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Bailundo

Bailundo

Dados gerais
Fundada em 1700 (325 anos)
Gentílico bailundense
Província Huambo
Características geográficas
Área 7 065 km²
População 56 000 hab.
Densidade 8 hab./km²

Projecto Angola  • Portal de Angola

Bailundo é uma cidade e um município da província do Huambo, em Angola.

Tem 7 065 km² e cerca de 56 mil habitantes. É limitado a norte pelos municípios de Cela e Andulo, a leste pelos municípios de Mungo, Cunhinga e Chinguar, a sul pelos municípios de Cachiungo, Chicala-Choloanga e Huambo, e a oeste pelos municípios de Ecunha, Londuimbale e Cassongue.

Geografia

O município é constituído pela comuna-sede, correspondente à cidade do Bailundo, e pelas comunas de Lunge, Luvemba, Bimbe e Hengue-Caculo.[1]

O território municipal está localizado no Planalto Central Angolano. A maior parte do território bailundense é drenada pela bacia do rio Cuvo-Queve..[2] Porém, a zona nordeste do território municipal é drenada pela bacia do Cuanza.[3]

História

Fundação da localidade e do reino

Fotografia de um trabalhador carregador bailundo, em 1876. Os carregadores bailundos eram muito requisitados por sua perícia nas estradas do planalto angolano e pela força física.

A região do Bailundo era, anteriormente à organização política dos ovimbundos, constituída de várias aldeias e "ombalas" (aldeia principal/cidade). Uma dessas ombalas era a de Halã-Vala, assim denominada pela proximidade ao monte Halavala. Esta ombala é a atual cidade do Bailundo.[4]

Halã-Vala tornou-se a principal dentre as demais ombalas próximas por influência de Katyavala Bwila I que, vindo do norte (Cuanza Sul), fundou o Reino Bailundo, o maior, mais poderoso e influente reino da parte central de Angola. Halã-Vala era, assim, a capital do reino.[4]

A cidade de Halã-Vala e o Reino Bailundo mantiveram-se seguros e prósperos até o final do reinado de Ekuikui II, quando seus sucessores entraram em conflito com Portugal.[5]

Queda do Bailundo e domínio colonial

Entre 1891 e 1903 Halã-Vala e o reino foram sucessivamente atacados pelas tropas portuguesas comandadas inicialmente pelo capitão Justino Teixeira da Silva, na Segunda Guerra Luso-Bailundo. O último dos reis que subsistiu independente foi Mutu-ya-Kevela (1902-1903).[5]

Em 1903, Halã-Vala cai definitivamente e, em 16 de julho do mesmo ano, passa a sediar uma guarnição portuguesa, denominada Posto do Bimbe-Catapi. Esta data que é considerada a fundação do município, o primeiro a ser fundado nesta província. Na criação, abrangia, além do próprio Bailundo, o Balombo, o Huambo e o Sambo.[5]

A circunscrição civil do Bailundo foi criada em 1911, com o estatuto de vila. A sede municipal só foi elevada a cidade no ano de 1917.[5]

Chegou a ser a capital do distrito do Huambo (predecessor da atual província de mesmo nome) num breve período entre 1911 e 1912, sendo substituída pela vila do Huambo.[6]

Em 1928, a cidade passou a ser denominada por Teixeira da Silva, topónimo que se manteve até à independência de Angola, em 1975.[5]

Pós-independência nacional

Após a independência de Angola, em 1975, a cidade abandonou a designação Teixeira da Silva, voltando a chamar-se Bailundo.[5]

Durante parte da Guerra Civil Angolana esteve instalado no Bailundo um dos quartéis-generais da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).[7]

Ver também

Referências

  1. Comunas. Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado. 2018.
  2. Chinguar, Luiz. Rio Queve: o pequeno gigante. Blog Chinguar. 18 de abril de 2015.
  3. Quintino, Manuel (org.). Plano Geral de Desenvolvimento e Utilização dos Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Cuanza. Ministério da Energia e Águas de Angola, 2016.
  4. a b Sungo, Marino Leopoldo Manuel.O reino do Mbalundu: identidade e soberania política no contexto do estado nacional angolano atual. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2015.
  5. a b c d e f Bailundo (Teixeira da Silva). HPIP. 2020.
  6. Huambo (Nova Lisboa). HPIP. 2020.
  7. Governo angolano anuncia tomada de redutos da Unita. Folha de Londrina. 19 de outubro de 1999.

Information related to Bailundo

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