É o segundo jogador com mais partidas na história do Palmeiras, com 621 jogos, sendo o primeiro em sua posição, além de ser o goleiro que mais venceu e com mais jogos sem ser vazado pelo clube, com 304.[1]
Em março de 1969, Leão transferiu-se para o Palmeiras.[3] Assumiu a posição nas redes pouco depois de chegar, devido a contusão do goleiro titular Chicão.[4] Estreou em 16 de abril de 1969, na goleada por 6–1 sobre o Juventus.[1] Treinado pelo ídolo alviverde Valdir Joaquim de Morais, já no primeiro ano foi convocado pela Seleção Brasileira.[1]
No ano de 1984, o jogador retornou ao Palmeiras.[11] Obteve o passe livre em dezembro daquele ano,[5] renovando seu contrato com o clube,[12] e foi segundo colocado do Campeonato Paulista de 1986. Sua última partida pelo clube foi em 20 de julho de 1986, na derrota em casa por 1x0 para o São Bento.[1] Atuou em 621 partidas do time, sendo o segundo jogador que mais atuou com a camisa do Palmeiras,[1] ficando atrás apenas de Ademir da Guia, que atuou 902 vezes.[13]
Em fevereiro de 1987, transferiu-se para o Sport,[14] onde encerrou a carreira aos 38 anos.[15]
Começou sua carreira de treinador em 1987, logo após deixar a função de goleiro, tendo assumido o Sport nas finais do Campeonato Pernambucano,[19] substituindo Ernesto Guedes[15] e participado da campanha do título do Campeonato Brasileirodaquele ano,[20][21][22] conquistado pelo Sport. Este título muitas vezes é atribuído equivocadamente a ele, mas Leão saiu antes do clube conquistar o título — o treinador no quadrangular decisivo foi Jair Picerni.[23] Em 21 partidas pelo clube, obteve 12 vitórias, seis empates e três derrotas.[23]
Em 1989, assumiu o Palmeiras pela primeira vez.[2][27][28][29] No Paulistão, permanece invicto durante 23 partidas, mas é eliminado, com apenas uma derrota, para o Bragantino, por 3x0.[24] No Brasileirão, termina em quinto.[24]
No primeiro semestre do 2000, dirigiu o Grêmio.[34]
No segundo semestre de 2000, iniciou sua segunda passagem pelo Sport Recife, que havia vencido a Copa do Nordeste com o antecessor Celso Roth e teria nove jogos mais para alcançar o inédito título de pentacampeão pernambucano.[35] O clube terminou o último turno do Estadual 11 pontos à frente do segundo lugar e, na final em jogo único, venceram o Santa Cruz.[35][36] Um mês depois, em julho, chegou à final da Copa dos Campeões, perdendo na grande decisão para o Palmeiras por 2 a 1, e viu a vaga na Copa Libertadores do ano seguinte escapar.[35][36]
Depois, assumiu o comando do Palmeiras em 18 de julho de 2005. Foi demitido em 2006 após uma má sequência de resultados, havendo suspeita de ter sido "derrubado" pelos jogadores.
Após breve passagem pelo São Caetano em 2006, Leão assume como técnico do Corinthians, até então último colocado no Campeonato Brasileiro de 2006, e consegue fazer o time terminar na 9ª colocação. Em 3 de abril de 2007, Leão e Corinthians entraram em acordo e o técnico deixou o clube, devido a má campanha do clube no Campeonato Paulista.[39]
No dia 15 de dezembro de 2007, o então presidente do Santos, Marcelo Teixeira, anunciou a volta de Emerson Leão ao clube,[41][42][43] onde se apresentou dois dias depois.[44] Foi a terceira passagem do técnico pela Vila Belmiro. Mas no dia 27 de maio de 2008, após a eliminação do Santos diante do América do México, pela Libertadores, e da goleada sofrida contra o Cruzeiro (4–0) no Campeonato Brasileiro, Leão, não suportando os maus resultados e as críticas, deixou o comando do time.[45]
Em 2009, assumiu o Atlético Mineiro mais uma vez, e mesmo com um bom desempenho não resistiu a uma goleada para seu maior rival na final do Campeonato Mineiro de 2009, e um mau resultado frente ao Vitória pela Copa do Brasil de 2009.[46]
Foi contratado pelo Sport Recife em 3 de junho de 2009 para a temporada.[47] Após três vitórias, dois empates e cinco derrotas em apenas um mês e 22 dias a frente do time pernambucano, Emerson Leão foi demitido do Sport após empate contra o Náutico e polêmica sobre uma suposta contratação do atacante Marcelo Ramos.[48]
Em abril de 2010, acertou com o Goiás.[49] Três meses depois, em 21 de julho de 2010, envolveu-se numa polêmica num jogo contra o Vitória, no Barradão. Após o final da partida, Leão agrediu um repórter de uma emissora de rádio local e chegou a receber voz de prisão.[50] Porém, o treinador foi liberado após prestar depoimento. Em 27 de agosto, após 9 partidas sem vitória no Campeonato Brasileiro e com o Goiás na última colocação, Leão pediu demissão do clube esmeraldino.
Em 24 de outubro de 2011, Emerson Leão assina contrato para dirigir o São Paulo pela segunda vez.[51][52] Não conseguiu classificar o time para a Taça Libertadores de 2012. Foi eliminado nas semifinais do Campeonato Paulista para o rival Santos pelo 3°ano consecutivo. Chegou até as semifinais da Copa do Brasil, sendo desclassificado pelo Coritiba. Contestado pela diretoria e torcida e com um inicio irregular no Campeonato Brasileiro, em 26 de junho de 2012 foi demitido do São Paulo.[53]
Em 30 de agosto de 2012, depois de dois meses desempregado, Emerson Leão acertou com o São Caetano, clube no qual trabalhou em 2006, assumindo o Azulão depois da derrota por 4 a 1 para o ASA de Arapiraca, que redundou na demissão do então comandante Sérgio Guedes.[54][55] No dia 25 de outubro foi demitido do São Caetano por problemas com a diretoria.[56]
Fora dos campos
Em 2017, assumiu o cargo voluntário de consultor de futebol da Portuguesa, de janeiro a março.[57]
De acordo com a Placar em 1992, Emerson Leão afirmou ter exigido de Zagallo a titularidade da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1974.[59]
Em 1997, Emerson Leão, então técnico do Atlético Mineiro barrou o goleiro Taffarel alegando 'deficiência técnica' pelas constantes falhas. Na ocasião Leão disse: "O Taffarel está com espírito de seleção e não de clube. Não tem tido uma boa performance. Por isso o Paulo César continua. O Taffarel terá de reconquistar a posição".[60] Em junho de 2001, durante uma entrevista, Taffarel acusou Leão de não ter caráter e de ser um técnico ruim.[61]
Em setembro de 2008, foi à Vila Belmiro receber salários atrasados do Santos e foi agredido por nove torcedores do clube.[62]
Em 2010, após a partida entre o seu então clube, Goiás, e o Vitória, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano, o treinador disparou contra o comentarista Neto e a apresentadora Renata Fan, ambos da Band.[63] Segundo Leão, o primeiro não teria preparo cultural e psicológico para falar numa emissora de televisão. "Ele [Neto]", complementado com suas próprias palavras, "apenas faz o folclore do outro lado, a agressividade do outro lado que não leva a nada".[64] Ambos teriam diferenças desde 1989, quando trabalhavam, um como técnico e o outro como jogador, no Palmeiras, com o último tendo trocado o clube pelo rival Corinthians, onde viraria ídolo, por não ter conseguido se ambientar.[63] Já com relação à segunda, o técnico afirmou não saber nada sobre futebol, dizendo que Renata "nunca viu um treinamento, não sabe qual é a conduta."[64]
Em abril de 2006, foi eleito pelos jogadores o técnico mais odiado do país, em pesquisa da revista Placar.[24] Em 2013, Leão seria eleito pelos jogadores em atividade, em uma pesquisa organizada pelo siteUOL Esporte, o pior treinador em atividade no país. Com 16 votos somados, ficou bem à frente do segundo colocado, Celso Roth, que obteve 7% do total.[65]
Em março do mesmo ano, Leão se envolveria em duas polêmicas: a primeira foi a do presidente do Sport Recife, Luciano Bivar, que afirmou ter pagado para que o volante Leomar fosse convocado, numa Seleção Brasileira treinada à época por Leão.[66] Para o treinador, que refutou tal declaração, Bivar "deveria ser preso. Isso é um caso de polícia e precisa ser investigado a sério".[67] A segunda foi entrar em rota de colisão com o mandatário são-paulino, Juvenal Juvêncio. Para o treinador, que entre 2011 e 2012 passou pelo clube, JJ deveria seguir o exemplo do papaBento XVI e, pela idade, renunciar ao cargo.[68] O cartola, ao tomar conhecimento das críticas, responderia as críticas de seu ex-funcionário, dizendo que este "precisa arrumar um emprego logo".[69]
Depois desta última, Leão foi também alvo de provocações do jogador de futsalFalcão, que, via Twitter, escreveu: "O Osvaldo tb n servia p ele,e hj esta na Seleção!!! E o Leão continua fazendo seu " belo" trabalho no...no....no....!! Ahhh,deixa ele p lá!! (sic)". Falcão, por sua vez, rememorou as poucas chances dadas pelo treinador ao atual atacante são-paulino, quando de sua segunda passagem pelo clube, entre 2011 e 2012, e que com Ney Franco, seu novo comandante, cresceu de produção e chegou à Seleção, assim como a experiência de trabalho que ele teve com Leão, quando este debutou no comando técnico do clube, em 2005; Falcão, naquela ocasião, tentou uma bem-sucedida mudança para o futebol de campo, mas acabou sendo pouco utilizado pelo técnico, fator que forçou seu retorno às quadras.[70] Leão responderia às declarações, dizendo que, apesar de Falcão ser "o Pelé do salão, no campo não dá" e atribuiu sua contratação a um fato inusitado: um irmão do atleta, dono de uma empresa de ar condicionado, instalou um aparelho na casa do presidente são-paulino e, ao afirmar ser irmão do jogador de futsal, este acabou convidado a visitar o clube.[70]
Em maio de 2013 foi sondado pela Portuguesa de Desportos para assumir o clube durante a disputa do Brasileirão. O treinador, no entanto, foi vetado pelos atletas, liderados pelo veterano Souza, campeão paulista em 2005 com Leão, e pelo seu ex-clube São Paulo, que não emprestaria Cañete à Lusa caso a contratação se concretizasse. O motivo alegado pelo Tricolor foi o do técnico não gostar de argentinos, o que faria com que o meio-campista pudesse desenvolver menos o seu potencial no novo clube.[71] Respondendo à intromissão são-paulina nas decisões de um rival, Leão afirmou que Adalberto Baptista, diretor de futebol do clube, foi "mentiroso" ao dizer que o ex-arqueiro não dá oportunidades a estrangeiros. Segundo o treinador, Cañete chegou machucado ao clube e, logo que se recuperou, foi titular diante do Vasco, em jogo válido pelo Brasileirão de 2011, no qual tornou a se contundir. Assim, segundo suas palavras: " Ele (Adalberto) está contando mentira. E homem não conta mentira."[72]
Em 26 de março de 2013, como convidado do programa Cartão Verde, da TV Cultura, Emerson Leão, após dar "cartão vermelho" para o comentarista Vitor Birner, devido as críticas tecidas pelo jornalista em seu blog, bateu boca com este. Após Birner dizer que "O que eu escrevi foi acontecendo aos poucos e tudo acabou como eu disse que iria acabar. Não estava errado. É só ler lá, está no blog", Leão reagiu, perguntando ao comentarista se ele realmente acreditava entender de futebol. À sua pergunta, novamente o participante fixo do programa: "Mais do que você [entende de futebol]. Vai ver meu time de várzea treinar, está mais redondinho do que o São Paulo."[73]
↑Sul, Por GLOBOESPORTE COM São Caetano do; SP (25 de outubro de 2012). «São Caetano demite Emerson Leão». globoesporte.com. Consultado em 17 de dezembro de 2024