, ambos seguiam sendo os únicos do futebol nortista que ganharam a premiação.[5] Embora a eleição de Aranha tenha sido em dado momento criticada por João Saldanha (em 1977)[6], seu desempenho foi tão bom que Nelinho, antes de tornar-se um craque celebrado, era seu reserva[7].[8] Foi em função de lesão de Aranha nos jogos finais [9] que Nelinho conseguiu chances, tendo seu grande momento contra o Cruzeiro, que assim descobriu seu futuro ídolo.[7][8] A boa campanha remista gerou, por outro lado, um desmanche, e Aranha foi um dos que saíram imediatamente, assim como o próprio Nelinho.[10] O São Bento pedia um preço alto demais por seu passe. Sondado na época por Flamengo, Botafogo e Athletico Paranaense, foi emprestado ao Atlético Mineiro, onde não se firmou.[1] Voltou a ser emprestado ao Remo para disputar o Brasileirão de 1973.[1] Nele, participou de seu único clássico Re-Pa, um 1-1 no estádio do Remo. Foi o primeiro duelo entre a dupla paraense na história do Campeonato Brasileiro de Futebol.[11] Em 1975, recebeu passe livre do São Bento e o alugou ao Comercial de Campo Grande.[1] À altura do fim de setembro de 1975, pela equipe sul-mato-grossense (na época, ainda no Mato Grosso) chegou a ser considerado o terceiro melhor lateral-direito do Brasileirão daquele ano na avaliação da Bola de Prata. Curiosamente, o líder na ocasião era outro remista, Rosemiro.[12] Em 1976, jogou no Sport Recife.[13] Além de jogador, também era técnico eletricista.[14] Casado e pai de quatro filhos, desde a década de 2000, tem paralisa parcial no lado esquerdo do corpo, em decorrência de um derrame.[15] Em 2020, uma eleição oficial promovida pelo Remo entre torcedores escolheu Aranha como segundo maior lateral-direito do clube. Embora não superasse Marquinhos Belém, campeão brasileiro da Série C em 2005, vencedor com 34% dos votos, a porcentagem de 26,4% de Aranha colocou-o à frente de Rosemiro (24,8%), notabilizado por ter defendido a seleção brasileira olímpica ainda como atleta remista.[16] Referências
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