Bagrationi (esposa de João IV de Trebizonda) Nota: Não confundir com Bagrationi, o nome de sua família.
Bagrationi é como é conhecida a esposa de nome desconhecido de João IV de Trebizonda e sua imperatriz-consorte, uma referência à sua família, que governava a Geórgia. FamíliaBagrationi era filha do rei Alexandre I da Geórgia com sua primeira esposa, Dulandukht, a filha de Beshken II Orbeliani, da dinastia Orbeliana.[1] Dulandukht já havia morrido (ou sido repudiada) antes de 1415, pois Alexandre casou-se novamente, desta vez com a herdeira de Imerícia (Imereti) e filha de Alexandre I da Imerícia.[2] ImperatrizPor volta de 1426, Bagrationi casou-se com João IV de Trebizonda, filho do imperador Aleixo IV de Trebizonda com Teodora Cantacuzena, que estava refugiado na corte georgiana.[3] Segundo uma interpolação posterior na narrativa de Laônico Calcondilas, João teria acusado a mãe de ter um caso amoroso com um protovestiário de nome desconhecido da corte trebizondina e teria não só ordenado a sua morte como prendido seus pais. Os nobres da cidade intervieram e os libertaram.[4] Sem conseguir apoio suficiente do sogro, João deixou a Geórgia e foi para Teodósia, onde conseguiu contratar uma grande galé e sua tripulação. Em 1429, seguiu para Trebizonda com a intenção de tomar a cidade e Aleixo se preparou para enfrentar o filho no campo de batalha. Porém, João subornou os funcionários do pai, que o mataram enquanto dormia. Os próprios assassinos foram depois assassinados para eliminar as provas de sua ligação com o crime e João sucedeu ao pai, presumivelmente com Bagrationi como imperatriz.[5] Sua filha Teodora Comnena foi prometida a Uzune Haçane, dos Cordeiros Brancos, em 1457, com quem ela se casou no ano seguinte. De acordo com Anthony Bryer, este é "o mais celebrado casamento trebizondino-muçulmano". Os termos do casamento incluíram um dote de propriedades nas vilas de Halanik e Sesera, uma promessa de que Uzun Hassan daria algum tipo de ajuda para proteger Trebizonda, a permissão para que Teodora continuasse a ser cristã com seu próprio capelão e que atuaria como protetora dos cristãos nos domínios do marido, além do "considerável (e, provavelmente, raro) direito de influenciar as relações exteriores dos Cordeiros Brancos".[6] MorteDe acordo com a "Europäische Stammtafeln: Stammtafeln zur Geschichte der Europäischen Staaten" (1978), de Detlev Schwennicke, baseado nas memórias de Pero Tafur, que visitou Trebizonda em 1438,[7] Bagrationi já estava morta na ocasião e João IV teria se casado novamente com uma senhora turca de nome desconhecido que, segundo a obra, seria uma filha de Dawlat Berdi.[8] O túmulo de Teodora em Diyarbekir foi mostrado a um visitante italiano em 1507.[6] FilhasSuas duas filhas seguiram para Damasco, onde Caterino Zeno as encontrou em 1512.[6] O relato de Caterino, de 1474, lista ainda outra filha, Eudóxia-Valenza de Trebizonda, que supostamente seria a esposa de Niccolò Crispo, senhor de Syros. Porém, conta-se que ela teve uma filha que se casou em 1429, o que inviabiliza a identificação do ponto de vista cronológico, pois João IV e Bagrationi dificilmente teriam sido avôs de uma mulher casada apenas três anos de seu casamento. Atualmente considera-se que Valenza teria sido uma irmã de João IV e não uma filha.[8] Seja como for, Niccolò Crispo teve onze filhos e, de acordo com sua correspondência, era genro também de Jacopo de Lesbos e não se sabe quais filhos são de que esposa. Entre eles estavam Francisco II Crispo, duque do Arquipélago, e Fiorenza Crispo, mãe de Catarina Cornaro.[9] Ver também
Referências
Ligações externas
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