Campeonato Brasileiro de XadrezO Campeonato Brasileiro de Xadrez é a principal competição nacional do esporte, realizado pela Confederação Brasileira de Xadrez (CBX) para determinar o campeão de xadrez no país. A primeira edição do campeonato absoluto ocorreu em 1927, tendo como vencedor João de Souza Mendes. O primeiro campeonato brasileiro feminino aconteceu em 1957, vencido por Dora Rúbio[1]. Até 1943, o campeonato absoluto foi disputado no formato de matches eliminatórios. Após 1945, foram realizados torneios. Em 1941, a competição não foi realizada. Em 1991 e 1998 novamente foi realizado pelo sistema de matches eliminatórios, assim como em 2017 e nas competições seguintes.[2][3] Os maiores campeões absolutos são quatro enxadristas empatados: João de Souza Mendes, Jaime Sunye Neto, Rafael Leitão e Giovanni Vescovi. Quanto aos femininos, a maior campeão é a enxadrista Juliana Terao. Matches eliminatórios (1927-1943)Rio de Janeiro (1927-1940)Por uma série de treze anos, o campeonato foi realizado na capital nacional da época, Rio de Janeiro, e por apenas um match entre dois jogadores. O primeiro match eliminatório que decidiu o Campeonato Brasileiro foi o match Souza Mendes-Romano, em um match de 5 partidas, onde houve vitória de 3.5-1.5 ao primeiro. João de Souza Mendes defendeu o título contra Walter Oswaldo Cruz, em 1928 e 1929, José Lacerda Guimarães, em 1930. Por motivos desconhecidos, João de Souza Mendes não defendeu o título em 1933, tendo jogado duas partidas registradas contra Thomas Borges, qual terminou num empate. Na ausência do tetracampeão, o carioca Orlando Roças Jr. venceu o match contra o carioca Alberto Gama, num match de quatro partidas, onde terminou 3-1. No ano seguinte, João de Souza Mendes desafiou o atual campeão, qual terminou num empate, que favorecia Orlando. O curto reinado de Orlando Roças Jr. sofreria um hiato de uma década, perdendo o match de 1935 contra Thomas Borges. O maior campeão no período, João de Souza Mendes, acabou se abstendo de participar do torneio por um período. Walter Oswaldo Cruz jogou três matches consecutivos com Octavio Trompowsky, em 1938 (4-3, vitória de Oswaldo), 1939 (5.5-2.5, vitória de Trompowsky) e 1940 (5.5-1.5, segunda vitória de Oswaldo). Hiato e últimos matches eliminatórios (1941-1943)O título de 1941 talvez seja um dos mais controversos da história do torneio. Em 12 de agosto de 1949, a diretoria da CBX, em reunião onde José Adail Gondim (secretário da CBX), J. C. de Almeida Soares, o ex-campeão Thomas Borges, Lauro Braga e Sabino Ribeiro Jr., concederam o título a Adhemar da Silva Rocha, um jogador carioca. Contudo, é o único título do mesmo, e não há registros de partidas naquela edição, não havendo premiação para 1941 por oito anos. Em 1942, foi o último ano em que um único match decidiu o campeonato e o primeiro a não ser realizado no Rio de Janeiro, mas em São Paulo. Walter Oswaldo Cruz venceu o paulista Paulo Duarte Filho e conseguiu o tricampeonato. Já em 1943, foi a última edição onde matches eliminatórios decidiram o campeonato. O regulamento era diferente, onde quatro jogadores se dividiam em semifinais, realizadas em Teresópolis e São Paulo, onde decidiam em matches para o match final, em São Paulo. João de Souza Mendes venceu a semifinal em Teresópolis, do fluminense Oswaldo Marques Oliveira e garantiu o quinto título contra Raul Charlier, um paulista. Torneio (1945-1991)Predominância dos medalhões (1945-1959)Após 1943, o torneio foi realizado até 1991 em uma forma de pontos-corridos, onde os jogadores faziam uma partida contra todos os outros participantes. Os torneios abrangiam participantes de outros estados, antes reduzido apenas aos jogadores da capital, Rio de Janeiro e ocasionalmente São Paulo. Em 1945, o primeiro torneio pós-match eliminatório, foi o primeiro a não acontecer numa capital, realizado em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. O fluminense Orlando Roças Jr. terminou seu hiato de dez anos sem vencer, vencendo a edição invicto. Após a vitória em 1946 do paulista Márcio Elísio de Freitas, Walter Cruz somou dois títulos em 1948 e 1949, sendo o segundo pentacampeão e empatando com João de Souza Mendes. Curiosamente, o título de 1948 foi vencido sobre seu filho, Oswaldo Cruz Filho, tendo somado 9.5 pontos. José Thiago Mangini, Eduardo German e Flávio Carvalho Jr. venceram as edições subsequentes, com um desempenho baixo dos favoritos. A edição de 1953 foi marcada pela disputa entre os dois pentacampeões: Walter Cruz e Souza Mendes. Souza Mendes perdeu sua partida direta com Walter Cruz e tropeçou contra Mangini, o que implicou na vitória de Walter Cruz, se tornando o primeiro hexacampeonato. No ano seguinte, Souza Mendes fez um desempenho de oito vitórias e um empate, empatando na soma de títulos. Em 1956, Souza Mendes acabou ficando em último lugar e tendo o pior desempenho de um campeão nacional na história. Por outro lado, José Thiago Mangini garantiu o segundo título nacional. A edição de 1957 contou com a vitória do primeiro nordestino e primeiro pernambucano, Luiz Tavares da Silva. A edição de 1958, que contava com 20 participantes de diferentes estados, foi vencida por Souza Mendes de forma invicta, garantindo o sétimo campeonato. Sua conquista só seria equiparada por Jaime Sunye Neto, em 1983. Época dos prodígios (1960-1991)O enxadrista, escritor e campeão cearense Ronald Câmara venceu as edições de 1960 e 1961, disputando poucos campeonatos de xadrez depois disso, mas sempre com maestria. Após a vitória do carioca Olício Gacia, seu irmão, Hélder Câmara, venceu a edição de 1963, se mantendo com apenas uma derrota, contra o pernambucano Eduardo Asfora. Maior número de títulosAbsoluto
Feminino
Lista de vencedores e vencedorasCampeonato Brasileiro de xadrez por correspondênciaO Clube de Xadrez Epistolar Brasileiro (CXEB) fundado em 1969, organiza torneios desta modalidade.[5][6] Henrique Pereira Maia Vinagre sagrou-se o primeiro campeão brasileiro de xadrez por correspondência, em competição realizada entre 1971 e 1973. Recordamos os nomes de todos os campeões: I. Henrique Pereira Maia Vinagre (1971-1973) II. Adaucto Wanderley da Nobrega (1975-1976) III. Antonio Pacini (1979-1980) IV. Gilberto Fraga Portilho (1982-1984) V. Orlando Alcantara Soares (1985-1988) VI. Marco Hazin Asfora (1988-1990) [7] VII. Antonio Galvao Barata (1990-1992) VIII. Antonio Domingos Tavares (1992-1994) [8] IX. Gilson Luis Chrestani (1994-1996) [9] X. Zelio Barnardino (1996-1998) [10] XI. Carlos Evanir Costa (1998-2000) [11] XII. Zelio Bernardino (2000-2002) [12] XIII. Joao Carlos de Oliveira (2002-2003) [13] XIV. Airton Ferreira de Souza (2004-2005) [14] XV. Ercio Perocco Junior (2005-2006) [15] XVI. Marcio Barbosa de Oliveira (2006-2008) [16] XVII. Rodrigo Veloso Fargnoli (2006-2008) [17] XVIII. Natalino Constancio Ferreira (2008-2011) [18] XIX-A. Jose Arnaldo de Bello Vieira (2006-2007) [19] XIX-B. Milton Goncalves Sanchez (2006-2007) [20] XX. Fabio Bidart Piccoli (2009-2012) [21] XXI. Marcos Antonio dos Santos (2008-2010) [22] XXII. Marcos Antonio dos Santos (2012-2013) [23] XXIII. Marcos Antonio dos Santos (2012-2014) [24] XXIV. Alfredo Dutra (2013-2015) [25] XXV. Denis Moreira Leite (2015-2016) [26] XXVI. Richard Fuzishawa (2018-2019) [27] XXVII. Milton Goncalves Sanchez (2019-2020) [28] XXVIII. Leonardo Simal Moreira (2022-2023) [29] Referências
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