Cúria de Pompeu
Cúria de Pompeu (em latim: Curia Pompeia[1]) foi uma das numerosas salas de reunião da República Romana de grande significado histórico[2]. Ficava de frente para o grande complexo do Teatro de Pompeu no Campo de Marte. A "cúria" era uma estrutura destinada a sediar os encontros do Senado Romano ou as assembleias das tribos (em latim: tribù[3]). HistóriaEm 55 a.C., Cneu Pompeu Magno inaugurou o maio teatro do mundo antigo antecipadamente, antes que as obras estivessem completas. Edificado com os recursos obtidos em suas campanhas militares, a estrutura era um poderoso símbolo político que tinha por objetivo aumentar o controle do cônsul-general e criar um memorial de suas conquistas durante seu cursus honorum. Logo depois, também os imperadores romanos copiariam esta ideia e construiriam seus próprios fóruns imperiais. No período em que se estava transferindo a sede principal do Senado da Cúria Cornélia para a nova Cúria Júlia, ainda em construção, o Senado se reunião neste edifício, muito pequeno para a tarefa. Seja como for, a Cúria de Pompeu ficou famosa por que, nos idos de Março de 44 a.C., Júlio César foi ali assassinado[2]. Na obra "A New Topographical Dictionary of Ancient Rome", Richardson afirma que, depois do assassinato de César, Augusto removeu a grande estátua de Pompeu e emparedou o recinto, citando Suetônio, que afirma que ela foi em seguida transformada em latrina, como afirma ainda Dião Cássio[4]. Enquanto o teatro perdurou por séculos, a cúria teve vida breve, não mais do que uma década. DescriçãoA cúria estava ligada ao quadripórtico atrás do teatro e seu lado mais estreito estava de frente para ele. Tinha a forma de uma êxedra com o muro posterior curvo. No interior, havia diversas fileiras de assentos em vários níveis[1]. ArqueologiaHoje, o local onde ficava a estrutura corresponde ao Largo di Torre Argentina. Ele foi escavado por ordem de Benito Mussolini na década de 1930[5]. Na área escavada, foram reveladas as fundações da estrutura original[6]. Em 2012, o estado anunciou que novas escavações identificaram o ponto preciso do assassinato de César, evidenciado por uma lápide de dois por três metros que Augusto mandou erigir antes que o edifício fosse murado[7]. Pouco depois, foi anunciado também que estas escavações da Cúria de Pompeu estaria abertas ao público a partir de 2013, mas isto não aconteceu. Localização
Referências
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