Ataques aéreos à Ucrânia de 8 de julho de 2024
Uma onda massiva de ataques aéreos foi perpetrada pelas Forças Armadas da Rússia contra a Ucrânia no dia 8 de julho de 2024. Vários modelos de mísseis russos foram usados nos ataques, que aconteceram no final da manhã e começo da tarde daquele dia, sendo que, além da capital ucraniana, as cidades de Kryvy Rih, Pokrovsk, Dnipro e Kropyvnytsky foram atingidas. Em Kiev, 33 pessoas perderam suas vidas em decorrência do bombardeio de vários edifícios residenciais e do hospital de cuidados infantis Okhmatdyt, lugar em que 627 menores recebiam tratamento médico no momento do ataque. Um total de 10 ucranianos morreram em Kryvy Rih, 3 em Pokrovsk, e 1 em Dnipro, com 190 pessoas ficando feridas. O Ministério da Defesa da Rússia declarou que a onda de ataques contra a Ucrânia mirou bases aéreas e a indústria de defesa ucraniana, tendo ocorrido como retaliação a ataques do país invadido contra alvos econômicos russos. No dia 9 de julho, Dmitry Peskov, o assessor de imprensa do Presidente da Rússia, e Maria Zakharova, representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, alegaram, sem apresentar qualquer tipo de prova, que o míssil que atingiu o hospital pediátrico em Kiev era, na verdade, parte da defesa antiaérea da própria Ucrânia.[1][2] Contudo, várias investigações comprovaram que um projétil Kh-101, um míssil de cruzeiro russo, foi o armamento utilizado contra Okhmatdyt.[3][4][5][6] AtaquesDe acordo com o tenente-general Mykola Oleshchuk, Comandante da Força Aérea da Ucrânia, uma primeira rodada de ataques, com a qual as forças de defesa ucraniana não tiveram grandes problemas, foi disparada na madrugada do dia 8, uma segunda-feira. Uma outra rodada, porém, foi lançada por volta da 10 horas da manhã, incluíndo ao menos um míssil aerobalístico Kh-47M2 Kinzhal, quatro mísseis balísticos Iskander-M, um míssil de cruzeiro 3M22 Tsirkon, treze mísseis de cruzeiro Kh-101, 14 mísseis de cruzeiro 3M-54 Kalibr, dois mísseis de cruzeiro Kh-22 e três mísseis aéreos guiados Kh-59 ou Kh-69.[7] As Forças Armadas da Ucrânia lograram interceptar trinta destes projéteis, sendo os restantes responsáveis pelos danos materiais e perdas de vida que se seguiram.[8] KievA partir das 09:52, começaram a soar na capital ucraniana as sirenes que anunciavam a iminência de um bombardeio russo, com as primeiras explosões sendo reportadas a partir das 10:30.[9] Ao todo, 33 pessoas (incluindo cinco menores) morreram, com 121 ucranianos (10 deles crianças) ficando feridos.[10] Estima-se que 129 prédios foram destruídos ou danificados aquele dia.[11] A terça seguinte, 9 de julho, foi declarada como dia de luto em respeito às vítimas da cidade.[12] No distrito de Solomyansky, aproximadamente às 10h30, devido ao impacto de um míssil no telhado do prédio comercial da empresa Dominion, sete pessoas morreram, nove ficaram feridas e os dois andares superiores foram parcialmente destruídos.[13] Depois das 13:00, em virtude da queda de destroços de mísseis russos abatidos, um prédio em que funcionava as clínicas médicas Adonis e Isis foi atingido, com cinco médicos e dois pacientes da primeira clínica vindo a óbito. O edifício, localizado no distrito de Dniprovsky, foi parcialmente destruído.[14] Referências
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