Benedito de Lira
Benedito de Lira (Limoeiro de Anadia,[nota 1] 1 de maio de 1942 – Maceió, 14 de janeiro de 2025) foi um advogado e político brasileiro de Alagoas filiado ao Progressistas (PP). Serviu como senador pelo seu estado e também foi prefeito de Barra de São Miguel.[1] Era pai do também político e atual Presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira.[2] BiografiaFormou-se em Direito pela Faculdade de Direito da UFAL. Começou sua carreira política como como vereador em sua cidade natal entre 1966 a 1970, e depois foi vereador em Maceió por dois mandatos consecutivos, entre 1973 a 1976 e entre 1977 a 1982. Foi Deputado Estadual por três mandatos consecutivos, vencendo as eleições de 1982 pelo PDS, reeleito em 1986 pelo PFL e novamente reeleito em 1990.[3][4][5] Em 1994, chega ao Congresso Nacional eleito Deputado Federal com 34.217 (6,98%) dos votos do estado.[6] Nas eleições de 1998 concorreu como Vice-Governador na chapa liderada pelo então Governador Manuel Gomes de Barros, candidato à reeleição. Terminando derrotados pala chapa de Ronaldo Lessa do PSB. Voltou à Câmara dos Deputados em 2002, eleito Deputado Federal pelo PTB e reeleito em 2006 já pelo PP.[7] Disputou uma vaga para o Senado Federal em 2010, sendo o candidato mais votado e eleito com 904.345 votos válidos, representando 35,94%.[8] Em dezembro de 2016, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[9] Em julho de 2017 votou a favor da reforma trabalhista.[10] Apoiou em 2016 o processo de impeachment da então Presidente do Brasil Dilma Rousseff. Afirmando na época que "por ação direta, seja por omissão, houve crime de responsabilidade" e que "Dilma será responsabilizada pelas acusações a que responde e também “por ter deixado um país paralisado, sem direção e sem base alguma para administrar".[11] Em outubro de 2017 votou a favor da manutenção do mandato do Senador Aécio Neves, derrubando a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.[12] Neste processo, Benedito era acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário e dono da JBS Joesley Batista.[13] Nas eleições de 2018 disputou novamente uma vaga para o Senado Federal, terminado em quarto lugar com 14% dos votos e não sendo reeleito. Para sua vaga foi eleito o Senador Rodrigo Cunha, do PSDB.[14] Foi eleito prefeito da pequena Barra de São Miguel, polo turístico da Região Metropolitana de Maceió, nas Eleições Municipais de 2020.[15] Benedito morreu na manhã do dia 14 de janeiro de 2025, aos 82 anos. O político estava internado no Hospital Arthur Ramos, em Maceió, desde 31 de dezembro de 2024, após ser submetido a uma cirurgia de emergência. Ele estava em tratamento contra um câncer e sofreu uma parada cardíaca.[16] Suspeitas de corrupçãoMáfias das ambulânciasBenedito de Lira foi um dos envolvidos no escândalo das ambulâncias superfaturadas também conhecido como sanguessugas.[17] Corrupção na PetrobrasBenedito de Lira e seu filho, Arthur Lira, foram investigados pela Polícia Federal no esquema de corrupção da estatal Petrobras. A PF pontou indícios de corrupção passiva após a conclusão dos inquéritos abertos para apurar a participação de Benedito e Arthur Lira. De acordo com o texto do relatório, Arthur e Benedito de Lira "se beneficiaram com o recebimento de quantias periódicas indevidas, oriundas do pagamento de propinas por empresas que tinham contratos com a Petrobras, em razão do controle pelo Partido Progressista (PP) da Diretoria de Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto Costa, em troca de votar a favor de projetos de interesse do governo federal".[18] Em fevereiro de 2016, teve seus bens bloqueados pelo Supremo Tribunal Federal, em decisão do ministro Teori Zavascki, no valor de R$1,6 milhão. O pedido do bloqueio foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que é responsável pela investigação contra Benedito, na Lava Jato.[19] Notas e referênciasNotas
Referências
Ligações externas
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