Camila Pitanga
Camila Pitanga Manhães Sampaio (Rio de Janeiro, 14 de junho de 1977) é uma atriz, produtora e apresentadora brasileira.[2][3] Tornou-se conhecida em 1988 como Clubete, assistente de palco da apresentadora Angélica no programa Clube da Criança da extinta Rede Manchete. Como atriz, estreou em 1993, interpretando uma das protagonistas de Sex Appeal, emendando outros papeis consistentes em Fera Ferida, A Próxima Vítima, Pecado Capital e na segunda e terceira temporadas Malhação. Em 2001, foi alçada ao primeiro escalão de atores da Rede Globo quando foi escalada como antagonista do principal produto da emissora, a "novela das oito" Porto dos Milagres. Em 2003, coprotagonizou uma das novelas de maior audiência da década, Mulheres Apaixonadas, com a qual ganhou seu primeiro prêmio de televisão, o Prêmio Extra de Televisão. Após o destaque em Belíssima, interpretou o papel de maior repercussão de sua carreira em Paraíso Tropical, a antagonista Bebel, uma prostituta que caiu no gosto popular pelo apelo cômico em suas cenas de vilanias, ganhando os principais prêmios de televisão, como o Troféu Imprensa, Prêmio Contigo!, Melhores do Ano, Troféu APCA, Prêmio Extra de Televisão e Prêmio Quem. Na sequência emendou uma série de protagonistas em Cama de Gato, Lado a Lado, Babilônia e Velho Chico, além de personagens de destaque em Insensato Coração e Aruanas. Carreira1984—1997: Início da carreira e MalhaçãoEstreou em 1984, aos 7 anos de idade, no filme Quilombo, de Cacá Diegues. Em 1988 tornou-se Clubete, uma das assistentes de palco da apresentadora Angélica no programa Clube da Criança da extinta Rede Manchete, onde permaneceu só por alguns meses.[4][5][6] Em 1991 foi estudar teatro no Teatro Tablado e estreou como atriz na peça infantil A Gata Borralheira, interpretando a madrasta.[4] Em 1993 estreou como atriz na televisão como uma das cinco protagonistas da minissérie Sex Appeal de Antônio Calmon, a modelo encrenqueira Vilma, uma das cincco protagonistas que disputavam o concurso de modelagem na história.[3] No mesmo ano integra a novela Fera Ferida, escrita por Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn, como Teresinha. Em 1994 estrela no teatro A Ira de Aquiles, adaptação da Ilíada, de Homero, e em 1995 encarna Patrícia Noronha em A Próxima Vítima, filha de Cléber, personagem de Antônio Pitanga, seu pai na vida real, que acabou se tornando uma das vítimas referenciadas no título da novela. Na trama, Patrícia causou rebuliço em sua família ao se envolver com um moço branco, namoro proibido pela familía, que era negra. Em 1996 interpreta a vilã Alex na segunda temporada de Malhação, permanecendo também na temporada seguinte. A personagem ganhou fama por sua caracterização: cabelo curto e castanho com mexas descoloridas.[7][8] No cinema, seu primeiro trabalho foi no longa-metragem Super Colosso (1995). 1998—2006: Personagens de destaque no horário nobreEm 1998 atuou no remake da novela Pecado Capital, escrita por Gloria Perez para o horário das 18h, no papel de Ritinha (papel que não existia na versão original da novela, exibida em 1975), garota que se envolvia com o protagonista Carlão (papel de Eduardo Moscovis) e rivalizava com a mocinha Lucinha (Carolina Ferraz). Em 2000 destacou-se como a índia Catarina Paraguaçu, na microssérie A Invenção do Brasil. Nesse mesmo ano, foi uma das protagonistas da série Garotas do Programa, ao lado de prestigiadas atrizes como: Mariana Hein, Zezé Polessa, Betty Gofman, Drica Moraes e Marília Pêra.[9] No ano seguinte interpretou Esmeralda em Porto dos Milagres, novela de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares que abordava o realismo fantástico no litoral baiano, encarnando uma das antagonistas da trama: a personagem, extremamente sensual, vivia a seduzir o herói da história, Guma (Marcos Palmeira), e atrapalhar seu romance com a mocinha Lívia (Flávia Alessandra). Em 2002 protagonizou a minissérie Pastores da Noite, exibida dentro da série Brava Gente, e faz uma rápida participação na segunda temporada da série de comédia A Grande Família, como Marina, meia-irmã da protagonista Nenê, defendida por Marieta Severo, e em 2003 revive a personagem na temporada seguinte da série. No mesmo ano, atuou como a médica Luciana, de Mulheres Apaixonadas de Manoel Carlos, onde fazia par romântico com Rodrigo Santoro, seu primo na trama, que por sua vez era casado com a personagem de Paloma Duarte. Os dois demonstraram bastante química juntos, as cenas de amor versus ódio fazem sucesso até hoje no Youtube, bem como o jargão, "Amor de primo não acaba nunca", embalada pelo sucesso "Amor Maior" do Jota Quest. Além de Santoro, a personagem de Pitanga se relacionava com César, o chefe de Luciana vivido por José Mayer, sendo uma das pontas do triângulo amoroso que envolvia a médica, César e Helena, a protagonista vivida por Christiane Torloni, sua madrasta na trama. Além de Mayer, Torloni e Santoro, Camila dividia cena com os atores Tony Ramos, Elisa Lucinda, Paloma Duarte, Susana Vieira, entre outros. Em 2005 despontou em Belíssima como Mônica Santana, irmã do vilão André, encarnado por Marcello Antony. Na trama, sua personagem, uma empregada doméstica, era disputado por Cemil e Alberto (personagens vividos, respectivamente, por Leopoldo Pacheco e Alexandre Borges). Fora da televisão, Pitanga se destacou nos longas-metragens Redentor e O Signo do Caos e no filme de animação de ação Atlantis - O Reino Perdido, lançado em 2001 pela Walt Disney Pictures, onde ela deu voz à protagonista Kida. 2007—2019: Bebel, reconhecimento nacional e protagonistasEm 2007, após a recusa da atriz Mariana Ximenes para interpretar a ingênua prostituta Bebel de Paraíso Tropical de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, uma das vilãs da novela,[10] foi escalada para o papel, tendo conseguido bastante destaque com a personagem. Bebel foi sua segunda antagonista e um dos principais fatores do sucesso da novela, e ficou eternizada por seu romance com o vilão Olavo Novaes, interpretado por Wagner Moura. O autor Gilberto Braga chegou a duvidar que Camila conseguiria desempenhar bem o papel, que lhe rendeu bastante elogios, várias indicações e prêmios de Melhor Atriz. Bebel representa um divisor de águas em sua carreira, que lhe consagrou e a colocou no time dos principais atores do casting da Globo, além de representar um marco cultural na televisão brasileira, eternizando diversas cenas e bordões (entre eles, cueca maneira, categuria, eu sou uma piscininha e a frase que boa ideia esse casamento primaveril em pleno outono). Além disso, a personagem foi marcada pelo estilo interiorano e ingênuo, rendendo diversas cenas de humor ao lado de Vera Holtz, Yoná Magalhães, Deborah Secco, Eduardo Galvão e Wagner Moura. Durante a trama, a atriz recebeu convite para posar nua para a revista Playboy[11] graças ao seu enorme apelo sensual da personagem. Porém, a atriz afirmou não ver possibilidade de tirar a roupa para nenhuma revista masculina. No mesmo ano, interpretou uma das protagonistas da comédia Saneamento Básico, o Filme, onde contracenou com Wagner Moura, Fernanda Torres, Bruno Garcia e Lázaro Ramos. Em 2008 apresentou o musical Som Brasil e substituiu a atriz Luana Piovani no seriado dominical Faça sua História. Entre 2009 e 2010, em decorrência do sucesso de Bebel, viveu sua primeira protagonista de novelas: a ex-empregada Rose, em Cama de Gato, novela de Duca Rachid e Thelma Guedes, e ficou marcada por ser a primeira protagonista negra no horário das seis da TV Globo.[12] Em 2011, atuou em Insensato Coração de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, como a publicitária Carol, fazendo par romântico com André Gurgel, personagem de Lázaro Ramos, com quem tem um filho, mas envolve-se também com o personagem Raul Brandão, vivido por Antônio Fagundes, formando, assim, um dos triângulos amorosos centrais da novela.[13][14] Ainda em Insensato Coração, Elisa Lucinda voltou a fazer a mãe de Camila Ptanga numa participação especial. No mesmo ano, faz uma participação especial em um episódio da décima primeira temporada de A Grande Família, como a personagem Kelly, uma estagiária interesseira que seduz Mendonça (papel de Tonico Pereira).[15] Em 2012, retornou como apresentadora do Som Brasil[16] e é escalada para protagonizar a novela vencedora do Emmy Internacional Lado a Lado, escrita por Claudia Lage e João Ximenes Braga com supervisão de texto de Gilberto Braga, junto a Marjorie Estiano, voltando a repetir a parceria com Lázaro Ramos, onde viveram o casal Isabel e Zé Maria.[17][18] Ainda em 2012, antes de ter aceitado o papel de Isabel em Lado a Lado, Camila foi cogitada para protagonizar a novela das onze Gabriela, interpretando a personagem-título, e a novela das sete Cheias de Charme, no papel de Penha, mas as personagens passaram para Juliana Paes e Taís Araújo, respectivamente.[19][20] Em 2013, a atriz fez uma temporada de ensaios pelo sertão nordestino com a peça O Duelo uma adaptação feita por Aury Porto da obra de Anton Tchékhov, onde passou alguns meses pelas cidades de Iracema, Arneiroz e Lavras da Mangabeira (ambas cidades do interior do Ceará). Camila junto com todo elenco levaram cultura em forma de teatro à comunidades de menor porte e para a maioria das pessoas que nunca tiveram a oportunidade de assistir uma peça de teatro de perto. No mesmo ano, faz uma participação especial na sitcom A Grande Família; e no ano seguinte, na terceira temporada da série de drama Sessão de Terapia. Em 2015, interpreta a protagonista Regina da novela Babilônia de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, marcando sua primeira protagonista no horário nobre da Globo e a terceira parceria com Giba. Nela, se destacou ao completar o trio protagonista com Glória Pires e Adriana Esteves (intérpretes das vilãs Beatriz e Inês, respectivamente), com quem Regina rivalizava na novela.[21][22][23][24] Em 2016, interpretou Maria Tereza de Sá Ribeiro na novela das 21 horas, Velho Chico de Benedito Ruy Barbosa, assumindo o papel que seria de Letícia Sabatella,[25] sendo essa sua segunda protagonista do horário nobre, dividindo a personagem com Julia Dalavia e Isabella Aguiar, que viveram Terê nas duas primeiras fases da novela. Na produção, contracenou novamente com Antônio Fagundes, dessa vez no papel de filha do veterano, e viveu a enteada de Christiane Torloni pela segunda vez após Mulheres Apaixonadas. Também codirigiu[26] com Beto Brant o documentário Pitanga, sobre seu pai Antônio, que foi premiado como melhor filme brasileiro na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Ainda em 2016 com o término da novela Velho Chico, Camila e todo elenco de O Duelo[27] retornaram às cidades onde estiveram em 2013 no sertão nordestino (Iracema, Arneiroz e Lavras da Magabeira) para apresentarem a peça da mesma maneira que foi apresentada nas principais capitais do Brasil e também fora dele, sabe-se que em 2013 a temporada nas cidades foram apenas ensaios. Em 2017, estrelou o penúltimo episódio da série do GNT, Palavras em Série interpretando a poesia de Hilda Hilst.[28] Em 2018, a atriz se junta ao time de apresentadores do Criança Esperança[29] e retorna a teledramaturgia, na série de Estela Renner e Marcos Nisti, Aruanas, no papel da vilã, Olga, sendo essa sua primeira vilã principal na carreira.[30] No mesmo ano, foi convidada para protagonizar a novela das nove Segundo Sol, de João Emanuel Carneiro, onde viveria Luzia, mas acabou recusando o papel, querendo se afastar das novelas após o término de Velho Chico, onde perdeu seu amigo e colega de cena Domingos Montagner durante as gravações da novela. O papel acabou passando para Giovanna Antonelli.[31] No ano seguinte, foi convidada novamente para integrar o elenco de outra novela: a "novela das seis" Órfãos da Terra, repetindo a parceria com Duca Rachid e Thelma Guedes, as autoras de Cama de Gato. Mas recusou o convite para se dedicar com as gravações da segunda temporada de Aruanas.[32] Na segunda temporada da série exclusiva do Globoplay, sua personagem, Olga, se envolve romanticamente com Ivona, vivida por Elisa Volpatto, sendo essa a primeira personagem LGBT interpretada com a atriz, que também faz parte da sigla.[33] 2020—presente: Saída da Globo, contrato com a HBO Max e Beleza FatalEm 2021, após mais de 20 anos de contrato, a atriz encerrou suas atividades com a TV Globo, e em seguida assina com a plataforma de streaming HBO Max, recém inaugurado no Brasil, onde atua como atriz e produtora executiva, estando a frente de diversos projetos, entre eles o de Beleza Fatal, a primeira novela da plataforma.[34] O folhetim escrito por Raphael Montes e dirigido por Maria de Medicis, Camila interpretará a vilã Lola, uma mulher ardilosa e sem escrúpulos que antagoniza com a mocinha interpretada por Camila Queiroz, Sofia.[35] Após diversos adiamentos, as gravações da novela se iniciaram em setembro de 2023, onde a atriz vai contracenar com os atores Caio Blat, Enzo Romaní e Murilo Rosa. Em 2022, apresenta, ao lado do também ator Silvero Pereira, a vigésima primeira edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, o Grande Otelo.[36] Em 2023, Camila encerra as gravações do filme Malês, que terá direção de seu pai, Antônio Pitanga, e roteiro de Manuela Dias, além de contracenar com seu irmão Rocco Pitanga. O longa-metragem conta a história da revolta dos Malês, a maior rebelião organizada por escravos na história[37][38] Vida pessoalÉ filha do ator Antônio Pitanga e da atriz Vera Manhães, e irmã do também ator Rocco Pitanga. Fez o ensino médio no tradicional Colégio Pentágono, e graduou-se em Artes Cênicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. É diretora do Movimento Humanos Direitos[39] e Embaixadora Nacional da ONU Mulheres.[40] Seus pais separaram-se em 1986, após dez anos de casamento, quando Camila tinha 9 anos e seu irmão Rocco apenas 6. Camila e o irmão passaram a ser criados pelo pai, que ganhou a guarda dos filhos na justiça, por uma decisão em comum acordo de seus pais, pois sua mãe achou que o ex-marido teria melhores condições de criar os filhos que ela, visto que sua mãe até hoje sofre com depressão e ansiedade, e preferiu voltar a viver em São Paulo, sua cidade natal, para tratar-se, enquanto Camila e Rocco viveram com o pai no Rio de Janeiro. Apesar disso, a atriz revelou que nunca esteve distante de sua mãe, que eventualmente a visitava. Sobre a ausência materna, Camila declarou: "Eu não fui criada afastada da minha mãe, ela não foi ausente, só que eu morava no Rio e ela nem sempre. Conseguimos restabelecer nossa intimidade. Não queremos resgatar o tempo perdido, e sim viver o agora, numa boa, sem pressa". Camila comprou uma casa para a mãe viver na cidade de Maricá, no bairro de Itaipuaçu, no Rio de Janeiro, para poder ficar mais próxima dela. Até hoje sua mãe faz tratamento psicoterápico e psiquiátrico, tomando antidepressivos e ansiolíticos.[41] Em agosto de 2020 Camila e sua filha foram diagnosticadas com malária.[42][43] A atriz foi acusada por um grupo de pessoas nas redes sociais de estar com COVID-19 e ter falsificado seu exame para poder tomar cloroquina, porém essa história foi desmentida, e a atriz curou-se juntamente com sua filha.[44] O laudo médico da atriz afirmou que ela e sua filha Antônia contraíram malária durante o isolamento social da pandemia por estarem morando temporariamente em uma área rural, numa região coberta por Mata Atlântica, no litoral de São Paulo. Camila revelou que foi atacada com discursos de ódio na internet por ter tido atendimento na rede pública de saúde, e por ter prestado homenagem aos profissionais da enfermagem. Relacionamentos e sexualidadeEm 1999 começou a namorar o diretor de arte Cláudio Amaral Peixoto, com quem foi casada de 2001 a 2011. Em 19 de maio de 2008, no Rio de Janeiro, através de uma cesariana, deu à luz sua única filha, Antônia Pitanga do Amaral Peixoto. O nome Antônia foi dado nome em homenagem ao seu pai, Antônio.[45] Em 2011, após dez anos de uma união estável, ocorreu a separação do casal de forma amigável.[46][47] Após outros relacionamentos casuais, foi namorada do ator Igor Angelkorte de março de 2015 a dezembro de 2017, quem conheceu durante as gravações da novela Babilônia. De agosto a dezembro de 2018 namorou o músico Rafael Rocha. Em março de 2019 começou namorar a artesã Beatriz Coelho, mas só assumiram o relacionamento afetivo em novembro do mesmo ano, quando Camila assumiu para a mídia que é bissexual. A atriz contou que sempre foi bastante discreta e até aquele momento não havia sentido necessidade de expor sua intimidade.[48][49][50][51] Em dezembro de 2020 o relacionamento chegou ao fim, porém as duas continuam sendo amigas, afirmou a equipe da atriz e uma nota enviada para a imprensa.[52] Em abril de 2021, a atriz começou a namorar o professor de filosofia Patrick Pessoa, porém o relacionamento só veio a público em outubro do mesmo ano.[53] AcidenteEm 15 de setembro de 2016, enquanto Camila nadava junto com o ator Domingos Montagner no rio São Francisco, em um intervalo de gravação da novela Velho Chico, uma forte correnteza os arrastou. Camila quase se afogou, mas foi salva por Domingos, conseguindo agarrar-se nas pedras que estavam na margem do rio. Ela tentou puxar o amigo, mas o ator foi arrastado pela correnteza, e morreu afogado. O fato a abalou profundamente, a fez entrar em depressão e buscar ajuda psicológica. Camila isolou-se por mais de um ano de seus trabalhos na televisão e até então não tinha retornado para as novelas.[54] FilmografiaTelevisão
Cinema
Videoclipes
Teatro
Prêmios e indicações
Referências
Ligações externas
|