Teatro de Marcelo
Teatro de Marcelo foi um antigo teatro romano a céu aberto localizado em Roma construído nos últimos da República Romana para a realização de espetáculos de teatro e música. É um dos monumentos mais visitados em Roma por oferecer uma perspectiva única da reutilização de antigas ruínas romanas por edifícios posteriores, especialmente durante a Idade Média. HistóriaO espaço para a construção do teatro foi liberado por Júlio César, que foi assassinado antes do início da construção. Em 17 a.C., as obras já estavam avançadas o suficiente para que as celebrações dos Jogos Seculares foram realizadas ali. Quatro anos depois, a obra foi completada e, em 12 a.C., o Teatro de Marcelo foi inaugurado por Augusto.[1][2] O teatro caiu em desuso no começo do século IV e a estrutura serviu como fonte de materiais de construção, por exemplo durante a construção da Ponte Céstio (370). Porém as estátuas no interior foram restauradas por Petrônio Máximo em 421, ao passo que a estrutura já abrigava edifícios residenciais. Na Alta Idade Média, o teatro foi utilizado como fortaleza pelos Fábios e, no final do século XI (quando o edifício era conhecido como templum Marcelli), por Pier Leoni e seus herdeiros (a família "Pierleoni"), o que provavelmente salvou a estrutura de ser demolida completamente. Os Savelli eram proprietários da estrutura no século XIII e, finalmente, no século XVI, a residência dos Orsini, projetada por Baldassare Peruzzi, foi construída no último nível do teatro (veja Palazzo Savelli-Orsini). No século XIX, o nível da rua já estava tão elevado que praticamente quase todo o andar inferior estava coberto. Atualmente, os andares superiores estão divididos em múltiplos apartamentos particulares e o local é utilizado para a realização de pequenos concertos musicais de verão. CaracterísticasO teatro tinha 111 metros de diâmetro e era o maior e mais importante teatro da antiga Roma[3] até a construção do Coliseu; ele abrigava originalmente entre 11 000 e 20 000 espectadores.[1][3] O edifício foi construído majoritariamente em tufo e concreto num padrão conhecido como opus reticulatum e completamente revestido por mármore branco. Além disto, é o mais antigo edifício datável em Roma a fazer uso de tijolo romano cozido, na época uma novidade importada do mundo grego.[4] A rede de arcos, corredores, túneis e rampas que davam acesso aos espaços interiores deste tipo de teatros romanos eram normalmente ornamentados com um padrão de colunas embutidas das antigas ordens gregas: dórica no topo e jônica no meio. Acredita-se que colunas coríntias tenham sido utilizadas no nível mais alto, mas é impossível determinar pois este nível foi removido quando o teatro foi reconstruído durante a Idade Média.[1] À frente da cávea ficava o "palco" (scaenae frons) permanente. Como em outros teatros, o Teatro de Marcelo tinha aberturas através das quais belas paisagens podiam ser admiradas, como a ilha Tiberina para o sudoeste (na direção do antigo Gueto de Roma) e o Pórtico de Otávio para o noroeste. Localização
Referências
Ligações externas
|