A BYD Auto ultrapassou a Tesla em junho de 2022 como a maior fabricante de veículos eletrificados do mundo, anunciando que havia vendido cerca de 641.000 EVs (incluindo PHEVS) no primeiro semestre de 2022, enquanto ainda está atrás da Tesla no número de BEVs vendidos.[7]
Em 2021, a BYD era a quarta maior empresa de veículos elétricos plug-in e a quarta maior empresa de BEV do mundo, com 9,1% e 7% de participação no mercado global, respectivamente, em 2021.[8] A empresa baseou suas vendas principalmente na China continental, mas está realizando uma rápida expansão no mercado global.[9]
História
A BYD fundou a subsidiária integral BYD Auto em 2003, após adquirir a Qinchuan Machinery Works da Norinco em 2002 e levantar HK$ 1,6 bilhão na Bolsa de Valores de Hong Kong.[10] A aquisição pode ter sido feita apenas para adquirir a licença de produção de automóveis detida pela empresa adquirida.
No Brasil
Em 2022, a BYD anunciou um investimento de US$ 600 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) no Brasil até 2025.[11][12][13] Ela vai modernizar e aumentar a produção da fábrica de carros que pertencia à Ford em Camaçari, Bahia,[14][15][16][17] para fabricar até 300.000 carros híbridos e elétricos por ano.[18] As obras devem ser concluídas entre setembro de 2024 e janeiro de 2025.[11][13][16][19][17]
O anúncio gerou a expectativa de ter um carro elétrico produzido em larga escala do Brasil pela primeira vez.[16][17]
Na tarde do dia 23 de dezembro de 2024, a equipe de auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou cerca de 163 trabalhadores chineses de trabalho análogo à escravidão na obra de construção da fábrica da montadora de carros BYD em Camaçari, na Bahia. A BYD disse ainda que não "tolera desrespeito à lei brasileira e à dignidade humana" e determinou que todos os trabalhadores fossem transferidos para hotéis da região. A fábrica decidiu romper o contrato com a construtora terceirizada Jinjang Construction Brazil Ltda, que foi acusada de ter cometido graves irregularidades pela BYD.[20] Em 26 de dezembro, a Jinjiang Construction Brazil publicou um vídeo em que trabalhadores negam viver em condições de trabalho análogas à escravidão.[21] Em 27 de dezembro, o Ministério das Relações Exteriores informou que o governo brasileiro suspendeu a emissão de vistos de trabalho temporários para a BYD.[22]