Bensafrim
Bensafrim é uma vila portuguesa que foi sede da extinta Freguesia de Bensafrim do Município de Lagos, freguesia que tinha 78,35 km² de área e 1 530 habitantes (2011), donde uma densidade populacional de 19,5 h/km², o que lhe permitia ser classificada como uma Área de Baixa Densidade (portaria 1467-A/2001).[3] A Freguesia de Bensafrim foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com a também extinta Freguesia de Barão de São João, formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Bensafrim e Barão de São João da qual é a sede.[4] Esta medida foi contestada pelas populações e pelos órgãos administrativos locais, tendo a Câmara Municipal de Lagos iniciado em 2021 um processo para a desagregação de ambas as freguesias.[5][5] Antes, em 12 de Junho de 2009, a povoação de Bensafrim foi elevada à categoria de vila.[6][7] O orago de Bensafrim é São Bartolomeu, sendo a sua festa realizada em Agosto.[5] EtimologiaSegundo Adalberto Alves, no seu Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa, a origem do topónimo Bensafrim é a expressão árabe ben saḥârîn, «filho dos magos».[fonte confiável?] Descrição e históriaO território da Freguesia de Bensafrim foi habitado desde a pré-história por diversos povos,[5] tendo a ocupação durante este período sido testemunhada por vários menires,[8] dos quais destaca-se o Menir da Cabeça do Rochedo, do neolítico,[9] e em cujas imediações foram encontrados os vestígios de um povoado da Idade do Bronze.[10] Um dos principais monumentos arqueológicos no concelho situa-se também na área de Bensafrim, e consiste na Necrópole da Fonte Velha utilizada durante a Idade do Ferro e o período romano.[8][11] Regista-se também a presença de vários vestígios da época islâmica, como silos abertos na rocha, tendo a sua influência ficado patente em vários poços e noras.[8] De acordo com alguns autores, o próprio nome de Bensafrim poderá ser de origem islâmica.[8] Os documentos mais antigos da paróquia são de 1587,[5] possuindo então uma economia baseada nos produtos típicos, como o figo, amêndoa, mel, cera, gado e carvão.[8] Na área de Bensafrim também chegaram a existir alguns centros para a produção de cerâmica.[8] Em 1758 foram registados 339 habitantes.[5] A forte presença da agricultura como base económica manteve-se até ao século XX, devido ao atraso da freguesia em relação a outros pontos no concelho de Lagos.[8] A estrutura social estava fortemente ligada à religião, com a igreja paroquial e o correspondente pároco como pilares da comunidade.[8] Em meados da década de 1970, foi construído o Bairro SAAL de Bensafrim, num dos programas de apoio à habitação lançados após a Revolução de 25 de Abril de 1974.[12] Uma das pessoas de maior relevo na história de Bensafrim foi António José Nunes da Glória (1842 - 1919), que foi o padre da freguesia de 1882 a 1916, prior e presidente da Junta da Paróquia, tendo sido um dos principais impulsionadores para a construção da igreja.[13] Também estudou a Necrópole romana de Fonte Velha.[14] Outras figuras destacadas incluem Manuel Correia Abreu, que foi ali professor entre 1941 e 1942,[15] e Júlio Tropa Mendes, que foi padre na freguesia entre 1964 e 1969.[16] PatrimónioPopulação
Pelo decreto lei nº 22.483, de 02/05/1933, foi desanexada desta freguesia a povoação de Barão de S. João para constituir a freguesia do mesmo nome Bibliografia
Referências
Ligações externasInformation related to Bensafrim |